Headache Medicine, v.4, n.1, p.31-35, Jan./Feb./Mar. 2013 31
Protrusão da cabeça em adultos com cefaleia
Forward head in adults with headache
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Gabriela Natália Ferracini
1
, José Geraldo Speciali
2
1
Fisioterapeuta, doutoranda da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
Ribeirão Preto, SP, Brasil
2
Professor Associado de Neurologia do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). Ribeirão Preto, SP, Brasil
Ferracini GN, Speciali JG. Protrusão da cabeça em adultos com cefaleia.
Headache Medicine. 2013;5(1):31-5
RESUMORESUMO
RESUMORESUMO
RESUMO
Justificativa e objetivos:Justificativa e objetivos:
Justificativa e objetivos:Justificativa e objetivos:
Justificativa e objetivos: Algumas disfunções musculo-
esqueléticas da região crânio-cervical, como protrusão da
cabeça, diminuição da mobilidade cervical e os pontos
gatilhos miofasciais, têm sido estudados nos indivíduos com
cefaleias. A protrusão da cabeça parece ser uma postura
antálgica e um fator perpetuador das cefaleias, e não um
fator causativo. O objetivo deste estudo foi revisar a literatura
as alterações posturais da coluna cervical e do posicionamento
do crânio em indivíduos com cefaleia.
Conteúdo:Conteúdo:
Conteúdo:Conteúdo:
Conteúdo: Conduziu-
se uma busca sistemática nos bancos de dados bibliográficos
Pubmed (National Library of Medicine) e Lilacs (Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), para
identificar estudos científicos relevantes. Após análise de 51
artigos científicos encontrados, 8 preencheram os critérios
estabelecidos, sendo selecionados para essa revisão,
totalizando 314 indivíduos, 128 com diagnóstico de cefaleia
do tipo tensional crônica, 51 com cefaleia do tipo tensional
episódica, 20 com migrânea e 115 indivíduos sem cefaleia.
Conclusão:Conclusão:
Conclusão:Conclusão:
Conclusão: Os resultados dos estudos revisados sugerem
que os indivíduos com migrânea e cefaleia do tipo tensional
(episódica e crônica) apresentam mais protrusão da cabeça
do que os controles sem cefaleia.
PP
PP
P
alavrasalavras
alavrasalavras
alavras
--
--
-
chave:chave:
chave:chave:
chave: Cefaleia; Cefaleia tipo tensional; Postura;
Disfunção musculoesquelética
ABSTRACTABSTRACT
ABSTRACTABSTRACT
ABSTRACT
Background and objectives:Background and objectives:
Background and objectives:Background and objectives:
Background and objectives: Some musculoskeletal
disorders of the cranio-cervical region, as head protrusion,
decreased mobility and cervical myofascial trigger points, have
been studied in subjects with headache. The protrusion of the
head seems to be an antalgic posture and a factor perpetuating
the headache, not a causative factor. The aim of this study
was to review the literature regarding changes in the cervical
spine and skull positioning in patients with headache.
Content: Content:
Content: Content:
Content: We carried out a systematic search in bibliographic
databases PubMed (National Library of Medicine), and Lilacs
(Latin American and Caribbean Health Sciences) to identify
relevant scientific studies. After analysis, eight met the criteria
and were selected for this review, resulting in total of 51 papers,
only eight articles met all the selection criteria, totaling 314
individuals, 128 with a diagnosis of chronic tension-type
headache, 51 with headache episodic tension-type, 20 and
115 individuals with migraine without headache.
Conclusion:Conclusion:
Conclusion:Conclusion:
Conclusion: The results of these studies suggest that
individuals with migraine and tension-type headache (episodic
and chronic) have more protrusion of the head than the
controls without headache.
KK
KK
K
eywords:eywords:
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eywords: Headache; Tension-type headache; Posture;
Musculoskeletal dysfunction
INTRODUÇÃO
A cefaleia está entre os principais problemas de
saúde na população geral, gerando incapacidade e
diminuição da qualidade de vida.
(1)
Dentre os vários tipos
de cefaleia, a cefaleia do tipo tensional (CTT) é a mais
comum na população e mais frequente entre adultos,
com prevalência de 38,3% para cefaleia do tipo tensional
episódica (CTTE) e 2,2% para cefaleia do tipo tensional
crônica (CTTC),
(2)
enquanto que a prevalência da migrâ-
nea é de 16% na população mundial.
(1)
A CTTC difere-
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FERRACINI GN, SPECIALI JG
se da CTTE não somente pela frequência, mas também
em relação à fisiopatologia, ao pior nível de incapa-
cidade, a falta de respostas aos tratamentos, a maior
uso de medicação analgésica e maior custo socio-
econômico.
(3)
A fisiopatologia das cefaleias do tipo tensional ainda
não está bem compreendida. Bendtsen
(4)
descreve que
mecanismos periféricos (sensibilidade miofascial das
estruturas periféricas) e centrais (sensibilização dos
neurônios supraespinhais e diminuição da atividade
antinociceptiva das estruturas supraespinhais) poderiam
explicar alguns dos sintomas das CTT.
Algumas disfunções musculoesqueléticas da região
crânio-cervical, como protrusão da cabeça, diminuição
da mobilidade cervical e a presença de pontos gatilhos
miofasciais (PGM),
(2)
têm sido estudadas nos indivíduos
com cefaleias. Estas disfunções foram observadas em
indivíduos com cefaleia tipo tensional episódica
(2,3
) e
crônica
(3,5,6,8-10)
e com migrânea.
(2)
Supõe-se que a dor
miofascial no segmento cefálico atua como estímulos
periféricos que facilitam a ativação do sistema trigeminal,
contribuindo para o aumento da frequência e intensidade
da dor.
(6)
A alteração postural mais frequentemente observada
nos indivíduos com cefaleia é a protrusão (anteriorização)
da cabeça
(3)
com rotação posterior do crânio em relação
à coluna cervical alta e fechamento do triângulo sub-
occipital, podendo gerar pontos miofasciais nos músculos
dessa região e presença de dor referida no segmento
cefálico.
Um melhor entendimento das disfunções musculo-
esqueléticas da região crânio-cervical pode prover mais
informações sobre a fisiopatologia da CTT e da cefaleia
cervicogênica especificamente, facilitando o desenvol-
vimento de novos programas de tratamentos por meio
da fisioterapia.
(5)
A associação entre a postura crânio-cervical e
cefaleia tem sido amplamente pesquisada e discutida
na literatura,
(2,3,5-10)
mas ainda os resultados são
inconclusivos. Alguns estudos
(2,3,5)
demonstraram que
indivíduos com cefaleia do tipo tensional episódica e/ou
crônica e migrânea apresentam alteração no posicio-
namento do crânio (aumento do ângulo crânio-cervical),
mas ainda nos questionamos se esta é uma postura
antálgica e também se é um fator perpetuador das
cefaleias. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi realizar
uma revisão de literatura observando o posicionamento
do crânio (protrusão da cabeça) em indivíduos com
cefaleia.
DESENVOLVIMENTO
Foi conduzida uma busca sistemática nos bancos
de dados bibliográficos Pubmed (National Library of
Medicine) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde), por um dos autores (GNF),
para identificar os estudos. Foram utilizadas as palavras-
chave: "protrusão da cabeça", combinado com "cefaleia",
"migrânea", "cefaleia cervicogênica", "cefaleia tipo
tensional".
Os artigos foram selecionados entre 1994 e 2012.
Foram incluídos os estudos clínicos, de coorte e casos
controlados que continham dados epidemiológicos das
amostras. Os artigos foram selecionados a partir das
informações contidas no título e resumo. Os dados
relevantes foram: o tipo de estudo, o perfil da amostra e
os métodos de avaliação postural. Os estudos possivel-
mente relevantes foram selecionados, seguindo os
seguintes critérios de inclusão:
Artigo completo em língua inglesa ou portuguesa
do Brasil.
Indivíduos com idade entre 18 e 60 anos.
Indivíduos com diagnóstico de uma das seguintes
cefaleias: migrânea, migrânea crônica, cefaleia tensional
episódica e crônica e cefaleia cervicogênica, seguindo
os critérios de 1998 e 2004 da Classificação Interna-
cional das Cefaleias
(11)
da Sociedade Internacional de
Cefaleia.
Utilizado a técnica de fotografia e/ou raios-X
como método de avaliação postural.
Excluíram-se os relatos de casos e revisão de
literatura.
RESULTADOS
A busca realizada resultou no total de 51 artigos
científicos. Destes, 15 foram selecionados como artigos
em potencial para o estudo, de acordo com as
informações constantes do título e/ou resumo. Oito
artigos preencheram todos os critérios de seleção,
totalizando 314 indivíduos, 128 com diagnóstico de
cefaleia do tipo tensional crônica, 51 com cefaleia do
tipo tensional episódica, 20 com migrânea e 115
indivíduos sem cefaleia. Dos artigos incluídos
inicialmente, dois foram descartados, por não
apresentarem os critérios utilizados para o diagnóstico
da cefaleia.
Todos os estudos identificaram estatisticamente que
os indivíduos com cefaleia (migrânea, CTTE e CTTC)
Headache Medicine, v.4, n.1, p.31-35, Jan./Feb./Mar. 2013 33
apresentam mais protrusão da cabeça do que os
indivíduos sem cefaleia. Todos os participantes foram
avaliados fora da crise de cefaleia e deveriam ter sofrido
a última crise há pelo menos uma semana.
Na tabela 1 estão apresentados os dados dos
estudos incluídos.
Para avaliação postural da coluna cervical, todos
os estudos
(2,3,6-10)
utilizaram a técnica de fotografia de
perfil. O método consistia em posicionar a base da
câmera na altura dos ombros dos indivíduos.
(2)
O trágus
e o processo espinhoso da sétima vértebra cervical (C7)
eram demarcados. Os indivíduos eram instruídos a
manter o olhar em um ponto a sua frente, a fim de
evitar uma flexão ou extensão da cabeça
(2)
e
fotografados em duas posições, sendo uma foto
sentada relaxadamente e uma em posição ortostática,
também relaxada. A partir dessas fotos era avaliado o
ângulo crânio-cervical (protrusão da cabeça) o que é
feito por meio do traçado de duas linhas, a primeira
horizontal, passando por C7, e a segunda ligando o
trágus ao processo espinhoso de C7 (Figura 1). Quanto
menor o ângulo, maior é a protrusão da cabeça.
(2)
Um
dos primeiros grandes estudos de análise postural data
de 1941, realizado por Cureton,
(12)
que avaliou a
posição dos ombros e da cabeça de adolescentes,
obtendo o valor médio de 53,6° (DP 6,4°) para o
ângulo crânio-cervical, o qual desde então é seguido
pelas pesquisas. Este modo de mensuração do ângulo
crânio cervical apresenta boa reprodutibilidade
(ICC=0,88).
(13)
PROTRUSÃO DA CABEÇA EM ADULTOS COM CEFALEIA
34 Headache Medicine, v.4, n.1, p.31-35, Jan./Feb./Mar. 2013
FERRACINI GN, SPECIALI JG
DISCUSSÃO
Nesta revisão foi observada que poucos estudos
abordam as alterações posturais cervicais em indivíduos
com cefaleia, e estes,
(3,5-10)
em sua maioria, limitaram-se
ao estudo da cefaleia do tipo tensional, apenas um
estudo
(2)
avaliou indivíduos com migrânea. Os indivíduos
com cefaleia cervicogênica parecem ter sido avaliados
em um estudo,
(14)
mas este não foi incluído nesta revisão,
por não apresentar claramente os critérios diagnósticos,
o que gerou dúvidas no diagnóstico diferencial entre
cefaleia do tipo tensional ou cervicogênica. Acredita-se
que isto tenha ocorrido devido a publicação ter sido em
1993, quando ainda não estavam claramente definidos
os critérios diagnósticos das cefaleias cervicogênicas pela
Sociedade Internacional de Cefaleia.
Em relação aos métodos de avaliação da postura
cervical, a inspeção visual é considerada o gold
standard.
(15)
A técnica de fotografia permite uma análise
quantitativa das alterações posturais, de forma não
invasiva e com baixo custo. Todos os estudos
(2,3,5-10)
utilizaram a técnica fotográfica para avaliação postural,
porém este método de avaliação não reproduz todas e
as reais curvaturas da coluna cervical,
(12)
devido às
influências dos tecidos. O melhor método é a radiografia,
pois abrange todos os ângulos, por outro lado, tem os
inconvenientes do custo mais elevado e da exposição
aos raios-x.
Na análise das oito publicações, sete
(2,3,5-7,9,10)
demons-
traram que os indivíduos com cefaleia apresentam mais
protrusão da cabeça do que os indivíduos sem cefaleia.
Apenas um estudo
(2)
avaliou indivíduos com migrâ-
nea, demonstrando que estes apresentaram maior
protrusão da cabeça, ou seja, um menor ângulo crânio-
cervical, do que os indivíduos sem cefaleia, em duas
posições (ortostática e sentada). Nenhuma diferença foi
encontrada entre os indivíduos com migrânea com e sem
aura ou aqueles que estavam em tratamento profilático
e os que não faziam uso de qualquer medicamento. E
ainda, não foi encontrada diferença entre os gêneros
em nenhum dos grupos.
Os estudos
(3,5,6,8-10)
que avaliaram indivíduos com
cefaleia do tipo tensional crônica e/ou episódica,
(2,7)
encontraram também um menor ângulo crânio-cervical,
ou seja, maior protrusão da cabeça do que os sem
cefaleia, na posição sentada. Um estudo
(9)
encontrou que
os indivíduos sem cefaleia apresentaram maior protrusão
da cabeça em pé comparada à posição sentada,
enquanto que nos com cefaleia não houve diferença.
Outra observação feita foi que a protrusão da
cabeça era maior quanto maior o tempo de início da
cefaleia.
(9)
Não é possível concluir se a protrusão da
cabeça está relacionada ao aumento da frequência,
intensidade e duração das crises de cefaleia. Dois
estudos
(5,10)
mostraram que a protrusão da cabeça foi
maior quanto maior a frequência e a duração da cefaleia.
Outro estudo
(8)
não demonstrou qualquer correlação entre
protrusão da cabeça e a frequência, intensidade e
duração das cefaleias nos indivíduos com cefaleia do
tipo tensional crônica.
A protrusão da cabeça parece estar associada com
a presença de pontos miofasciais tanto ativos como
latentes, nos músculos esternocleidomastoideos, escale-
nos, temporais, trapézio superior e os suboccipitais. Todos
os estudos
(2,3,5-10)
avaliaram a presença de pontos mio-
fasciais, conjuntamente com a avaliação da protrusão
da cabeça, e sete
(2,3,5-7,9-10)
encontraram que os indivíduos
com cefaleia (do tipo tensional episódica e crônica e
migrânea), que apresentam maior protrusão da cabeça,
possuem mais pontos miofasciais ativos nestes músculos,
principalmente nos músculos suboccipitais
(10)
do que os
indivíduos sem cefaleia.
Estes músculos, quando apresentam pontos mio-
fasciais, referem dor para a cabeça
(10)
e, dessa forma,
estes estímulos nociceptivos produzem uma aferência
contínua para o núcleo caudal do nervo trigeminal,
contribuindo na sensibilização, reforçando assim a hipótese
Figura 1 – Mensuração do ângulo crânio-cervical. O traçado é realizado
a partir de uma linha horizontal passando por C7 e outra ligando o
trágus.
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de que os pontos miofasciais dos músculos da cabeça,
pescoço e ombros tem grande importância na etiologia
das CTT, especialmente os pontos ativos, que poderiam
ser causativos, mantenedores e perpetuadores das CTT.
(10)
Qualquer postura conjuntamente com uma contração
muscular prolongada pode causar disfunção na placa
motora e o desenvolvimento de pontos miofasciais, assim
as alterações da coluna cervical podem ser ativadores e
perpetuadores destes pontos.
(5)
E, por outro lado, o
encurtamento de um músculo devido à hiperatividade
de um ponto miofascial pode causar alterações posturais
e perpetuar a atividade do ponto.
(5)
Dentre os estudos selecionados foram obser-
vadas algumas limitações:
Estudos não encobertos e não controlados.
Incluídos somente pacientes com um diagnóstico
de cefaleia, não permitindo comparações entre os sub-
tipos de cefaleias.
Tamanho da amostra pequeno.
Centro de atendimento terciário.
Dos oito artigos selecionados para esta revisão,
sete
(2,3,5-7,9,10)
são do mesmo autor.
Os pacientes oriundos de ambulatórios terciários
geralmente apresentam um perfil diferente dos encon-
trados na população em geral no que diz respeito à sua
doença. Esses pacientes apresentam uma doença com
maior gravidade, além de complicações, refratariedade
a tratamentos instituídos e abuso de medicamentos.
CONCLUSÃO
De acordo com os estudos revisados, os indivíduos
com migrânea e cefaleia do tipo tensional (episódica e
crônica) apresentam mais protrusão da cabeça do que
os indivíduos sem cefaleia. Pelos artigos avaliados não
foi possível dizer se tal fato é causa de agravamento das
cefaleias ou, ao contrário, se pacientes com cefaleias
mais graves têm maior anteriorização do segmento
cefálico. Há necessidade da realização de estudos com
metodologia mais adequada, (duplo-cego por exemplo),
que utilizem diversos métodos de avaliação postural do
segmento cefálico e que avaliem a importância prática
desse conhecimento, na indicação de tratamentos não
medicamentosos, como por exemplo, os fisioterápicos.
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Correspondence
PP
PP
P
rofrof
rofrof
rof
. Dr. Dr
. Dr. Dr
. Dr
. José Geraldo Speciali.. José Geraldo Speciali.
. José Geraldo Speciali.. José Geraldo Speciali.
. José Geraldo Speciali.
Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento.
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.
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14048-900. Ribeirão Preto, SP, Brasil.
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PROTRUSÃO DA CABEÇA EM ADULTOS COM CEFALEIA