Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 115
XXVI Congresso Brasileiro de CefaleiaXXVI Congresso Brasileiro de Cefaleia
XXVI Congresso Brasileiro de CefaleiaXXVI Congresso Brasileiro de Cefaleia
XXVI Congresso Brasileiro de Cefaleia
TT
TT
T
emas Livres - Apresentação de pôsteresemas Livres - Apresentação de pôsteres
emas Livres - Apresentação de pôsteresemas Livres - Apresentação de pôsteres
emas Livres - Apresentação de pôsteres
Cefaleia e Dor OrofacialCefaleia e Dor Orofacial
Cefaleia e Dor OrofacialCefaleia e Dor Orofacial
Cefaleia e Dor Orofacial
116 Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012
CEFALEIA
CE 01
CEFALEIA SECUNDÁRIA À ANGIOPATIA CEREBRAL
PÓS-PARTO: UMA DOENÇA BENIGNA?
Abdal ERM; Abdal LHS; Carvalho AN;.; Rosemberg S; Pieri A
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Descrever a apresentação clínica de uma puérpera
com acidente vascular cerebral hemorrágico bilateral secundário à
angiopatia cerebral pós-parto.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Revisão do prontuário
e dos exames de neuroimagem da paciente.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados:
Puérpera, no sétimo dia pós-operatório de parto cesareano
atendida no pronto socorro com cefaleia há um dia. Após gestação
e parto sem intercorrências, iniciou cefaleia insidiosa, contínua,
de fraca a moderada intensidade com piora progressiva, não
acompanhada de fotofobia, fonofobia, náusea e vômito.
Apresentava antecedente de enxaqueca, mas a cefaleia atual tinha
características diferentes das crises prévias. Na admissão estava
em regular estado geral, PA: 130x80 mmHg, FC 60 bpm, Sat O2
97% e glicemia casual 120 mg/dl. Tinha sonolência (Glasgow
14), afasia leve, e ausência de déficit motor. A tomografia de
crânio inicial evidenciou imagem compatível com hemorragia
intraparenquimatosa parietal e occipital à esquerda. As hipóteses
iniciais foram mau formação arteriovenosa ou trombose venosa
cerebral. Frente a essas hipóteses, foi realizada uma ressonância
nuclear magnética de encéfalo com angiografia arterial, pelo
mesmo método. Esta evidenciou aumento da hemorragia à
esquerda e um novo sangramento contralateral. A angiografia
demonstrou estenose bilateral das artérias cerebrais médias su-
gestiva de vasoconstrição. A paciente apresentou piora do nível
de consciência sendo submetida à drenagem bilateral dos hema-
tomas. No quinto dia pós-operatório (PO) desta cirurgia a paciente
foi extubada apresentando melhora clínica, porém com agitação e
sonolência (Glasgow 14). No sexto PO apresentou cefaleia e
devido à piora do nível de consciência foi intubada e uma nova
tomografia de crânio evidenciou ressangramento. Evoluiu com
instabilidade hemodinâmica e no oitavo PO foi a óbito.
Conclu-Conclu-
Conclu-Conclu-
Conclu-
são: são:
são: são:
são: A angiopatia pós-parto é um diagnóstico diferencial,
potencialmente grave, de cefaleia no período puerperal
RR
RR
R
eferências: eferências:
eferências: eferências:
eferências: 1. Kubo S, Nakata H, Tatsumi T, Yoshimine T. Headache associated with
postpartum cerebral angiopathy: monitoring with transcranial color-coded sonography.
Headache. 2002;42:297-300.
2. Fugate JE, Ameriso SF, Ortiz G, et al. Variable Presentantions of Postpartum Angiopathy.
Stroke 2012;43:670-676.
CE 02
CEFALEIA EM HEMODIÁLISE: RELATO DE POSSÍVEL
FATOR DE ALÍVIO
Borba Jr AM; Agra HNC; Spinelli A; Schuch NB; Santos N
Introdução:Introdução:
Introdução:Introdução:
Introdução: A fisiopatologia da cefaleia relacionada à hemo-
diálise (HD) é incerta.
(1)
Este estudo objetiva discutir uma hipótese
da gênese da patologia.
RR
RR
R
elato de caso:elato de caso:
elato de caso:elato de caso:
elato de caso: Paciente masculino, 53
anos, em programa de HD por Nefropatia Diabética, três dias por
semana. Com início das crises de cefaleia após a terceira hora do
procedimento dialítico. Apresentavam alívio parcial com a ingestão
de analgésicos, e cessavam cerca de quatro horas após o término
da sessão. O paciente não apresentava outros sintomas clínicos,
algumas vezes registrou-se aumento súbito de pressão arterial que
ao retornar ao valor basal não modificava os sintomas. Ocorreu
melhora sintomática após a troca do horário das sessões de diálise
do segundo turno para o primeiro do dia.
Discussão: Discussão:
Discussão: Discussão:
Discussão: O paciente
em questão preenchia os critérios diagnósticos da cefaleia da diálise.
A hipótese da melhora do paciente pode estar interligada à libera-
ção de somatostatina (GH) o que acarretaria um aumento dos ní-
veis de glicose pela manhã. Tornando o paciente mais tolerante as
mudanças de osmolaridade sérica provocadas pelo processo
dialítico realizado neste horário em relação ao anterior.
Conclu-Conclu-
Conclu-Conclu-
Conclu-
são: são:
são: são:
são: A fisiopatologia da cefaleia relacionada à HD ainda é desco-
nhecida. Com essa hipótese, inicia-se o estudo das cefaleias na
Clínica em questão, para avaliar o papel do horário da sessão na
gênese das crises dos pacientes.
RR
RR
R
eferências: eferências:
eferências: eferências:
eferências: 1. Jesus ACF, Oliveira HÁ, Paixão MOR, Fraga TP, Barreto, FJN,
Valença MM. Clinical description of hemodialysis headache in end-stage renal
disease patients. Arq Neuropsiquiatr. 2009;67(4):978-81.
2. Antoniazzi AL, Bigal ME, Bordini CA, Speciali JG. Cefaleia relacionada à hemodiálise:
análise dos possíveis fatores desencadeantes e do tratamento empregado. Arq
Neuropsiquiatr. 2002;60(3-A):614-8.
CE 03
DESCOMPRESSÃO DE NERVO PERIFÉRICO: OPÇÃO DE
TRATAMENTO PARA MIGRÂNEA CRÔNICA?
Pereira CV
Introdução:Introdução:
Introdução:Introdução:
Introdução: Muitos pacientes com migrânea crônica, mesmo uti-
lizando diversas medicações, não conseguem cessar as crises, apre-
sentam efeitos colaterais, não obtendo boa qualidade de vida. Há
mais de uma década, estudos demonstram eficácia da descompressão
nervosa periférica no tratamento da migrânea crônica (nervos
supraorbitário, supratroclear, zigomático-temporal e occipital).
RR
RR
R
elato de Caso:elato de Caso:
elato de Caso:elato de Caso:
elato de Caso: Paciente de 53 anos, sexo feminino, com histó-
ria de enxaqueca há 18 anos (critérios de migrânea, definidos pelo
ICHD II). História de diversos tratamentos com controle parcial e
temporário das crises migranosas (topiramato, betabloqueador,
ácido valproico, derivados da ergotamina, divalproato de sódio,
sumatriptano, entre outros). Relatava localização álgica, primaria-
mente, occipital. Submetida a bloqueio nervoso com remissão ime-
diata da cefaleia. Concordou, de forma livre e consciente, em sub-
meter-se ao procedimento cirúrgico. Em janeiro de 2011, foi reali-
zada a descompressão do nervo occipital maior direito e esquerdo,
retirando-se a parte medial do músculo semiespinhal. Paciente evo-
lui, há mais de 18 meses, sem cefaleia. Impressão - A descompressão
nervosa pode ser uma alternativa para o paciente não beneficiado
pelo tratamento clínico medicamentoso.
CE 04
ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E CONSISTÊNCIA
INTERNA DO QUALITY OF LIFE HEADACHE - YOUTH
PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA
Silva GA
2
; Bezerra e Silva DW
1
; Freitas DS
2
; Costa CNB
1
;
Siqueira GR
4
; Silva GAM
5
; Lima RCA
5
; Ximenes RCC
3
;
Silva LC
6
; Lucena N
7
; Martins HAL
3
; Vieira LPB
7
;
Valença MM
3
; Oliveira DA
3
1
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia/UFPE
2
Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Federal de Pernambuco
3
Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria e
Ciências do Comportamento/UFPE
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 117
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
4
Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde da
Criança e do Adolescente/UFPE
5
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em
Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento/UFPE
6
Doutoranda Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria e
Ciências do comportamento/UFPE
7
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em
Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento/UFPE
(
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Traduzir o questionário Quality of Life Headache -
Youth (QLH-Y) para o português do Brasil, adaptar transcultural-
mente e avaliar a consistência interna dos seus itens em uma
amostra de adolescentes de ambos os gêneros, estudantes de
escolas públicas estaduais.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: O instrumento original foi
traduzido do inglês para o português, gerando uma síntese
consensual. A versão em português do instrumento foi retro-
traduzida, e então desenvolvida uma versão pré-final para um
teste de campo com 30 adolescentes com idade entre 10 e 19
anos. Após a adequação do instrumento, foi realizado um estudo
piloto com 100 estudantes entre 10 e 19 anos. Foi avaliada a
consistência interna através do alfa de Cronbach para cada domí-
nio e cada subescala.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Os resultados encontrados
na consistência interna da versão brasileira foram satisfatórios,
com o valor do alfa de Cronbach de 0,906 (superior a 0,7) indi-
cando um grau elevado de consistência interna.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: O
questionário Quality of Life Headache - Youth foi devidamente
traduzido e adaptado transculturalmente para a língua portuguesa
brasileira. A versão em português do Quality of Life Headache -
Youth apresenta uma consistência interna excelente e uma boa
compreensão dos seus itens pela adaptação transcultural.
CE 05
O PAPEL DOS MÚSCULOS CERVICAIS NA ESTABILIDADE
CERVICAL E NA PATOGÊNESE DA MIGRÂNEA:
REVISÃO DE LITERATURA
Bezerra e Silva DW
1
; Lacerda CRB
2
; Albuquerque JE
2
;
Queiroz AKD
2
; Maia TFLD
2
; Almeida CCS
2
; Barros MMMB
2
;
Leite LC
2
; Lucena NC
2
; Martins HAL
3
;
Valença MM
3
; Oliveira DA
3
1
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia/UFPE
2
Graduanda em Fisioterapia pela Universidade
Federal de Pernambuco
3
Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria
e Ciências do Comportamento/UFPE
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Elucidar o papel da musculatura cervical na patogênese
da migrânea, a fim de fundamentar e direcionar o tratamento
fisioterapêutico de pacientes com desordens musculares associa-
das a esta doença.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Foi feito um levantamento da litera-
tura, no período de janeiro de 2012 a junho de 2012, nas bases de
dados PubMed, Cochrane e Bireme. Os descritores para a pesqui-
sa foram: "músculos cervicais," "migrânea," "coluna vertebral" e
"sensibilização do sistema nervoso central." Os limitadores foram:
pesquisa em humanos, artigos nos idiomas inglês, francês, espa-
nhol e português. Artigos com animais, crianças e adolescentes
foram excluídos.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Foram encontrados 75 artigos, dos
quais 51 foram excluídos, segundo os critérios de elegibilidade
estabelecidos. De acordo com os autores estudados, um dos pro-
cessos envolvidos na patogênese da migrânea é caracterizado pela
ativação do sistema trigeminovascular, via núcleo caudado para
neurônios de terceira ordem no tálamo e destes para estruturas
corticais de percepção da dor, desencadeando a dor sentida na
migrânea. No núcleo trigeminocervical convergem as fibras sensi-
tivas do nervo trigeminal e as fibras sensitivas das raízes nervosas
cervicais superiores. Por consequência, aferências nociceptivas da
musculatura cervical inervada pelas raízes nervosas cervicais supe-
riores podem estimular o núcleo caudado e conduzir à sensibilização
central e à ativação da cascata neuroinflamatória trigeminovascular,
mediante a liberação de quimioreceptores periféricos como
bradicinina, serotonina e substância P. Ademais, pacientes migra-
nosos podem apresentar alterações musculoesqueléticas cervicais,
como o controle motor deficitário, modificando a estabilidade, a
mobilidade e a biomecânica desta região.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Evidênci-
as sugerem o envolvimento de mecanismos periféricos, provenien-
tes dos músculos cervicais, na sensibilização do sistema nervoso
central e no surgimento dos sintomas de dor na migrânea. A partir
de tais achados é possível direcionar o plano de tratamento de
pacientes, através de exercícios terapêuticos específicos que pro-
movam a diminuição da frequência, da intensidade e da duração
das crises de migrânea.
CE 06
HEADACHE TYPE AND ASPECTS OF REPRODUCTIVE LIFE IN
YOUNG WOMEN
Melhado EM; Galego AR; Galdezzani JP; Queiroz LP; Bigal ME
Objectives:Objectives:
Objectives:Objectives:
Objectives: To contrast aspects related to women's reproductive
cycle (age of first period, number of pregnancies, headaches during
pregnancy) as a function of headache type.
Methods:Methods:
Methods:Methods:
Methods: Sample
consisted of 422 college students. A structured questionnaire were
responded and allowed the classification of the headaches according
to the Second Edition of the International Classification for Headache
Disorders. Aspects of reproductive life were asked (use of
contraceptive pills, first period, duration of period, headaches during
pregnancy). We contrasted findings as a function of headache type.
RR
RR
R
esults: esults:
esults: esults:
esults: Median age of menarche was 12.3 years. Women with
migraine with aura (MA) were significantly more likely to have had
their menarche at earlier ages than women without migraine (p =
0.03). Women with chronic daily headaches (CDH), in turn, were
significantly more likely than women with episodic migraine or with
no headaches to have long periods (p < 0.05). Use of hormonal
contraceptive pills was strikingly similar as a function of having or
not migraine headaches, having or not aura (73% for all groups).
Interestingly, during pregnancy, MA and CDH responded to a
significantly higher proportion of the headaches, relative to outside
of pregnancy (p < 0.01).
Conclusions:Conclusions:
Conclusions:Conclusions:
Conclusions: The fact that women with
MA are equally likely to receive hormonal contraceptives relative to
others raise the question whether providers are assessing risk of
cardiovascular outcomes in some of these women. MA and CDH
were relatively more common during pregnancy that outside
pregnancy needs to be explored, with a focus of whether these
headaches are associated with complications during pregnancy. The
finding that the menstrual cycle may vary as a function of headache
frequency also raises the suspicion that hormonal fluctuations not
only relate to the prevalence of migraine, but also to the frequency
of headaches.
118 Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012
CE 07
HEADACHES AND MENSTRUATION IN COLLEGE WOMEN
Galego AR; Melhado EM; Galdezzani JP; Bigal ME; Queiroz LP
Objective:Objective:
Objective:Objective:
Objective: Menstrual headaches often do not fulfill criteria for
migraine.
(1)
Because menstrual migraine is common and debilitating,
non-migraine headaches that occur in relationship to the menstrual
cycle are often neglected or misdiagnosed. The aim was to classify
headaches as a function of the menstrual cycle according to the
Second Edition of the International Classification for Headache
Disorders,
(1)
in college students.
Methods:Methods:
Methods:Methods:
Methods: Sample consisted of
422 college students. A structured questionnaire was given to
students and allowed the classification of the headaches according
to the Second Edition of the International Classification for Headache
Disorders. Headaches were classified as per the ICHD-2 by a
neurologist with expertise in the headache field.
Results:Results:
Results:Results:
Results: Of a
sample of 422 students, 334 (79.1%) had headaches, and 140
(33.2%) had headaches associated to the menstrual cycle. Of them,
most were menstrually-related headaches (happened also outside
of the menstruation – prevalence of 32.2%), but pure menstrual
headache happened in 1.0%. Among the menstrual headaches,
majority were migraine (27.5%). Of the migraines 13.3% were
without aura, 7.8% were migraine with aura and 6.4% were probable
migraine. Menstrually-related tension type headache occurred in
3.1% of the sample; menstrually related idiopathic stabbing headache
occurred in 0.5% and unclassified menstrual headaches happened
in 0.7%.
Conclusions:Conclusions:
Conclusions:Conclusions:
Conclusions: Most female college students are affected
by menstrual headaches. Although migraine without aura responds
by the vast majority, other headaches such as tension-type headaches,
idiopathic stabbing headaches, and migraine with aura also happen.
Our findings suggest that the ICHD-2 criteria,
(1)
stating that mens-
trual migraine can only be classified in women without aura, is
proper to classify pure menstrual migraine, but is too restrictive for
menstrually-related migraine.
Reference:Reference:
Reference:Reference:
Reference: 1. Headache Classification Subcommittee of the International Headache
Society. The International Classification of Headache Disorders. Cephalalgia.
2004;24(Suppl1):1-151.
CE 08
RELAÇÃO ENTRE FIBROMIALGIA E CEFALEIA PRIMÁRIA
Bordinio EC
1
; Inoue CSL
2
; Esposito SB
3
1
Acadêmica do sexto ano, Faculdade de Ciências Médicas e da
Saúde - PUC SP
2
Acadêmica do sexto ano, Faculdade de Ciências Médicas e da
Saúde - PUC SP
3
Professor Doutor da Disciplina de Neurologia da Faculdade de
Ciências Médicas e da Saúde - PUC SP
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Estudar as cefaleias primárias comuns em pacientes
portadores de fibromialgia; correlacionar a intensidade usual da
cefaleia e o impacto de fibromialgia e correlacionar a frequência da
cefaleia e o impacto da fibromialgia.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Em um ambulató-
rio de reumatologia de um hospital universitário, acompanhamos
um grupo de 81 pacientes com fibromialgia (FM) e que apresenta-
vam cefaleia concomitante, no período de agosto de 2010 a junho
de 2011. Para o diagnóstico de fibromialgia, foram utilizados os
critérios do Colégio Americano de Reumatologia (ACR) e para
identificar os diferentes tipos de cefaleia primária, os critérios da
Classificação International de Cefaleia da International Headache
Society (ICHD-II). Os pacientes recebiam a Agenda de Dor onde
preenchiam as características da cefaleia durante um mês. Esta agen-
da era devolvida no retorno do paciente. Na agenda constavam os
seguintes tópicos: qualidade da dor, intensidade, frequência, uso
de analgésicos e outros medicamentos, fenômenos associados,
fatores de melhora e fatores de piora. Para conhecer o impacto de
fibromialgia, no retorno do paciente aplicamos um questionário pa-
dronizado e validado, o Questionário de Impacto de Fibromialgia
(QIF).
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Dos 81 pacientes com fibromialgia, 73 eram
mulheres e 8 homens, com idade média de 50 anos (27-77). Para
homogeneização da amostra, foram estudadas apenas as pacientes
do sexo feminino. Das 73 pacientes 55 apresentavam migrânea ou
provável migrânea, 10 CTT ou provável CTT e 8 não puderam ser
classificadas. Não foram encontradas correlações entre a intensida-
de de cefaleia e o impacto de fibromialgia (coeficiente de correlação
de Pearson r = 0,173); tampouco houve correlação entre a frequência
de crises e impacto de fibromialgia. Ocorreu significância entre o
tipo de cefaleia e o impacto da fibromialgia para os grupos migrânea
e provável migrânea.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: A população estudada apresen-
tou um elevado número de pacientes portadores de migrânea. Houve
significância entre o tipo de cefaleia e o impacto da fibromialgia para
os grupos migrânea e provável migrânea o que sugere uma situação
de agravamento diante da associação de ambas as patologias.
CE 09
AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO, AGILIDADE E PRESENÇA DE
TONTURA EM PACIENTES COM MIGRÂNEA COM E SEM AURA
Carvalho GF
1
; Gonçalves MC
1
; Florêncio LL
1
; Dach F
2
;
Ferreira KS
2
; Chaves TC
1
; Speciali JG
2
; Bevilaqua-Grossi D
1
1
Fisioterapeuta;
2
Neurologista
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Avaliar a oscilação do centro de pressão (COP), a
agilidade e o impacto da tontura em pacientes com migrânea com
aura (MA) e sem aura (M).
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: As pacientes, todos do gêne-
ro feminino, foram triadas do ambulatório de cefaleia de um hospi-
tal terciário e diagnosticadas com migrânea com aura ou migrânea
sem aura por neurologistas especialistas em cefaleia de acordo
com a ICHD-II (2004).
(1)
Foram excluídas as pacientes obesos, com
vestibulopatias, doenças sistêmicas ou outros tipos de cefaleia.
Foram avaliadas 92 voluntárias, sendo 31 do grupo M, 31 do
grupo MA e 30 do GC (Tabela 1). O COP foi mensurado através
da estabilometria com uma plataforma de força (AMTI - OR6-7-
1000) em apoio bipodal e unipodal, com olhos abertos e fechados.
A agilidade foi avaliada pelo teste Timed Up and Go (TUG) e os
sintomas de tontura pelo questionário Dizziness Handicap Inventory
(DHI). Para análise entre os grupos, foi utilizado um modelo de
regressão linear com efeitos mistos com α<0,05.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados:
Os resultados revelaram maior oscilação no grupo MA em relação
ao grupo M e GC em apoio bipodal com olhos abertos e fechados
(p<0,02). Pacientes com MA apresentaram maior deslocamento
do COP em relação ao grupo M nas situações unipodal com olhos
abertos (p<0,02) (Figura 1). Não houve diferença no tempo de
realização do TUG (seg.) entre os grupos MA (8,5 seg.) e M (8,2
seg.), porém ambos os grupos foram diferentes do GC (6,5 seg.)
(p<0,01). Sintomas de tontura foram verificados em 80% do grupo
MA e 65% do grupo M, com impacto significante nas atividades de
vida diária (p<0,001).
Conclusões:Conclusões:
Conclusões:Conclusões:
Conclusões: Nossos dados demonstra-
ram que pacientes com migrânea (com e sem aura) apresentam
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 119
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
(-15,24 - -1,88) p<0,01] e psicossocial [IC95% (-17,96 - -6,74)
p<0,01]. Enquanto que pela auto-avaliação das crianças, houve
diferença nos domínios emocional [IC95% (-16,95 - -5,70)
p<0,01] e escolar [IC95% (-15,90 - -5,74) p<0,01]. Não foi en-
contrada correlação entre os dias perdidos devido à cefaleia e a
qualidade de vida relacionada à saúde.
CE 11
CONFIABILIDADE DA PRECISÃO DOS MONOFILAMENTOS
SEMMES-WEINSTEIN EM PACIENTES COM MIGRÂNEA
Grunewald JNC
(1)
; Gonçalves MC
(1)
; Nagamine HM
(1)
; Dach F
(2)
;
Florencio LL
(1)
; Carvalho GF
(1)
; Speciali JG
(2)
; Bevilaqua-Grossi D
(1)
(1)
Departamento de Biomecânica Medicina e Reabilitação do
Aparelho Locomotor da FMRP-USP
(2)
Departamento de Neurociências e Ciências do
Comportamento da FMRP-USP
II
II
I
ntrodução:ntrodução:
ntrodução:ntrodução:
ntrodução: A sensibilização central, em pacientes com migrânea,
pode ser avaliada com os monofilamentos Semmes-Weinstein 1,2.
A versão nacional contém 6 monofilamentos (SORRI®) de cores
diferentes, graduados em gramas. Este é um aparelho acessível e
de fácil aplicação.
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Verificar a confiabilidade da carga
aplicada pelos monofilamentos Semmes- Weinstein (SORRI® ) na
região cefalica e extracefalica de pacientes migranosas.
Méto-Méto-
Méto-Méto-
Méto-
dos:dos:
dos:dos:
dos: Foram avaliadas 19 mulheres com migrânea, diagnosticadas
segundo os Critérios da Classificação Internacional de Cefaleias,
com média de intensidade de dor 5 ±1 em uma escala de 0 a 10.
As pacientes tinham em média, idade de 40 ± 20 anos e frequência
de dias de dor 8 ± 7 no mês. Os monofilamentos foram acoplados
à célula de carga do Von Frey digital, que transmite a força aplica-
da em gramas para o visor do aparelho, possibilitando a
quantificação da real carga aplicada, já que a orientação do ma-
nual é aplicar uma força suficiente para deformar o fio. Foram
realizadas 2 avaliações, com intervalo de 15 minutos, contendo
três repetições em 5 pontos de maneira aleatória: região frontal
e músculo masseter bilateralmente e região do antebraço direito,
com o paciente na posição sentada e olhos fechados. A análise
estatística utilizou as médias de cada avaliação para calcular o
Coeficiente de concordância proposto por Lin, que varia de 0 a 1,
(0 a 0,30 baixa confiabilidade; de 0,31 a 0,60 moderada
confiabilidade; 0,61 ou mais excelente confiabilidade).
Resulta-Resulta-
Resulta-Resulta-
Resulta-
dos:dos:
dos:dos:
dos: Verificamos que a confiablidade da carga aplicada pelos
monofilamentos de cor verde, violeta e laranja apresentam mo-
derada confiabilidade e os monofilamentos azul, vermelho e rosa
baixa confiabilidade (Tabela 1).
Conclusão:Conclusão:
Conclusão:Conclusão:
Conclusão: Não é recomendá-
vel o uso exclusivo dos Monofilamentos Semmes-Weinstein (SOR-
RI®) para quantificação da sensibilidade de pacientes migranosas,
uma vez que sua confiabilidade nas regiões cefálicas e extra
cefálicas variou de moderada a baixa.
Figura 1. Log. da média e intervalo de confiança das áreas de oscilação corporal
(cm
2
) em apoio bipodal com olhos abertos (OA), olhos fechados (OF), Apoio
unipodal direito (DOA) e esquerdo (EOA) com olhos abertos do Grupo Controle
(GC), Grupo Migrânea sem Aura (M) e Grupo Migrânea com Aura
(MA).**Transformação da variável em Logaritmo. *p=0,001; †p=0,02.
alterações no equilíbrio dinâmico e na mobilidade, além da alta
prevalência de tontura, com impacto em vários aspectos da vida
diária. A aura parece influenciar de forma significativa a estabilida-
de postural destes pacientes.
RR
RR
R
eferência: eferência:
eferência: eferência:
eferência: 1. International Headache Society. The International Classification of
Headache Disorders, 2nd Edition. Cephalagia, v. 24, suppl. 1, p. 1-160, 2004.
CE 10
QUALIDADE DE VIDA E INCAPACIDADE RELACIONADA À
SAÚDE DE CRIANÇAS COM MIGRÂNEA
Ferracini GN; Dach F; Speciali JG
A migrânea nas crianças, durante e entre as crises, leva a uma
redução da participação em atividades escolar, tarefas de casa e
lazer, além do comprometimento dos aspectos psicológicos, ocasi-
onando um impacto negativo na qualidade de vida relacionada à
saúde. Este estudo objetivou avaliar a incapacidade que esta condi-
ção causa na vida diária de crianças de 6 a 12 anos de idade, de
ambos os gêneros e se influencia a qualidade de vida. A amostra foi
composta por 50 crianças com migrânea sem aura e 50 crianças
sem histórico de cefaleia. Para verificar a incapacidade aplicou-se o
questionário Pediatric Migraine Disability Score
e para qualidade
de vida o Pediatric Quality of Life Inventory4.0
TM
. Os meninos per-
deram em média 13 (DP 26,36) dias e as meninas em média 15
dias (DP 22,43) em atividade escolar, tarefas de casa e lazer. De
acordo com o grau de incapacidade, 19 (38%) crianças apresenta-
ram o Grau I (ausência) de incapacidade, 17 (34%) o Grau II (leve),
sete (14%) o Grau III (moderado) e sete (14%) o Grau IV (grave)
sem diferença entre os gêneros [IC95% (-14,02 - 16,67); p=0,86]
sobre atividade e rendimento escolar, tarefas de casa e lazer. A
qualidade de vida, pela percepção dos pais, é pior nas crianças com
migrânea [IC95% (-16,92 - -6,18) p<0,01], mas na percepção das
crianças a qualidade de vida é semelhante nos dois grupos. Quan-
do se analisa separadamente os vários domínios do questionário,
pela percepção dos pais, há diferenças nos domínios físico [IC95%
120 Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012
do teste do χ
2
.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Entrevistaram-se 532 pacientes, ida-
de média= 42,3 anos (DP= 16,1), 82,5% do sexo feminino;
37,4 % tinham escolaridade superior ao primeiro grau. Média de
médicos consultados anteriormente por cefaleia = 2,5 (DP =3,5);
32% já haviam procurado mais de 2 médicos. Tempo médio com
cefaleia= 14 anos (DP=12,5); 60% tinham mais de 5 anos com
cefaleia. Frequência média de cefaleia= 16 dias por mês (DP= 11,2),
48,1% tinham cefaleia crônica diária, 23,4% tinham cefaleia tipo
tensional, 71,2% tinham migrânea Os motivos alegados para se
ter a consulta foram: "Preocupação em ter doença grave" (26,2%);
"Fazer um exame complementar" (22,2%), "Alívio da dor" (19,5%);
"Ter uma explicação" (18,9%) e "Ter acompanhamento médico"
(13,2%). Não houve associação entre o motivo ser "Preocupação
em ter doença grave/Fazer um exame complementar" e o gênero, a
escolaridade, em ter passado em consulta por mais de 2 médicos,
em ter diagnóstico de migrânea, de cefaleia tipo tensional, de ansi-
edade ou depressão, ter cefaleia há mais de 2 anos ou ter cefaleia
crônica diária.
Conclusões:Conclusões:
Conclusões:Conclusões:
Conclusões: Os motivos mais frequentemente
alegados para se ter a consulta foram: "Preocupação em ter doença
grave" (26,2%); "Fazer um exame complementar" (22,2%). Nenhu-
ma das variáveis estudadas influiu nesses motivos.
CE 14
DECÚBITO COMO FATOR AGRAVANTE DA CEFALEIA NA
CRISE MIGRANOSA
Macci JP; Jabarra CP; Teles MCM; Ferreira GF;
Souza JA; Moreira Filho PF
Introdução:Introdução:
Introdução:Introdução:
Introdução: As crises de migrânea são frequentemente incapa-
citantes. A atividade física e os movimentos de abaixar a cabeça são
fatores reconhecidos de aumento transitório da intensidade da dor
durante as crises. Por esse motivo muitos pacientes buscam o re-
pouso. Na prática clínica, verifica-se que uma parcela de pacientes
se queixa de agravamento da cefaleia pelo decúbito, durante as
crises de migrânea, preferindo permanecer na posição recostada
ou sentada. Esse dado, até onde sabemos, não foi estudado.
Ob-Ob-
Ob-Ob-
Ob-
jetivos:jetivos:
jetivos:jetivos:
jetivos: 1) Verificar, numa amostra de pacientes migranosos, a
porcentagem daqueles que se queixam de agravamento da cefaleia,
durante a crise, pelo decúbito. 2) Verificar se existem diferenças
com relação à piora pelo decúbito entre os sexos.
Metodologia:Metodologia:
Metodologia:Metodologia:
Metodologia:
Estudo retrospectivo de análise de prontuários. Foram avaliados os
dados da anamnese de 734 pacientes consecutivos, com queixa
principal de cefaleia, atendidos numa clínica terciária, desde que se
passou a utilizar o programa HIPATIA (tutorial e banco de dados em
cefaleias). Utilizando-se de filtros de pesquisa, foram selecionados
os pacientes que receberam o diagnóstico de migrânea em qual-
quer de suas modalidades (1.1 a 1.6 da Classificação da IHS
2004) num total de 563 (76,7%). Todos os pacientes foram interro-
gados quanto a fatores de agravamento da cefaleia, no período da
crise, entre eles, o decúbito. Os que afirmaram apresentar agrava-
mento pelo decúbito foram contabilizados e divididos de acordo
com o gênero.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Dos 563 pacientes (482 mulheres –
85,6%; 81 homens – 14,4%) com diagnóstico de migrânea (1.1 a
1.6 da Classificação da IHS 2004), 20,7% (n=117) queixaram-se
de agravamento pelo decúbito. A queixa foi referida por 21,7%
(n=105) das mulheres e por 14,8% (n=12) dos homens. Essa
diferença não se revelou estatisticamente significativa (p<0,15).
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: O agravamento da cefaleia pelo decúbito, durante a
crise de migrânea, é freqüente em pacientes de ambos os gêneros.
Referências:Referências:
Referências:Referências:
Referências: 1. Zappaterra M et al. Basal cutaneous pain threshold in headache
patients. J Headache Pain. 2011;12:303-310.
2. Keizer D, Wijhe van M, Post WJ. Quantifying allodynia in patients suffering from unilateral
neuropathic pain using Von Frey monofilaments. Clin J Pain. 2007;23:85-90.
CE 12
HIV E CEFALEIA: UM ESTUDO CASO-CONTROLE
Rocha Filho PAS
1
; Santos RC
2
; Bezerra MEM
2
;
Gonçalves LR
3
; Coutinho Junior JR
4
1
Neurologista;
2
Acadêmica medicina;
3
Psicóloga;
4
Médico residente Neurologia
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Comparar prevalência, características e fatores as-
sociados à cefaleia nos pacientes HIV positivos com pacientes
atendidos em unidades do programa de saúde da família da cida-
de do Recife.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Estudo caso-controle. Casos: pacientes
HIV positivos; linfócitos T CD4+ > 500/mm³, sem TARV atendi-
dos consecutivamente no Ambulatório de Doenças Infecciosas do
Hospital Oswaldo Cruz e do Hospital Correia Picanço. Contro-
les: pacientes atendidos consecutivamente em postos de saúde.
Instrumentos: Questionários sociodemográficos, epidemiologia
do HIV e características das cefaleias; questionário Hospital Anxiety
and depression Scale; questionário HIT-6 (Headache Impact Test).
Análise de dados: Inicialmente todas as variáveis serão analisa-
das descritivamente. Para as variáveis quantitativas, cálculo de
médias e desvios-padrão. Para as variáveis qualitativas serão cal-
culadas frequências absolutas e relativas. Será utilizado o teste
não paramétrico de Mann-Whitney avaliará a hipótese de igualda-
de entre dois grupos e para a comparação entre proporções será
utilizado o teste qui-quadrado ou o teste exato de Fisher.
RR
RR
R
esul-esul-
esul-esul-
esul-
tados:tados:
tados:tados:
tados: Foram entrevistados 235 pacientes, 80 HIV+ e 155 nos
postos de saúde, 62% do sexo feminino; a idade média foi 38
anos (DP= 17); 90% dos pacientes HIV+ e 67% dos pacientes
HIV negativos tiveram cefaleia nos últimos 12 meses (p<0,01,
Qui-quadrado). Os pacientes HIV+ tiveram significativamente
menos dias e menor impacto da cefaleia. Não houve diferença
significativa de intensidade da cefaleia nem da prevalência de
migrânea ou de cefaleia tipo tensional entre os dois grupos, como
também entre a intensidade dos sintomas depressivos ou ansio-
sos.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Pacientes com HIV tiveram maior prevalência
de cefaleia que pacientes atendidos em postos de saúde. Não
houve diferença entre os tipos de cefaleia ou prevalência de sinto-
mas depressivos/ansiosos entre os grupos.
CE 13
O QUE MOTIVA O PACIENTE A PROCURAR
ASSISTÊNCIA MÉDICA POR CEFALEIA?
Rocha Filho PAS
1
; Gonçalves LR
2
; Coutinho Junior JR
3
1
Neurologista;
2
Psicóloga;
3
Médico residente Neurologia.
Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Universidade de
Pernambuco – UFPE
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Verificar expectativas do paciente quanto ao atendi-
mento e o que influencia nessa expectativa.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Pacientes
atendidos pela primeira vez no Ambulatório de Cefaleias do Hospi-
tal Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco no
período de 08/01/2007 a 15/05/2012 foram entrevistados utili-
zando-se questionário padronizado e o Hospital Anxiety and
Depression Scale. A associação das variáveis foi verificada através
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 121
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
CE 15
DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO CLÍNICO EM
CEFALEIAS DE ESTUDANTES DE MEDICINA ATRAVÉS DE
INTERVENÇÃO SOCIOEDUCATIVA
Silva Junior AA; Brandão KV
II
II
I
ntrodução:ntrodução:
ntrodução:ntrodução:
ntrodução: A dificuldade dos médicos da atenção primária em
conduzir os casos de cefaleias primárias, podem ser decorrente do
desafio diagnóstico destas condições que não tem marcador biológi-
co, frente à baixa carga horária sobre o tema nos cursos de gradua-
ção.
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Avaliar o impacto de uma intervenção sócio-
educativa sobre cefaleias no desenvolvimento do raciocínio clínico
em estudantes de medicina.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Foi realizado atendimento
voluntário a pacientes com cefaleia, no Centro de Especialidades
Médicas do distrito norte de Belo Horizonte, coordenado pelo do-
cente em neurologia da Faculdade de Ciências Médicas – Unifenas-
BH. Dez alunos do sétimo período, selecionados aleatoriamente,
participaram do atendimento supervisionado a pacientes com cefaleia,
após passarem por processo de aprendizagem ativa (desenvolvimen-
to de um script de raciocínio clínico através da discussão de casos).
O grupo controle foi composto por 21 alunos, que passaram pelo
método tradicional de ensino (aula expositiva sobre os critérios diag-
nósticos e bases terapêuticas das cefaleias). Após a intervenção to-
dos fizeram um teste de avaliação de aprendizado.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados:
Foram atendidos 21 pacientes (19 F) e migrânea sem aura foi o
diagnóstico mais comum. O grupo treinado pelo método de ensino
baseado em problema teve 78% de acerto nos testes, enquanto a
taxa do grupo controle foi de 66%.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: O atendimento
social supervisionado parece uma alternativa viável, como processo
ativo de educação médica no Brasil, como complemento à reduzida
carga horária das escolas de medicina do país.
CE 16
CEFALEIA POR DISSECÇÃO BILATERAL DA
ARTÉRIA VERTEBRAL
Cruz LS; Ribeiro LFS; Torres BR; Campos GM;
Cruz PS; Corrêa IAB
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Analisar os aspectos da cefaleia relacionada à dissec-
ção bilateral da artéria vertebral.
Método:Método:
Método:Método:
Método: Revisão da literatura
crítica nas bases de dados MEDLINE e SciELO nos últimos 10 anos.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: A dissecção da artéria vertebral bilateralmente (DAVB)
é uma condição pouco comum e extremamente relacionada a aci-
dentes vasculares cerebrais em pacientes jovens. Sua fisiopatologia
corresponde à ruptura da camada íntima ou da média com entrada
de sangue entre os folhetos e posterior oclusão do lúmen arterial.
Pode ser espontânea ou pós-trauma e gerar sinais neurológicos
como cerebelares (ataxia), vertigem e distúrbios da visão, depen-
dendo do local de obstrução e eficácia das anastomoses com siste-
ma carotídeo. Aproximadamente 82% dos pacientes com DAVB
apresentam dor precedendo o déficit neurológico, como cervicalgia
e cefaleia, sendo esta mais prevalente e classicamente descrita como
occipital, bem localizada e diferente de outras que o paciente even-
tualmente tenha, enquanto aquela é descrita como uni ou bilateral
na porção posterior do pescoço. Esses sintomas podem indicar o
momento da dissecção e servir como alerta. Fatores de risco
clássicos como doenças vasculares, tabagismo e dislipidemia são
controversos, uma vez que a formação de lesões ateromatosas não
parece ser o principal fator que desencadeia a fragilização arterial e
predisposição à dissecção. A enxaqueca, na ausência de fatores de
risco clássicos, tem sido extremamente relacionada a essa afecção,
pois especula-se que alterações mecânicos como vasodilatação e
constrição durante episódios crônicos possam comprometer a lâmi-
na elástica e predispor a doença. O padrão ouro para diagnóstico é
a angiografia digital, podendo ser substituída pela angioressonância.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: DAVB é rara, pouco suspeitada pelos médicos e pode
não apresentar déficits focais. A cefaleia intensa na região occipital
ou cervicalgia na região posterior do pescoço constituem sintomas
de alerta que podem indicar o momento da dissecção.
Referências: Referências:
Referências: Referências:
Referências: 1. Adaletli I, Sirikci A, Ulus S, Yilmaz MH, Kervancioglu S, Kurugoglu S.
Traumatic bilateral vertebral artery dissection at the dural entry point. Pediatr Surg Int
2006; 22: 468-70.
2. Campos CR, Evaristo EF, Yamamoto FI et al.Dissecção espontânea cervical carotídea
e vertebral. Arq Neuropsiquiatr 2004; 62(2-B): 492-8.
3. Nagurney JT, Feldman D, Cahill DP, Gatha NM, Koroshetz WJ. Unusual visual
symptoms in a patient with bilateral vertebral artery dissection: a case report. J Emerg
Med 2006; 31(2): 169-71.
4. Taylor MW, Senkowski CK. Bilateral Vertebral Artery dissection after Blunt Cervical
Trauma: case Report and Review of the Literature. J Trauma. 2002; 52: 1186-8.
Esquema ilustrativo da dissecção
bilateral.
Anatomia da carótida interna e
vasos intracerebrais: (a) artéria
comunicante posterior; (b) artéria
carótida interna; (c) artéria
vertebral; (d) artéria basilar; (e)
artéria cerebral média; (f) artéria
cerebral anterior.
CE 17
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DA COLUNA CERVICAL EM
UM AMBULATÓRIO TERCIÁRIO DE CEFALEIA
Florêncio LL
1
; Casimiro ECB
3
; Braz CA
3
; Carvalho GF
1
;
Gonçalves MC
1
; Chaves TC
1
; Dach F
2
;
Speciali JG
2
; Bevilaqua-Grossi D
1
1
Fisioterapeuta;
2
Neurologista;
3
Estudante
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Verificar se há diferença na amplitude de movimento da
coluna cervical dos indivíduos com diferentes tipos de cefaleia aten-
didos em um serviço terciário especializado em cefaleia e algias
orofaciais, uma vez que, nessa população, a avaliação desse
122 Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012
nino com idades entre 18 e 50 anos, compostos de migranosos
com DTM (30,27 ± 9,82 anos), migranosos sem DTM (31,72 ±
9,82 anos) e grupo controle (24,41 ± 6.95 anos) de mulheres sem
DTM e sem migrânea. A DTM foi avaliada por meio da aplicação do
eixo I do Critério de Diagnóstico para Pesquisa em DTM (RDC/
TMD)
(1)
e o diagnóstico de migrânea foi realizado por neurologis-
tas, de acordo com os critérios da segunda edição da Classificação
Internacional de Cefaleias.
(2)
Os voluntários foram submetidos à
avaliação da postura corporal através da fotogrametria. Os pontos
a serem avaliados foram fixados, por examinador treinado e, pos-
teriormente, as imagens foram analisadas através de traçados con-
siderando esses pontos de referência nas vistas anterior, lateral,
posterior e face (Figura 1). Dezenove ângulos foram considerados
e para verificação de diferenças entre os valores médios dessas
medidas angulares entre os três grupos foi empregada a ANOVA
two-way (p<0.05).
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: foi verificada redução do ângulo
de protrusão de cabeça e lordose cervical nos pacientes com
Migrânea com e sem DTM, bem como maior frequência de
assimetrias nos nesse grupo de pacientes (ombros e face). Também
foi observada redução do ângulo de cifose torácica e aumento do
ângulo de lordose lombar nos pacientes com migrânea e DTM
(Tabela 1).
Conclusões:Conclusões:
Conclusões:Conclusões:
Conclusões: os resultados desse estudo demonstra-
ram a presença de alterações da postura corporal em pacientes
com migrânea. Além disso, nossos achados confirmam a hipótese
inicial de que a associação entre migranea e DTM pode contribuir
para o agravamento dessas alterações posturais, especialmente
para as alterações das curvaturas vertebrais mais caudais (cifose
torácica e lordose lombar).
segmento tem sido recomendada.
(1)
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Foram seleciona-
dos, no período de 1 ano e 6 meses, 90 sujeitos com média de
idade de 42 anos (DP: 11,05), sendo 77 do sexo feminino. Foram
incluídos aqueles com idade entre 18 e 65 anos, somente com um
diagnóstico de cefaleia e concordantes com o Termo de Consenti-
mento Livre e Esclarecido. Foram excluídos os indivíduos submeti-
dos a bloqueios periféricos durante a consulta, que apresentavam
história de trauma na face ou na região cervical, com diagnóstico
de doenças sistêmicas degenerativas e mulheres grávidas. A avali-
ação da amplitude de movimento cervical foi realizada através do
Cervical Range of Motion (CROM) por um avaliador cego quanto
ao diagnóstico da cefaleia. Os movimentos de flexão, extensão,
inclinação lateral e rotação foram repetidos três vezes e mensurados
em uma sequência aleatorizada por sorteio. A análise dos dados
consistiu na comparação das médias das três medidas para cada
movimento baseando-se no diagnóstico da cefaleia. Para isso, uti-
lizou-se os testes de ANOVA two way e o post hoc Duncan test pelo
programa SPSS 16.0. O intervalo de confiança adotado foi de 95%
e o valor de α =0,05.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Não houve diferença entre as
médias dos grupos em todos os movimentos cervicais (p>0,05)
(Tabela 1). No entanto, as médias dos movimentos foram menores
quando comparadas às médias do grupo controle, baseado nos
dados da literatura cuja população apresenta parâmetros seme-
lhantes.
(2)
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Não há diferenças importantes nas ampli-
tudes de movimento cervical entre os diferentes tipos de cefaleia
avaliados. Mas a redução da amplitude, comparada ao controle,
reforça a importância da avaliação cervical na prática clínica.
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
Referência: Referência:
Referência: Referência:
Referência: 1. Jull G, Amiri M, Bullock-Saxton J, Darnell R, Lander C. cervical
musculoskeletal impairment in frequent intermittent headache. Part 1: subjects with
single headaches. Cephalalgia. 2007; 27:793-802.
2. Bevilaqua-Grossi D, Pegoretti KS, Goncalves MC, Speciali JG, Bordini CA, Bigal ME.
Cervical mobility in women with migraine. Headache. 2009 May;49(5):726-31.
CE 18
MIGRANEA, DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E
ALTERAÇÕES DA POSTURA CORPORAL
Ferreira MC
1
; Florêncio LL
1
; Bevilaqua-Grossi D
1
;
Speciali JG
2
; Dach F
2
; Chaves TC
1
1
Fisioterapeuta;
2
Neurologista
OO
OO
O
bjetivo: bjetivo:
bjetivo: bjetivo:
bjetivo: Avaliar a presença de alterações posturais corporais
em mulheres com migrânea e verificar se a disfunção temporo-
mandibular (DTM) contribui para agravar tais alterações.
Méto-Méto-
Méto-Méto-
Méto-
dos:dos:
dos:dos:
dos: Foram avaliados 03 grupos de 22 integrantes do sexo femi-
Figura 1 - Vista sagital. A1 - Ângulo de
lordose cervical, A2 - Ângulo de cifose
torácico e A3 - Ângulo de lordose
lombar
RR
RR
R
eferências:eferências:
eferências:eferências:
eferências: 1. Dworkin SF, LeResche L. Research Diagnostic Criteria for temporo-
mandibular disorders: rewiew, criteria, examinations and specifications, critique.
Journal Temporomandibular disorders: Facial and Oral Pain. 1992; 6(4): 300-55.
2. Headache Classification Subcommittee of the International Headache Society. The
International Classification of Headache Disorders, 2nd edition. Cephalalgia. 2004;24
(Suppl. 1):9-160.
Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 123
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
RR
RR
R
eferências: eferências:
eferências: eferências:
eferências: 1. Cook C, Richardson JK, Braga L, Menezes A, Soler X, Kume P,
Zaninelli M, Socolows F, Pietrobon R. Cross-cultural adaptation and validation of
the Brazilian Portuguese Version of the Neck Disability Index and Neck Pain and
Disability Scale. Spine. 2006;31(14):1621-7.
2. Vernon H, Mior S. The Neck Disability Index: a study of reliability and validity. J
Manipulative Physiol Ther. 1991;14:409-15.
CE 20
ASPECTOS CLÍNICOS DA EVOLUÇÃO DA SÍNDROME DE
TOLOSA-HUNT: ESTUDO DE CASO
Gonçalves AFB; Almeida Junior JA; Maciel DA;
Vieira LP; Araújo RKR
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Analisar o processo de identificação da Síndrome de
Tolosa-Hunt (STH), dando ênfase nos critérios diagnósticos da
International Headache Society (IHS).
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Pesquisa biblio-
gráfica com levantamento de casos clínicos da STH e relato de caso
do paciente em estudo.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Realizado relato de caso de
um paciente, sexo masculino, 24 anos, com dor retroorbitária uni-
lateral de início agudo e estrabismo convergente à esquerda, cefaleia
hemicraniana esquerda persistente, em aperto, de grande intensi-
dade, acompanhada de náusea, fotofobia e fonofobia associadas à
hiperestesia malar ipsilateral à dor. Realizado radiografia, TC e RM
de encéfalo, sem alterações nas imagens radiológicas sugestivas
da STH. Na RM de órbitas, os achados sugerem sinusopatia crôni-
ca. Houve melhora da dor orbitaria, nas primeiras 48 horas, após
corticoterapia. Preenchendo, desta forma, os critérios diagnósticos
da ICHD II para STH após ampla investigação dos diagnósticos
diferenciais. Questiona-se uma possível associação da STH e a
Sinusopatia Crônica. Paciente persiste, até dias atuais, com hiperestesia
na região malar.
Conclusões:Conclusões:
Conclusões:Conclusões:
Conclusões: A STH é uma enfermidade rara,
portanto a condução do seu diagnostico através dos critérios da
ICHD II são de grande valia. Entretanto não há ainda protocolo
definido de tratamento, do seguimento a longo prazo e critérios
para classificar como recaída ou fracasso do tratamento bem como
associação com outras doenças. Portanto, novos estudos se fazem
necessários para desvendar tais aspectos do universo da STH.
CE 21
AS CRISES DE CEFALEIA PODEM TER DURAÇÃO REALMENTE
MENOR QUE 2 HORAS NA INFÂNCIA E NA
ADOLESCÊNCIA? ANÁLISE CRÍTICA PROSPECTIVA DOS
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA ICHD II
Lima MMF; Martin LC
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Analisar criticamente os critérios da Classificação
Internacional das Cefaleias (ICHD II)-2004 prospectivamente.
Método:Método:
Método:Método:
Método: Analisamos prospectivamente 150 indivíduos a nível
ambulatorial, não tratados, orientando o preenchimento do diá-
rio da dor durante a primeira consulta, após 30 dias retornavam.
Observamos todos os critérios da classificação ICHDII com cri-
ses >2horas (Grupo ICHD II) e os mesmos critérios, mas sendo
que o critério duração das crises em crianças seria menor que 2
horas (Grupo ICHD II-P). Empregou-se o critério diagnóstico clí-
nico intuitivo (DCI) como padrão "gold standard". A comparação
entre CDI, ICHDII, ICHDII -P foi realizada através do teste de Mc
Nemar.
RR
RR
R
esultados:esultados:
esultados:esultados:
esultados: Idade média 11anos ± 2,26, 34% sexo
masculino/66% sexo feminino; em relação aos sintomas: 65%
náusea, 52% vômitos, fotofobia 96%, fonofobia 97%, tontura
CE 19
PREJUÍZO FUNCIONAL DEVIDO À
DISFUNÇÃO CERVICAL NAS CEFALEIAS
Florêncio LL
(1)
; Casimiro ECB
(3)
; Carvalho GF
(1)
; Gonçalves MC
(1)
;
Chaves TC
(1)
; Dach F
(2)
; Speciali JG
(2)
; Bevilaqua-Grossi D
(1)
(1)
Fisioterapeuta;
(2)
Neurologista;
(3)
Estudante
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Avaliar a disfunção cervical em indivíduos com dife-
rentes tipos de cefaleia atendidos em um serviço terciário espe-
cializado em cefaleia e algias craniofaciais.
Materiais e mé-Materiais e mé-
Materiais e mé-Materiais e mé-
Materiais e mé-
todos:todos:
todos:todos:
todos: Foram avaliados 88 sujeitos com média de idade de 42
anos (dp: 11,11), sendo 76 do sexo feminino, durante o perío-
do de 1 ano. Os critérios de inclusão foram ter idade entre 18
e 65 anos, somente um diagnóstico de cefaleia e concordar com
o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram excluídos
aqueles que apresentavam história de trauma na face ou na re-
gião cervical, diagnóstico de doenças sistêmicas degenerativas
e mulheres grávidas. A avaliação da disfunção cervical foi reali-
zada por um avaliador cego quanto ao diagnóstico e por meio
da aplicação da versão brasileira do questionário Neck Disability
Index (NDI),
(1)
cuja pontuação varia de 0-50 e classifica os indi-
víduos como: sem incapacidade (0-4), incapacidade leve (5-14),
incapacidade moderada (15-24), incapacidade grave (25-34) e
completa incapacidade (35 ou mais).
(2)
A comparação do prejuí-
zo funcional entre os grupos de cefaleia foi realizada por meio
do teste chi-square utilizando o software SPSS 16.0, sendo ado-
tado o intervalo de confiança de 95% e o valor de α=0,05.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: O subtipo de cefaleia parece não fazer diferença
na classificação do prejuízo funcional, já que não houve diferen-
ça estatística entre elas (p>0,05). No entanto, 83% (n=73) dos
88 indivíduos avaliados apresentaram algum nível de inca-
pacidade funcional (Figura 1) relacionada à coluna cervical, sen-
do que 16% (n=12) eram classificados nas formas mais graves.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: O relato de prejuízo funcional devido à dor no
pescoço dentre os pacientes com cefaleia é bastante frequente,
embora na amostra estudada o mesmo não esteve associado a
algum subtipo específico de cefaleia. Tal constatação reforça a
importância da avaliação musculoesquelética da coluna cervical
nesses pacientes.
Figura 1. Gráfico sobre a frequência, em porcentagem, das classi-
ficações de disfunção cervical obtidas com o questionário Neck
Disability Index (NDI) em pacientes com diferentes tipos de cefaleia.
MSA= migrânea sem aura; MCA= migrânea com aura; MC=
migrânea crônica; CTT= cefaleia do tipo tensional.
124 Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012
52%, osmofobia 54%, este último não acrescenta ao diagnóstico,
pois todos que a apresentavam também tinham foto/fonofobia.
Duração: ICHD II - 88 crises > 2 horas e ICHD II-P - 62 crises
< 2 horas. Observamos que os critérios da ICHD II apresentam
uma sensibilidade (S) de 58% quando comparadas ao do CDI 100%
e o da ICHDII-P 94% com Mc Nemar p<0,001.
Conclusões:Conclusões:
Conclusões:Conclusões:
Conclusões: O
uso dos critérios atuais da ICHD II, através da evidência de um
estudo prospectivo demonstra um aumento importante (94%) da
sensibilidade comparada a (S=58%) da duração (>2horas). Pode-
mos então aceitar a duração < 2horas para as cefaleias na infância
e na adolescência.
CE 22
EFEITO ADICIONAL DA FISIOTERAPIA AO TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO NA REDUÇÃO DA INTENSIDADE E
FREQUÊNCIA DA MIGRÂNEA - VIABILIDADE DE UM
ESTUDO CONTROLADO RANDOMIZADO EM UM SERVIÇO
TERCIÁRIO DE ASSISTÊNCIA A SAÚDE
Gonçalves MC
1
; Dach F
2
; Nagamine HM
1
; Chaves TC
1
; Florêncio
LL
1
; Carvalho GF
1
; Speciali JG
2
; Bevilaqua-Grossi D
1
1
Fisioterapeuta;
2
Neurologista
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Demonstrar a viabilidade da condução de um estudo
controlado randomizado (ECR), em um serviço terciário, utilizando
técnicas de terapia manual em pacientes com migrânea em uso de
tratamento medicamentoso, com o intuito de verificar o efeito adi-
cional da fisioterapia e realizar uma análise preliminar da eficácia
dessa intervenção.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: O tamanho amostral foi calculado
para detectar a diferença entre grupos de um ponto em uma escala
de 0 a 3 para intensidade de dor e de 3 dias de dor em uma escala
de 0 a 9 dias. O tamanho amostral sugerido foi de 50 pacientes, 25
em cada grupo. Os dados de ambos os grupos serão analisadas
por intenção de tratamento. Um examinador cego avalia a frequência,
intensidade e duração da migrânea com o diário de dor e os demais
parâmetros estão descritos na figura 1. Posteriormente, os pacien-
tes são distribuídos aleatoriamente para os grupos de tratamento:
G1- medicação + fisioterapia e G2- medicação. Os grupos serão
comparados para os desfechos primários intensidade, frequência e
duração da dor. O diagnóstico e a prescrição do tratamento
medicamentoso são realizados por neurologistas. O tratamento
fisioterapêutico é realizado 2 vezes por semana durante 40 minu-
tos, por 6 semanas consecutivas, e consiste em terapia manual e
exercícios respiratório (Figura 1). Este trabalho foi registrado no
Registro de Ensaios Clínicos Brasileiros nºRBR-6kvx74.
Resulta-Resulta-
Resulta-Resulta-
Resulta-
dos:dos:
dos:dos:
dos: O estudo esta em plena condução apresentando apenas difi-
culdade de aderência no grupo G1. A análise dos dados foi realiza-
da em apenas 11 mulheres com migrânea sem aura, média de
idade 41±9,80 e tempo de doença em anos de 16,89±8,33, já
que o estudo ainda esta em curso, os resultados estão apresenta-
dos como um único grupo (Tabela 1) e revelam redução nos
parâmetros avaliados.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: A viabilidade do ECR em
pacientes com migrânea sem aura em um serviço terciário foi de-
monstrada.
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
Figura 1 - Diagrama de fluxo completo
CE 23
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM
CRIANÇAS MIGRANOSAS
Martins ML; Valério RC; Almeida TJC; Laender VR;
Rezende DF; Jurno ME
Introdução:Introdução:
Introdução:Introdução:
Introdução: As cefaleias são uma condição com alta prevalência
na população infanto-juvenil, sendo que a migrânea ocupa lugar de
destaque entre as cefaleias, causando importante diminuição na
qualidade de vida de seus portadores.
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Avaliar o impac-
to da migrânea na qualidade de vida de crianças utilizando como
parâmetros a resposta ao Brasilian SF-36.
Materiais e métoMateriais e méto
Materiais e métoMateriais e méto
Materiais e méto
--
--
-
dos:dos:
dos:dos:
dos: Trata-se de um estudo de corte transversal com análise com-
parativa de dois grupos voluntários, sendo um grupo composto por
crianças migranosas e outro por crianças sem migrânea. A partir de
então, foi aplicado em ambos os grupos o questionários da quali-
dade de vida Brasilian SF-36.
RR
RR
R
esultados:esultados:
esultados:esultados:
esultados: Este estudo foi com-
posto por 66 crianças de 5 a 15 anos, das quais 30 (45,45%)
erammigranosas e 36 (54,55%) sadias. A idade média das
migranosas foi de 10,9 anos, o desvio padrão (DP) ± 3,0 anos, e a
idade média do grupo controle foi de 10,4 anos, com DP ± 3,1. A
partir da análise do Brasilian SF-36, oito aspectos foram avaliados,
a saber: Capacidade Funcional, Aspectos Físicos, Dor, Estado Ge-
ral, Vitalidade, Aspectos Sociais, Aspectos Emocionais e Saúde
Mental. Os resultados obtidos mostraram que migranosos são di-
ferentes dos não migranosos em todos os aspectos mensurados e
que apresentaram, sempre, desempenhos piores que os não
migranosos quanto às oito dimensões medidas pelo Brasilian SF-
36.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Os autores concluem que a qualidade de vida
das crianças portadoras de migrânea foi afetada em todos os as-
pectos avaliados pelo Brasilian SF-36.
RR
RR
R
eferências: eferências:
eferências: eferências:
eferências: 1. Arruda MA, Albuquerque RCAP, Bigal ME. Migrânea na infância e
adolescência: avanços que contribuem para a prática clínica. PediatriaModerna.
2010 Maio/Jun; 46(3):87-100.
2. Subcomitê de Classificação das Cefaleias. Classificação Internacional das Cefaleias.
2ªed. São Paulo: Alaúde Editorial; 2004.
3. Jacobs H, Gladstein J. Pediatric Headache: A Clinical Review. Headache. 2012
Feb;52(2):333-9.
4. Langeveld JH et al. A quality of life instrument for adolescents with chronic headache.
Cephalalgia. 1996; 16:183-96.
5. Ciconelli RM. Tradução para o português e validação do questionário genérico de
avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). [Tese de Doutorado]. São
Paulo: Escola Paulista de Medicina de São Paulo da Universidade Federal de São
Paulo; 1999.
Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 125
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
CE 24
FREQUÊNCIA DE CEFALEIA E MIGRÂNEA EM
CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM UM AMBULATÓRIO DE
ATENDIMENTO PEDIÁTRICO
Veiga AMO; Abrahão ACT; Nogueira BCV; Borges FL;
Loschi MG; Cordeiro MF; Ferraz M; Veiga B; Jurno ME
Introdução:Introdução:
Introdução:Introdução:
Introdução: A cefaleia é um sintoma comum na prática hospitalar
pediátrica. No entanto, muito pouco é conhecido sobre a prevalência
e as causas das dores de cabeça fora do hospital. A migrânea é dita
como a causa mais comum de cefaleia primária em crianças. Em
crianças e adolescentes, destaca-se a importância do diagnóstico e
tratamento precoces, prevenção das crises de migrânea, para ori-
entação adequada de seus responsáveis e professores, objetivando
a melhoria na qualidade de vida e no perfil psicológico de seus
portadores.
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: O objetivo do presente trabalho foi esta-
belecer a frequência de cefaleia e migrânea na criança e no adoles-
cente na faixa etária de 5 a 15 anos, de acordo com os critérios
estabelecidos pela Sociedade Internacional de Cefaleia no ambu-
latório de pediatria.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Foram entrevistadas 149 crianças,
dos sexos feminino e masculino, na faixa etária de 5 a 15 anos, nos
ambulatórios de pediatria geral. O diagnóstico foi realizado se-
gundo os critérios da Sociedade Internacional de Cefaleia, e foram
utilizados instrumentos de estatística elementar para os resultados.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Os resultados obtidos mostram que a frequência de
cefaleia e migrânea em crianças e adolescentes na faixa etária de 5
a 15 anos nos ambulatórios de pediatria geral foi de 66,4% e
5,37% respectivamente.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: De acordo com os dados
coletados, a migrânea está fortemente relacionada com a frequência
dos episódios por mês, duração habitual das crises de horas ou
mais, dor pulsátil e presença de aura.
RR
RR
R
eferências:eferências:
eferências:eferências:
eferências:1. Barea LM, Santin R. Epidemiologia. In: Arruda MA, Guidetti V.
Cefaleias na Infância e Adolescência. 1ª Ed. Ribeirão Preto: Instituto Glia; 2007.
p.18-30.
2. Gherpelli JLD. Cefaleias na infância e adolescência. Ped Moderna. 1996;32(3):419-427.
3. Arruda MA. Enxaqueca na infância e adolescência: atualização no diagnóstico e
tratamento. Ped Moderna. 2009 mar-abr;45(2):37-50.
4. Arruda MA. Anamnese da criança com cefaleia. In: Arruda MA, Guidetti V. Cefaleias
na Infância e Adolescência. 1ª Ed. Ribeirão Preto: Instituto Glia; 2007. p.31-48.
CE 25
MIGRÂNEA DURANTE A GESTAÇÃO - PERFIL CLÍNICO
Pereira ECA
1
; Rocha GHS
1
; Coelho J
1
; Alvarenga LC
1
Borges NR
1
; Rezende DF
2
; Jurno ME
3
1
Alunos da Faculdade de Medicina de Barbacena:
2
Estatístico, Professor da Faculdade de Medicina de Barbacena
3
Doutor, Neurologista, Coordenador da Residência de Clínica
Médica do HRB/FHEMIG e Professor da
Faculdade de Medicina de Barbacena
Introdução:Introdução:
Introdução:Introdução:
Introdução: Um dos fatores que pode influenciar esse quadro de
migrânea nas mulheres são as alterações hormonais observadas
durante a gravidez. Estudos evidenciam que a maioria das mulheres
grávidas, que apresentava cefaleia pré-gestacional, exibiu melhora
ou desaparecimento da mesma durante a gestação, especialmente
quando se refere à migrânea menstrual.
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Relacionar a
incidência da migrânea com o período gestacional das pacientes
que foram admitidas no âmbito ambulatorial em uma clínica de
pré-natal e comparar a frequência da cefaleia, com o período pré-
gravidez.
Materiais e métodos: Materiais e métodos:
Materiais e métodos: Materiais e métodos:
Materiais e métodos: O trabalho constatou em um
estudo de corte transversal realizado mediante a uma entrevista
sobre cefaleia na gestação, entre gestantes que apresentaram
cefaleia no período gestacional e que foi diagnosticada como
migrânea através dos critérios da Classificação Internacional, no
período de julho de 2011 a fevereiro de 2012. Foram recrutadas
200 pacientes neste período.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: O presente estudo foi
realizado em um grupo de gestantes que se encontravam no tercei-
ro trimestre de gestação e com queixa de cefaleia prévia ao período
gestacional. O grupo foi composto por 200 pacientes, onde se
observou que 82 (41,0%) pacientes eram migranosas e as restan-
tes 118 (59,0%) pacientes não preenchiam os critérios para diag-
nóstico de migrânea. Os resultados obtidos neste trabalho relacio-
nando as pacientes migranosas com os trimestres investigados,
condizem com relatos da literatura, em que as crises de enxaqueca
muitas vezes, têm a frequência aumentada no primeiro trimestre,
mas se espera diminuir nos segundo e terceiro trimestres da gravi-
dez.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Os dados obtidos com a realização do nosso
trabalho estão em concordância com estudos anteriormente apre-
sentados, os quais foram demostrados uma diminuição gradual de
dores de cabeça ao longo dos três trimestres de gestação.
Referências:Referências:
Referências:Referências:
Referências: 1. Subcomitê de Classificação das Cefaleias. Classificação Internacional
das Cefaleias. 2ªed. São Paulo: Alaúde Editorial; 2004.
2. Melhado EM. Cefaleia na gestação. [Tese].CAMPINAS: Faculdade de Ciências
Médicas da Universidade Estadual de Campinas; 2005.
3. Melhado EM. Cefaleia na mulher. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011.
4. Melhado E, Maciel JJA, Guerreiro CAM. Headaches during pregnancy in women
with a prior history of menstrual headaches. Arq Neuropsiquiatr 2005;63(4):934-40.
5. Kvisvik EV et al. Headache and migraine during pregnancy and puerperium: the
MIGRA-study. J Headache Pain (2011) 12:443-51.
6. Serva WAD et al. Course of migraine during pregnancy among migraine sufferers
before pregnancy. Arq Neuropsiquiatr 2011;69(4):613-9.
CE 26
MIOPIA AGUDA E HIPERTENSÃO INTRA- OCULAR APÓS
USO DE TOPIRAMATO
Piazzi FG
1
; Tavares RF
1
; Matos MR
1
; Moura e Silva IS
2
;
Moura e Silva Filho PP
3
; Jurno ME
4
1
Residentes de Clínica Médica do Hospital Regional de
Barbacena/FHEMIG
2
Aluna da Faculdade de Medicina de Barbacena
3
Oftalmologista, Professor da Faculdade de
Medicina de Barbacena
4
Neurologista, Coordenador da Residência de Clínica Médica do
HRB/FHEMIG e Professor da Faculdade de
Medicina de Barbacena
Introdução:Introdução:
Introdução:Introdução:
Introdução: A enxaqueca acomete cerca de 6 a 7% dos homens e
18 a 20% das mulheres principalmente entre 25 e 55 anos de
idade, responsável por seu enorme impacto na atividade produtiva.
O topiramato juntamente com o divalproato de sódio são os úni-
cos dois anticonvulsivantes que tem aprovação do FDA para a pre-
venção da enxaqueca. É uma droga segura mas não isenta de efei-
tos colaterais. O principal deles é a nefrolitíase, e a nível ocular
diplopia, nistagmo, conjuntivite e anomalias de acomodação. As
alterações oftalmológicas não são comuns, o mais alarmante é o
quadro de miopia aguda associada a glaucoma de ângulo fechado
bilateral, que geralmente regride com a interrupção da droga.
CasoCaso
CasoCaso
Caso
clínico:clínico:
clínico:clínico:
clínico: Paciente do sexo feminino, 36 anos, portadora de hipo-
tireoidismo, enxaqueca, miopia e astigmatismo bilaterais, apresen-
tou quadro de diminuição súbita de acuidade visual após o uso de
topiramato. A miopia inicial da paciente era de 1,75 graus em olho
126 Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012
direito e 0,5 grau em olho esquerdo e evoluiu para 12 graus bila-
teral e hipertensão intraocular 24 horas após a ingestão do anticon-
vulsivante. Paciente recuperou sua acuidade visual e pressão
intraocular cerca de 48 horas após interrupção da medicação.
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Alertar não só a classe médica mas também os pacien-
tes para as possíveis alterações visuais causadas pelo uso do medi-
camento.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Alertamos que, embora raras as altera-
ções oftalmológicas aparecem e se não reconhecidas em tempo
hábil podem causar efeitos danosos ao paciente.
CE 27
O MÉDICO E A MIGRÂNEA: CONHECIMENTO E
PROCEDIMENTOS NO ACOLHIMENTO A PACIENTES EM
UM SERVIÇO DE PRONTO-ATENDIMENTO
Azevedo AC
1
; Petrin CS
1
; Rezende LA
1
; Michel LCS
1
;
Kfuri TV
1
; Moreira SRG
2
; Jurno ME
3
1
Alunas da Faculdade de Medicina de Barbacena
2
Doutor, Psicólogo, Professor da Faculdade de Medicina de
Barbacena
3
Doutor, Neurologista, Coordenador da Residência de
Clínica Médica do HRB/FHEMIG e Professor da Faculdade de
Medicina de Barbacena
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Este trabalho visa analisar o conhecimento que um
grupo de médicos em Unidades de Emergência, de uma cidade de
médio porte localizada em Minas Gerais, têm a respeito da
migrânea/enxaqueca e de como foram o acolhimento realizados
por eles a pacientes em crise de cefaleia.
Método:Método:
Método:Método:
Método: Este trabalho
de caráter qualitativo utilizou instrumentos como Ficha de Identifi-
cação e Estratificação da Amostra e Roteiro de Entrevista Semi-
Estruturada, tendo como base os critérios de diagnóstico das
cefaleias da Sociedade Internacional de Cefaleia e as Recomenda-
ções da Sociedade Brasileira de Cefaleia para o tratamento das
crises de dor de cabeça, sendo realizadas entrevistas com os médi-
cos participantes do estudo.
Resultado: Resultado:
Resultado: Resultado:
Resultado: Nas unidades de emer-
gência desta cidade é frequente o atendimento de pacientes com
crise migranosa. De acordo com os entrevistados, a maioria dos
pacientes superestima sua dor, porém, o mesmo não ocorre com
os médicos, que dizem subestimar a dor de seu paciente. Segundo
os entrevistados há uma relação de migrânea com distúrbios psico-
lógicos e seus pacientes necessitam de um atendimento especial,
inclusive de um ambiente adequado para atendimento. Nota-se
também que não há um critério estabelecido para a escolha de
medicamentos assim como para realização de exames comple-
mentares e internação.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Diante do estudo realizado
nota-se uma deficiência no acolhimento do paciente migranoso e
no conhecimento dos médicos em relação a essa patologia.
CE 28
RELATO DE CASO: SÍNDROME DE TOLOSA-HUNT
Teles MCM; Jabarra CP; Ferreira GF; Macci JP;
Souza JA; Moreira Filho PF
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Relatar um caso da Síndrome de Tolosa-Hunt em que
houve a remissão do quadro álgico desacompanhado da recupera-
ção da paresia dentro das primeiras 72 horas após início do
corticoide.
Método:Método:
Método:Método:
Método: Relato de caso de JBS, 57 anos, masculino,
morador de Niterói, natural do RJ, aposentado, casado, escolarida-
de de 4 anos. Iniciou quadro de dor periocular em aperto, diplopia,
ptose palpebral a esquerda e dor ao toque da face a esquerda. Sem
outros sintomas associados. Melhora parcial da dor com analgési-
co comum. Três anos antes do quadro atual, apresentou diplopia,
com duração de 3 meses e melhora com o uso de Vitamina B1
300mg/dia. Ao exame apresentava ptose palpebral a esquerda,
paralisia de músculo oblíquo superior e músculo reto medial a
esquerda, reflexo fotomotor lentificado a esquerda. Angiotomografia
e Ressonância Magnética de crânio sem alterações. Teste oral de
tolerância a glicose normal.
Resultado: Resultado:
Resultado: Resultado:
Resultado: Iniciado prednisona 60mg/
dia após 25 dias do inicio do quadro, com resolução completa da
dor em menos de 72 horas, com alguma melhora da ptose palpebral
e paresia de músculos reto medial e obliquo superior a esquerda.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Apesar dos critérios levar em conta uma melhora da
paresia em 72 horas, o caso em questão e muitos outros trabalhos
mostram que a resolução da paresia pode necessitar de um tempo
muito maior ou até deixar sequelas. Sugerimos que este critério
seja revisto. Na prática diária, observa-se que nem sempre os crité-
rios diagnósticos são plenamente preenchidos, e que a exclusão de
outras causas e bom senso nos faz diagnosticar condições raras,
como a Síndrome de Tolosa-Hunt.
CE 29
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO
QUESTIONÁRIO PEDIATRIC MIGRAINE DISABILITY
ASSESSMENT (PEDMIDAS) PARA O PORTUGUÊS (BRASIL)
Freire NVS; Gonçalves LR; Coutinho Junior JR;
Hershey AD; Rocha Filho PAS
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Traduzir e adaptar transculturalmente o questionário
Pediatric Migraine Disability Assessment (PedMIDAS) da língua in-
glesa para o português/Brasil.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Estudo de validação. Foi
realizado a tradução e adaptação transcultural do questionário
PedMIDAS do inglês para o português/Brasil em cinco etapas: tra-
dução inicial (3 tradutores brasileiros bilíngues), síntese da tradu-
ção (reunião com 5 profissionais), retrotradução à língua de ori-
gem (2 tradutores nativos de língua inglesa), revisão da tradução
por um comitê de juízes e pré-teste da versão final, que foi aplicada
em 40 crianças em idade escolar e adolescentes, atendidos no
ambulatório de neurologia pediátrica do Hospital Universitário
Oswaldo Cruz-HUOC.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Q1: Nos últimos 3 meses,
quantos dias inteiros de aula você faltou por causa de dor de cabe-
ça? (100% sem dificuldades), Q2: Fora aqueles dias inteiros que
você perdeu, nos últimos 3 meses, quantos dias você perdeu mais
da metade das aulas por causa da dor de cabeça? (87,5% sem
dificuldades), Q3: Fora os dias que você faltou a escola ou alguma
aula, nos últimos 3 meses, quantos dias você não foi capaz de fazer
nem metade do que você normalmente faz na escola por causa de
dor de cabeça? (85% sem dificuldades), Q4: Quantos dias você
não conseguiu fazer atividades em casa por causa de dor de cabeça
(por exemplo, obrigações de casa, lição de casa, etc.)? (100% sem
dificuldades), Q5: Quantos dias você não conseguiu participar de
outras atividades por causa de dor de cabeça (por exemplo, brincar,
sair para a rua, praticar esportes...)? (100% sem dificuldades), Q6:
Fora os dias que você não participou das atividades da pergunta
anterior, quantos dias você participou mas não conseguiu fazer
nem metade do que é capaz? (85% sem dificuldades).
Conclu-Conclu-
Conclu-Conclu-
Conclu-
são: são:
são: são:
são: A versão brasileira do questionário PedMIDAS foi respondida
sem dificuldades pela maioria das crianças e adolescentes.
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 127
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
CE 30
DIAGNÓSTICO DE CEFALEIA PRIMÁRIA POR ALUNOS
INTERNOS DO CURSO DE MEDICINA NA CIDADE DE
CAMPINA GRANDE - PARAÍBA
Sampaio PGG; Oliveira TTS; Galdino GS
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Avaliar a capacidade de realização do diagnóstico
diferencial das cefaleias primárias mais frequentes, por acadêmicos
internos de medicina, visando identificar o nível de conhecimento
sobre cefaleias primárias na população estudada, além de investi-
gar se há conhecimento, por parte desses alunos, da Classificação
Internacional das Cefaleias.
Método:Método:
Método:Método:
Método: Estudo descritivo, analítico,
comparativo, aprovado pelo Comitê de Ética da FCM-CG e reali-
zado no período de janeiro a junho de 2012. A amostra foi com-
posta por 45 internos, o instrumento de coleta de dados foi um
questionário autoaplicável, contendo duas histórias clínicas,
ficcionais, contemplando os critérios diagnósticos explícitos, listados
na Classificação Internacional das Cefaleias (ICHD II), referentes a
quadros de migrânea sem aura (MAS) e cefaleia tipo tensional crô-
nica (CTTC). Análise qualiquantitativa a partir dos critérios estabe-
lecidos no questionário utilizado, através do programa Microsoft
Excel.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Dos 45 alunos 37,7% consideraram como as
principais hipóteses diagnósticas para história 01: MSA e CTT, com
64,4% encaminhando esse paciente para neurologista/cefaliatra.
Com relação à história 02, 31,1% propuseram unicamente o diag-
nostico de CTT e 57,7% redirecionariam o paciente para o neuro-
logista/cefaliatra.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: É possível sugerir que os internos
entrevistados têm conhecimento básico acerca das cefaleias primá-
rias de acordo com os diagnósticos propostos por eles nas duas
histórias.
PP
PP
P
alavrasalavras
alavrasalavras
alavras
--
--
-
chave:chave:
chave:chave:
chave: Internos; Cefaleia; Diagnóstico
Referências:Referências:
Referências:Referências:
Referências: 1. Moskowitz MA, Buzzi MG. Migraine general aspects. Handb Clin
Neurol. 2010 97:253-66.
2. Krymchantowski A V.; Cefaleias do tipo tensional: atualização; J. brás. Med vol 80
ed.6 p.28-34,2001.
3. Ortiz F, Junior ER. Cefaleias Primárias: Aspectos Clínicos e Terapêuticos; São Paulo
2002 2ª Edição; Editora Zeppelini.
CE 31
ASSOCIAÇÃO DE HÁBITOS E COMPORTAMENTOS
ALIMENTARES COM A PRESENÇA DE CEFALEIA
Silva PMF; Soares CBRB; Soares VBRB; Melo MG;
Vasconcelos FMN; Silva TAB; Nery MW; Lima RCA; Freire DDO;
Costa CNB; Ximenes RCC; Valença MM; Oliveira DA
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Avaliar a relação dos hábitos alimentares com queixa
de cefaleia em adolescentes.
Método:Método:
Método:Método:
Método: Foram avaliados 128 ado-
lescentes (88 meninas), com idade entre 10 e 19 anos. Para avaliar
os hábitos e costumes alimentares foi utilizado um diário alimentar
composto por questões que avaliam as preferências e aversões
alimentares segundo sete grupos alimentares: grupo 1 - cereais,
pães, tubérculos e raízes; grupo 2 - hortaliças e leguminosas; gru-
po 3 - frutas; grupo 4 - carnes e ovos; grupo 5 - leite e produtos
lácteos; grupo 6 - óleos e gorduras; grupo 7 - açúcares e doces;
questões sobre as frequências semanais das refeições; questões
para avaliar o grau de influência das pessoas do convívio do ado-
lescente na escolha da sua alimentação, as fontes de informação
do adolescente sobre alimentação, contexto em que o adolescente
se alimenta em relação à companhia e local. Para rastrear a cefaleia
primária foram utilizados os critérios estabelecidos pela Sociedade
Internacional de Cefaleia (ICHD-II).
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: 90,6% (n=116)
queixaram-se de cefaleia nos últimos seis meses. Não houve dife-
rença estatística entre gênero e queixa de cefaleia [81 (92%) meni-
nas e 35 (87,5%) meninos, p=0,514]. Dentre os grupos de alimen-
tos que mais gosta houve associação entre os do grupo 5 com
queixa de cefaleia (p=0,016). Não foram verificadas associações
significativas entre ocorrência de cefaleia com a frequência de cada
uma das refeições, influência de pessoas do convívio, companhia e
local e segundo as informações sobre alimentação (p > 0,05).
75% (n=97) faziam uso de analgésico sem prescrição médica e
44,5% (n=57) afirmou absenteísmo escolar devido à cefaleia.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: O consumo de alimentos como leite e produtos
lácteos desencadeou crises de cefaleia entre os adolescentes estu-
dados. A investigação dos hábitos alimentares como fonte causa-
dora de cefaleia é importante para tentar reduzir as crises e melho-
rar a qualidade de vida.
CE 32
FREQUÊNCIA DE CEFALEIA EM ADOLESCENTES COM
SINTOMAS DE TRANSTORNOS ALIMENTARES
Silva PMF; Santos MRP; Borges ÉA; Lima RCA; Silva GAM;
Vasconcelos FMN; Oliveira DA; Ximenes RCC; Souza SL
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Avaliar a frequência de cefaleia em adolescentes esco-
lares da rede pública de ensino com sintomas de transtornos ali-
mentares.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Foi realizado um estudo com 150 adoles-
centes com idade entre 10 e 17 anos. Para o rastreamento de
comportamentos sugestivos de transtornos alimentares, foi utiliza-
do o questionário Teste de Atitudes Alimentares (EAT) e para a
avaliação da gravidade da bulimia nervosa a partir da avaliação de
aspectos cognitivos e comportamentais, foi utilizado o Teste de
Avaliação Bulímica de Edinburgh (BITE). Para classificar a cefaleia
primária foram utilizados os critérios estabelecidos pela Sociedade
Internacional de Cefaleia (ICHD-II).
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: A presença de
sintomas sugestivos de transtornos alimentares foi de 42,7% dos
pesquisados, desses 43,4% eram do sexo feminino e 41,2% do
sexo masculino. Para esses adolescentes com sintomas positivos
para o EAT, 96,9% apresentaram cefaleia. Mais da metade (57,3%)
dos adolescentes não apresentaram sintomas para o Teste de Ava-
liação Bulímica de Edimburgo (BITE), entre os que apresentaram
sintomas, 41,4% eram do sexo feminino, 35,3% tinham sintomas
médios e 7,3% sintomas graves e 98,4% queixavam-se de cefaleia.
Na avaliação da gravidade da bulimia nervosa, pelo BITE, apenas
8% foi considerado significativo e 3% de grande intensidade, neste
estudo todos os adolescentes apresentaram também cefaleia. Ape-
nas nove (6%) adolescentes pesquisados declararam nunca terem
sentido dor de cabeça.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: A frequência de cefaleia em
adolescentes escolares da rede pública de ensino que apresenta-
ram sintomas de transtornos alimentares é elevada e o gênero
feminino é mais acomentido. Isto enfatiza a necessidade de inter-
venção sobre os fatores associados a sua ocorrência, proporcio-
nando orientações apropriadas aos adolescentes.
CE 33
ALTERAÇÕES CORTICAIS DA MIGRÂNEA COM AURA
Almeida KJ; Silva Neto RP; Arouca EMG; Galvão ACR;
Torezano SW; Comerlatti LR; Fortini I
128 Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Relatar achados neurorradiológicos em paciente com
infarto migranoso.
Relato do caso: Relato do caso:
Relato do caso: Relato do caso:
Relato do caso: Mulher de 23 anos, em uso
de contraceptivo oral (ACO) apresentando cefaleia prévia numa
frequência de três vezes por mês, temporal esquerda, forte intensi-
dade, ora em pontadas ora em peso, com náuseas, vômitos,
fotofobia, fonofobia e sem osmofobia. A dor era sempre precedida
por diplopia e, algumas vezes, embaçamento visual bilateral. To-
mava dipirona durante as crises (sem abuso). Apresentou, após
acordar durante a madrugada, quadro súbito de dormência e perda
de força (grau 0) no MSD e em hemiface esquerda. Observou difi-
culdade para falar e, concomitantemente, cefaleia temporal em
pontadas, forte intensidade, sem náuseas ou vômitos, com fotofobia,
fonofobia e vertigem. Antes da cefaleia, apresentou os mesmos
sintomas visuais. Persistiu com cefaleia mesmo após usar Dorflex©
e Dipirona. Não conseguia emitir palavras, compreendia coman-
dos complexos, conseguia ler e entender sentenças, porém só es-
crevia palavras repetidas. Não conseguia nomear objetos ou repe-
tir sentenças. Relatou que não conseguia encontrar as palavras.
Voltou a dormir e ao acordar permaneceu com parestesias em MSD
e face, já conseguia realizar movimentos no MSD e falava senten-
ças simples como "sim" e "não". Continuava com cefaleia de fraca
intensidade e procurou o hospital. À admissão, observou-se afasia
não fluente com parafasias fonêmicas, discurso telegráfico, com-
preensão, nomeação, escrita e repetição preservadas. Hemiparesia
direita completa desproporcionada de predomínio braquiofacial
grau IV. Reflexos profundos globalmente simétricos e reflexo cutâneo
plantar flexor bilateral. Hemi-hipoestesia direita completa. RNM
encefálica evidenciou área de restrição difusional cortical acome-
tendo terço inferior do giro pré-central esquerdo, com discreto
realce pelo contraste. Angio-RNM normal e Doppler transcraniano
com alterações hemodinâmicas associadas ao quadro migranoso.
Recebeu alta com amitriptilina e suspensão de ACO.
Conclusão:Conclusão:
Conclusão:Conclusão:
Conclusão:
Migrânea com aura complexa (visual, sensitiva, motora e de lingua-
gem) pode estar associada a achados neurorradiológicos raros
quando evolui para infarto migranoso.
CE 34
ANÁLISE DO TEMPO DE PROFILAXIA DA MIGRÂNEA
Silva Neto RP; Almeida KJ; Valença MM
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Determinar o tempo mínimo para suspensão da profilaxia
da migrânea em pacientes assintomáticos.
Método:Método:
Método:Método:
Método: Através de es-
tudo prospectivo, com comparação de grupos, empregando amostra
de conveniência, 50 pacientes migranosos diagnosticados conforme
os critérios da International Classification of Headache Disorders -
second editon foram tratados profilaticamente com atenolol,
nortriptilina e flunarizina até o desaparecimento da cefaleia. Quando
assintomáticos, foram divididos em dois grupos iguais: grupo A man-
tido profilaxia por mais 12 meses e grupo B, por mais 24 meses.
Determinou-se a frequência de crises pré e pós-tratamento, num
seguimento de três anos, utilizando-se diário da cefaleia. No segui-
mento, definiu-se como desfecho "tempo livre de dor" e "número de
episódios de recidiva de cefaleia por ano".
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Dos 50
pacientes tratados, 39 (78%) eram mulheres, correspondendo à ra-
zão feminino/masculino de 3,5:1. A idade variou de 19 a 57 anos
(36,0 ± 11,0). Dos 25 pacientes do grupo A, 20 (80%) eram mulhe-
res e 5 (20%) homens e dos 25 do grupo B, 19 (76%) eram mulheres
e 6 (24%) homens. A idade dos pacientes dos grupos A e B, foi igual,
respectivamente, a 34,2 ± 10,4 e 37,8 ± 11,4 anos. Antes do
tratamento, a frequência mensal das crises para os grupos A e B era,
respectivamente, de 16,3 ± 12,8 e 16,4 ± 11,8 dias (p = 0,769). O
tempo de desaparecimento da cefaleia foi, respectivamente, de 21,4
± 11,2 e 16,8 ± 9,9 meses para os grupos A e B (p = 0,161, χ
2
). Os
grupos não diferiram significativamente. Durante três anos sem trata-
mento, os grupos A e B mantiveram uma frequência anual de, respec-
tivamente, 3,2 e 0,5 dias de cefaleia. Dos pacientes do grupo B,
76,0% (19/25) permaneceram assintomáticos durante o seguimen-
to, versus 44,0% (11/25) do grupo A, com diferença significativa
(p=0,001, χ
2
).
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Considerando como desfecho o tem-
po livre de cefaleia após suspensão da profilaxia, melhores resulta-
dos foram obtidos com profilaxia da migrânea por 24 meses.
PP
PP
P
alavrasalavras
alavrasalavras
alavras
--
--
-
chavechave
chavechave
chave: Migrânea; Profilaxia; Cura
CE 35
PREVALÊNCIA E IMPACTO DA MIGRÂNEA EM
ALUNOS DE ODONTOLOGIA
Barbosa FMCS
1
; Ferraz MGG
1
; Rocha EE
2
;
Matos RVL
2
; Fernandes RSM
3
1
Cirurgiã Dentista pela UFPE;
2
Especialista em Disfunção
Temporomandibular e Dor Orofacial pela FOR;
3
Doutorado em
Reabilitação Oral pela FORP-USP, Professora Adjunto da UFPE
A migrânea é uma cefaleia primária altamente prevalente e está
entre as doenças mais incapacitantes. Seu diagnóstico deve seguir
os critérios definidos pela Sociedade Internacional de Cefaleia.
Esta pesquisa teve como objetivo identificar, dentre os estudantes
do Curso de Odontologia da UFPE, os portadores de cefaleia e,
entre esses, os migranosos. Através de questionários escritos,
frequência mensal, a intensidade e a localização da dor foram ana-
lisadas e comparadas entre os grupos. O grau de impacto da
migrânea nas atividades rotineiras dos alunos também foi avaliado,
com o uso do Questionário de Avaliação da Incapacidade por
Migrânea (MIDAS). Dos 256 questionários válidos, 45 alunos eram
migranosos (G1) e 174, portadores de outros tipos de cefaleia
(G2). Ao comparar os dois grupos, verificou-se que características
como localização, frequência e intensidade da dor foram diferen-
tes. O grau de impacto das crises de migrânea nas atividades pro-
fissionais, domésticas e sociais foram superiores nas mulheres. A
partir das informações colhidas, os alunos portadores de cefaleia
foram orientados a procurar centros especializados. Por abordar
uma patologia de alta prevalência que provoca impacto substancial
ao indivíduo e a sociedade, um estudo como este é importante ser
realizado, pois possibilita o planejamento e a execução de melho-
res programas de saúde que visem o bem estar da população. No
âmbito acadêmico, pesquisas como esta possibilitam que o tema,
tão pouco abordado, seja esclarecido em sala de aula nos cursos
de graduação e pós-graduação.
CE 36
SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA EM ADOLESCENTES
COM CEFALEIA PRIMÁRIA
Lima RCA; Freitas DS; Bezerra e Silva DW; Silva GA; Costa CNB;
Siqueira GR; Silva GAM; Ximenes RCC; Silva LC; Martins HAL;
Vieira LPB; Valença MM; Oliveira DA
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Investigar a relação entre os sintomas depressivos e a
cefaleia primária em adolescentes.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Foram avaliados
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 129
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
117 estudantes (68 meninas) de escolas públicas estaduais, com
idade variando entre 11 e 17 anos (14 ± 1,7 anos). Para classificar
a cefaleia primária foram utilizados os critérios estabelecidos pela
Sociedade Internacional de Cefaleia (ICHD-II). Para o rastreamento
de sintomatologia depressiva foi utilizado o Inventário de Depres-
são Infantil (CDI).
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Não houve diferença entre os gê-
neros em relação à média de idade (13,9 ± 1,8 meninas e 14,2 ±
1,6 meninos; p=0,342). Não houve associação estatística entre
presença de sintomatologia depressiva e cefaleia no último mês
[66/80 (82,5%) adolescentes com cefaleia vs. 30/37 (81,1%) sem
cefaleia, p>0,05; χ
2
]. Cefaleia no último mês foi observada em
80/117 (68,4%) da amostra [53/68 (77,9%) meninas e 27/49
(55,1%) meninos; p=0,015, χ
2
]. Sintomatologia depressiva foi ob-
servada em 96/117 (82,1%) dos alunos [62/68 (91,2%) meninas e
34/49 (69,4%) meninos, p=0,003; χ
2
]. As meninas apresentaram
maiores médias de escore em todos os domínios do CDI com dife-
rença estatística nos domínios: problemas interpessoais (2,51 ±
1,05 meninas vs. 2,02 ± 1,2 meninos, p=0021); humor deprimido
(4,37 ± 1,3 meninas vs. 3,61 ± 1,8 meninos, p=0,013); inefetividade
(4,38 ± 1,3 meninas vs. 3,71 ± 1,8 meninos, p=0,024) e autoestima
negativa (6,21 ± 0,93 meninas vs. 4,63 ± 2,4 meninos; p<0,05).
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Cefaleia primária e sintomas depressivos são fre-
quentes entre os adolescentes estudados e as meninas são mais
acometidas pelas duas condições.
CE 37
ACHADOS AUDIOMÉTRICOS EM ADULTOS COM MIGRÂNEA:
UM ESTUDO COMPARATIVO E CONTROLADO
Agessi LM; Duarte JA; Kolontai A; Curi R; Ganança FF;
Carvalho DS; Villa TR
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Comparar os achados audiométricos em indivíduos
com migrânea e indivíduos sem cefaleia.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Foram avalia-
dos 15 pacientes com migrânea sem aura, 12 pacientes com aura,
diagnosticados de acordo com a International Headache Society
(ICHD-II, 2004), e 15 indivíduos sem história de cefaleia. Idade
entre 18 e 40 anos. Os critérios de exclusão: outras doenças neu-
rológicas e otoneurológicas, exposição a ruído, antecedentes de
trauma acústico, uso de drogas ototóxicas e otites de repetição.
Uso atual de profiláticos para migrânea ou outros medicamentos
com ação no sistema nervoso central. Avaliação: anamnese e
audiometria tonal e vocal realizada por profissional fonoaudiólogo.
A análise estatística foi realizada pelo teste ANOVA, com nível de
significância de 5% e intervalo de confiança de 95%.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados:
A idade média do grupo migrânea sem aura foi 29,5 anos ±6,3,
migrânea com aura 28,7 anos ±6,0, controles sem cefaleia 29,1
anos ±5,0. Observamos que, apesar de todos os avaliados apre-
sentarem limiares auditivos dentro da normalidade, houve diferen-
ça significante na orelha direita para o grupo migrânea sem aura e
na orelha esquerda para o grupo migranea com aura, em compara-
ção aos controles.
Discussão:Discussão:
Discussão:Discussão:
Discussão: Estudos anteriores identificaram
perda auditiva flutuante em frequências graves em pacientes com
enxaqueca. A enxaqueca também já foi identificada como causa de
perda súbita de audição em pacientes sem causa identificada que
preenchiam critérios para migrânea. A literatura ainda é escassa
sobre as alterações auditivas em pacientes com migrânea com ou
sem aura. O presente estudo demonstrou uma diferença significa-
tiva dos limiares auditivos entre os grupos migrânea e controles
sadios.
RR
RR
R
eferências:eferências:
eferências:eferências:
eferências: 1.Baloh RW. Neurootology of migraine. Headache.1997; 37:615-21
2. Viirre ES, Baloh RW. Migraine as a cause of sudden hearing loss.
Headache. 1996; 36:24-48
3. Headache Classification Committee of the International Headache Society. The
International Classification of Headache Disorders: 2nd edition. Cephalalgia 2004;
24 Suppl 1: 9-160.
4. Bolay H, Bayazit YA, Gunduz B, Ugur AK, Akçali D, Altunyay S, Ilica S, Babacan A.
Subclinical dysfunction of cochlea and cochlear efferents in migraine: an otoacoustic
emission study. Cephalalgia 2008;28:309-317
CE 38
AVALIAÇÃO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL EM
ADULTOS COM MIGRÂNEA E CONTROLES SEM CEFALEIA
Agessi LM; Dias KZ; Carvalho DS; Pereira LD; Villa TR
Faculdade de Fonoaudiologia da Universidade Federal de
São Paulo – UNIFESP
Setor de Investigação e Tratamento das Cefaleias - Departamento
de Neurologia e Neurocirurgia – UNIFESP.
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Comparar o desempenho em testes de processamento
auditivo em indivíduos com migrânea com e sem aura e compará-
los a um grupo controle sem cefaleia.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Foram avaliados
26 indivíduos com migrânea, com e sem aura, classificados de
acordo com a International Headache Society (ICHD-II, 2004), e
15 controles. Grupo migrânea com aura: 10 mulheres e 1 homem,
idade média de 29,3 anos ±5,8, média de 8,2 dias de cefaleia /
mês ± 4,1. Grupo migrânea sem aura: 14 mulheres e um homem,
idade média de 29,5 anos ± 6,3, média de 7,5 dias de cefaleia/
mês ± 2,3. Grupo controle:14 mulheres e um homem, com média
de 29,1 anos. Os procedimentos realizados foram: anamnese,
avaliação da função auditiva periférica, testes do Processamento
auditivo central (PAC) como Gaps-in-noise, Padrão de duração,
Dicótico de Dígitos e Localização. Os critérios de exclusão foram:
doenças psiquiátricas, outras doenças neurológicas, perda auditi-
va, trauma craniano, uso de medicamentos ototóxicos, preventivos
para migrânea ou que afetem o sistema nervoso central. Uso de
álcool e drogas. A análise estatística foi realizada pelo teste ANOVA,
com nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%.
RR
RR
R
esultados:esultados:
esultados:esultados:
esultados: Todos os avaliados obtiveram limiares auditivos den-
tro da normalidade. Indivíduos com migrânea com e sem aura apre-
sentaram pior desempenho em relação à resolução temporal e a
ordenação temporal, quando comparados a controles sem cefaleia.
Discussão: Discussão:
Discussão: Discussão:
Discussão: As funções do processamento auditivo envolvem es-
truturas anatômicas como tronco cerebral, córtex e neurotrans-
130 Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
missores. Aspectos neuroquímicos envolvidos na fisiopatologia da
migrânea e das funções auditivas podem predispor indivíduos com
migrânea déficits do processamento auditivo, com prejuízos nas
habilidades de reconhecer, discriminar e compreender as informa-
ções auditivas, bem como a atenção e memória auditivas.
desenvolvimento psicomotor, deficiência intelectual, epilepsia, trau-
ma craniano, doenças sistêmicas, meningite, síndromes genéticas,
doenças psiquiátricas, uso de medicação profilática para cefaleia
ou qualquer outra com efeito no sistema nervoso central. A análise
estatística foi realizada por meio do teste t e Mann-Whitney sendo
considerado significativo p<0,05.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: O grupo migrânea
apresentou escores significativamente menores que o grupo con-
trole nas Matrizes Progressivas Coloridas de Raven escore bruto (p
< 0,004)/ percentil (p < 0,001); Figuras Complexas de Rey - Có-
pia (p < 0,016) / percentil (p < 0,003) e regulação do ato motor
( p< 0,012).
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Crianças com migrânea quando com-
paradas aos controles apresentaram pior desempenho em testes
de raciocínio não verbal, dificuldades na organização e integração
perceptomotora, e na regulação do ato motor. Estes déficits podem
gerar um impacto negativo no desempenho escolar e nas ativida-
des cotidianas da criança.
Referências: Referências:
Referências: Referências:
Referências: 1. Headache Classification Committee of the International Headache
Society. The International Classification of Headache Disorders: 2nd edition. Cephalalgia.
2004;24 Suppl 1:9-160.
2. Magis D, Joiris T, Di Clemente L, Allena M, Coppola G, Gerard P, Schoenen J.
Interictal cognition in migraineurs: a study correlation psychometric and
neurophysiological tests. Cephalalgia. 2007;27:714.
3. Demarquay G, Caclin A, Brudon F, Fischer C, Morlet D. Exacerbated attention
orienting to auditory stimulation in migraine patients. Clinical neurophysiology.
2011;122:1755-63.
4. Musiek F, Baran J Neuroanatomy, neurophysiology and central auditory assessment.
Part 1: Brainstem. Ear and Hearing. 1986;7:207-19.
CE 39
RACIOCÍNIO NÃO VERBAL, FUNÇÕES MOTORAS, E
PRAXIA CONSTRUTIVA EM CRIANÇAS COM MIGRÂNEA
UM ESTUDO CONTROLADO
Moutran ARC; Pereira RA; Vaz L; Villa TR; Carvalho DS
Setor de Investigação e Tratamento das Cefaleias
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Instituto de
Psicologia Aplicada (IPAF/Brasil)
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Comparar o raciocínio não verbal, funções motoras
e a praxia construtiva de crianças com migrânea e controles sem
cefaleia.
Método:Método:
Método:Método:
Método: Grupo migrânea: 10 crianças de ambos os
sexos (6 meninas), diagnosticadas segundo os critérios da
International Headache Society (ICHD-II, 2004), 6 com e 4 sem
aura, idade entre 8 e 11 anos e 08 meses (10,2 ± 1,23), média
de 8,6 dias de cefaleia /mês (DP ± 4,9). Grupo controle: 10
crianças (5 meninas), mesma faixa etária (10,2 anos ± 0,91) sem
história prévia de cefaleia. Testes utilizados: Matrizes progressi-
vas coloridas de Raven (raciocínio não verbal), Bateria
neuropsicológica Tübinger Luria-Christensen para crianças - TUKI
(funções motoras) e o Teste de Figuras complexas de Rey (praxia
construtiva e memória imediata visual). Critérios de exclusão:
antecedentes mórbidos gestacionais, prematuridade, atraso no
Referências:Referências:
Referências:Referências:
Referências: 1. Headache Classification Subcommittee of the International Headache
Society The international classification of headache disorders; 2nd edition.
Cephalalgia.2004; 24(suppl 1): 9-160.
2. Deegener G, Dietel B, Kassel H, Matthaei R, Nödl H. Neuropsychologische Diagnostik
bei Kindern und Jugendlichen: Handbuch zur TÜKI - Tübinger Luria-Christensen
neuropsychologische für kinder. Weinheim:Psychologie-Verlags-Union; 1992.
3. Angelini AL, Alves IRC, Custódio EM, Duarte WF, Duarte JLM. Manual Matrizes
Progressivas Coloridas de Raven: escala especial. Centro Editor de Testes e Pesquisas
em Psicologia, São Paulo, 1999.
4. Oliveira, MS. Figuras Complexas de Rey: teste de cópia e de reprodução de memória
de figuras geométricas. Casa do Psicólogo, São Paulo, 2010.
CE 40
SÍNDROME DE MARFAN ASSOCIADA À MIGRÂNEA COM
MÚLTIPLOS FENÔMENOS DE AURA: RELATO DE CASO
Santos BFO; Villa TR; Carvalho DS
Setor de Investigação e Tratamento das Cefaleias,
Departamento de Neurologia e Neurocirurgia, Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp)
Introdução:Introdução:
Introdução:Introdução:
Introdução: Migrânea com aura cursa com cefaleia e fenômenos
neurológicos focais (visuais, sensitivos, sensoriais, motores) transi-
tórios com duração de até 60 minutos e completamente reversí-
veis. A Síndrome de Marfan (SM) é uma patologia autossômica
dominante com acometimento cardiovascular, ocular e esquelético.
Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 131
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
Trabalhos da literatura mostram maior ocorrência de migrânea com
aura em pacientes com SM. Não foram encontrados, na literatura
consultada, registros de casos de SM associada à migrânea e múlti-
plas auras.
RR
RR
R
elato de Caso:elato de Caso:
elato de Caso:elato de Caso:
elato de Caso: Paciente masculino, 20 anos, apre-
sentando há 8 anos, crises de cefaleia temporal unilateral, principal-
mente à esquerda, de forte intensidade e de caráter pulsátil, associa-
das à fonofobia, fotofobia, náuseas e vômitos, durando de 6 a 12
horas. As crises são precedidas de fosfenos cintilantes e embaçamento
visual e após 10 minutos no dimidio esquerdo percebe parestesia de
membro superior e hemiface, seguida de hemiplegia e afasia motora.
As auras tem duração entre 30 a 40 min, com resolução completa.
Periodicidade trimestral no início, mas atualmente apresentando cri-
ses semanais. Antecedente familiar: mãe com migrânea sem aura.
Paciente acompanhado em serviço de referência com diagnóstico de
SM. Ressonância e angiorressonância magnética encefálica normais.
Sem acometimento cardiovascular. Refere que nos últimos seis me-
ses fez uso de flunarizina 30 mg/dia, verapamil 80mg/dia e
gabapentina 400 mg/dia, sem melhora. Em primeira consulta em
nosso serviço apresentava exame clínico e neurológico normais.
Foram suspensos o verapamil e gabapentina, mantido flunarizina 10
mg e adicionado divalproato de sódio 500 mg/dia, ainda não retornou
para avaliar a resposta ao novo esquema terapêutico.
Discussão:Discussão:
Discussão:Discussão:
Discussão:
Caso de paciente com Sindrome de Marfan associada à migrânea
com aura se manifestando com múltiplas auras (visual, sensitiva e
motora), aumento da frequência de crises e temporariamente com
refratariedade a politerapia profilática convencional. Aparentemen-
te, os mecanismos vasculares da migrânea e da Síndrome de Marfan
são sinérgicos para maior gravidade neste paciente.
Referências:Referências:
Referências:Referências:
Referências: 1. Headache Classification Committee of the International Headache
Society. The International Classification of Headache Disorders: 2nd edition. Cephalalgia.
2004;24 Suppl 1:9-160.
2. Koppen H, Vis JC, Gooiker DJ, Knudsen S, Bouma BJ, Tijssen JG, de Mol BA, Mulder
BJ, Russell MB, Ferrari MD. Aortic root pathology in Marfan syndrome increases the
risk of migraine with aura. Cephalalgia. 2012;32(6):467-72.
3. Russell MB, Ducros A. Sporadic and familial hemiplegic migraine: pathophysiological
mechanisms, clinical characteristics, diagnosis, and management. Lancet Neurol.
2011;10(5):457-70.
CE 41
VISUAL ATTENTION IN CHILDREN WITH MIGRAINE:
THE IMPORTANCE OF PROPHYLAXIS
Villa TR; Moutran ARC; Gabbai AA; Carvalho DS
Division of Investigation and Treatment of Headaches (DITH),
Department of Neurology and Neurosurgery – UNIFESP
Background: Background:
Background: Background:
Background: To compare the visual attention of children newly
diagnosed with migraine, children undergoing migraine prophylaxis,
and a healthy control group.
Method: Method:
Method: Method:
Method: Eighty-two children, aged 8-
12 years, were enrolled and divided into three groups: Migraine
group: diagnosed with migraine with (n = 5) or without aura (n = 25)
according to the International Headache Society criteria (ICDH-II,
2004), 15 boys, with 5.8 ± 3.2 days of headache/month, without
previous or current use of migraine prophylaxis. Migraine prophylaxis
group: diagnosed with migraine with (n = 6) or without aura (n = 16),
10 boys, with 6.3 ± 2.0 days of headache/ month prior to treatment.
Prophylactic treatment started 3-6 months before evaluation. Eight of
them were taking sodium valproate (500-1000 mg/day), six
propranolol (40-80 mg/day), five amitriptyline (25-50 mg/day), and
three flunarizine (5-10 mg/day). Control group: children without
headache,16 boys. All were subjected to a visual attention assessment
with the Trail Making Test parts A and B, Letter-Cancellation Test,
and the Visual Attention Test 3rd edition. The untreated migraine
group was evaluated after two days without headache, and the
migraine prophylaxis group after two months without any migraine
symptoms. Exclusion criteria: systemic illness, abnormalities on
neurological examination, intelligence quotient (IQ) less than 80,
psychiatric disturbances, learning disabilities, history of epilepsy, head
trauma, use of other drugs acting on the central nervous system.
Results:Results:
Results:Results:
Results: Children with untreated migraine performed significantly
worse in all visual attention tests than did the control children or
children undergoing migraine prophylaxis, especially with regard to
selective and alternate attention. The migraine prophylaxis group
performed as well as the control group.
Conclusion:Conclusion:
Conclusion:Conclusion:
Conclusion:The
deregulation of the neurochemical mechanisms underlying the
physiopathology of migraine might induce visual attention deficits,
but an effective prophylactic treatment might reverse migraine
symptoms.
References:References:
References:References:
References: 1. Headache Classification Committee of the International Headache
Society. The International Classification of Headache Disorders: 2nd edition. Cephalalgia.
2004;24 Suppl 1:9-160.
2. Villa TR, Correa Moutran AR, Sobirai Diaz LA, et al. Visual attention in children with
migraine: a controlled comparative study. Cephalalgia. 2009;29(6):631-4.
3. Damen L, Bruijn J, Verhagen AP, Berger MY, Passchier J, and Koes BW. Prophylactic
treatment of migraine in children. Part 2. A systematic review of pharmacological
trials. Cephalalgia. 2006;26(5):497-505.
132 Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012
DOR
DOR 01
ACUPUNTURA COMO TERAPÊUTICA PARA ALODÍNEA
Campana ACR
1
; Witzel AL
2
; Sato JE
3
; Pirró APR
3
; Nunes A
4
;
Falleiros V
3
; Ferraz BF
3
1
Cirurgiã-Dentista Habilitada em Acupuntura, Aluna de Mestrado
do Curso de Patologia e Estomatologia Básica e Aplicada da FOUSP.
2
Especialista em DTM e DOF e Especialista em Estomatologia,
Professora Doutora da Faculdade de Odontologia da USP
3
Médico Acupunturista;
4
Cirurgião Dentista
Estudos têm demonstrado que a acupuntura é capaz de promover a
regeneração de fibras nervosas (Inoue 2011) e a liberação de subs-
tâncias como os opióides endógenos e oxitocina essenciais para a
indução da analgesia (Andersson 1995).
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Esse trabalho
tem como objetivo o relato de caso do tratamento com acupuntura
de uma paciente que apresentava alodínea.
Método:Método:
Método:Método:
Método: Paciente com
queixa de alodínea mecânica localizada no lábio superior com
uma extensão de 1 cm para lado direito a partir da linha mediana e
um cm para lado esquerdo e em altura comprometendo desde a
linha branca do lábio superior até a transição para mucosa intraoral.
O toque causava sensação de choque forte graduado na escala
visual numérica como 9. O tratamento efetuado foi a acupuntura
local e sistêmica, num total de 8 sessões de 20 minutos de duração.
Resultado: Resultado:
Resultado: Resultado:
Resultado: Após 8 sessões de acupuntura a paciente relatou que
na escala visual numérica o choque reduziu para 10 e ficou locali-
zado em apenas um ponto do tubérculo central do lábio superior.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Nesse caso, o tratamento com acupuntura pode ter
acelerado a regeneração do tecido nervoso e se mostrou eficaz no
controle da queixa apresentada pela paciente. A terapêutica deve
ser reproduzida em um número maior de pacientes para confirma-
ção do resultado.
RR
RR
R
eferências: eferências:
eferências: eferências:
eferências: Andersson S. and Lundeberg T. Acupuncture from empiricism to science:
functional background to acupuncture effects in pain and disease. Med.Hypotheses,
45 (3): 271-281, 1995.
Inoue M, Katsumi Y, Itoi M, Hojo T, Nakajima M, Ohashi S, Oi Y, Kitakoji H. Direct current
electrical stimulation of acupuncture needles for peripheral nerve regeneration: an
exploratory case series. Acupunct Med. 2011 Jun;29(2):88-93. Epub 2011 Feb 28.
DOR 02
HEADACHE COMPLAINTS INCREASE THE RISK FOR
TEMPOROMANDIBULAR DISORDER AMONG BRAZILIAN
ADOLESCENTS: A POPULATION-BASED STUDY
Franco AL. DDS. MSc
1
; Fernandes G. DDS. MSc
1
;
Gonçalves DAG. DDS. MSc. PhD
2
; Bonafé FSS. DDS
1
;
Camparis CM. DDS. MSc. PhD
2
; Ohrbach R. DDS. PhD
3
1
Post Graduate student;
2
Professor - Discipline of Occlusion,
Temporomandibular Disorders and Orofacial Pain, Department of
Dental Materials and Prosthodontics, Faculdade de Odontologia
de Araraquara, UNESP- Univ. Estadual Paulista
3
Associate Professor - Department of Oral Diagnostic Sciences,
University at Buffalo, NY
Objective:Objective:
Objective:Objective:
Objective: To verify if headache complaints (HAc) are associated
to temporomandibular disorders (TMD) in Brazilian adolescents.
Methods:Methods:
Methods:Methods:
Methods: This was a cross-sectional study conducted in a
representative population sample from Araraquara, São Paulo,
Brazil. Overall, 24 public schools were visited and 3117
adolescents (12-14 years age) were invited to participate of the
study. TMD was assessed and classified according to the Research
Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorder (RDC/TMD)
Axis I. HAc was investigated based on the question 18 of RDC/TMD
Axis II history questionnaire. Chronic TMD pain was considered as
pain that has persisted beyond the normal tissue healing time (3
months), as proposed by the International Association for the Study
of Pain (IASP).
RR
RR
R
esults:esults:
esults:esults:
esults: The sample consisted of 1307 individuals
(response rate of 41.93%), 56.8% (n=742) women. Overall, 397
(30.4%) adolescents were diagnosed with TMD and 595 (45.5%)
presented HAc. Comparing to boys, girls showed higher risks for
presenting both, TMD and HAc (Relative Risk (RR) = 1.39; 95%
Confidence Interval (CI) = 1.15 - 1.67), especially those with
menarche (1.38; 1.16-1.66). Individuals reporting HAc presented
higher risks for TMD (1.88; 1.62 - 2.17). Regarding the presence
of pain, HAc increased the risks for painful TMD diagnoses (1.51;
1.40-1.62), higher for combined (muscle and joint) painful TMD
(1.24; 1.18-1.31). Also, HAc slightly increased the risk for acute
TMD pain (1.09; 1.05-1.14), but HAc elevated the risk in higher
magnitude for chronic TMD pain (1.41; 1.32-1.51).
Conclusion:Conclusion:
Conclusion:Conclusion:
Conclusion:
HAc increased the risk for TMD in adolescents, especially in girls
with menarche. The risk was particular higher for painful and chronic
TMD.
KK
KK
K
eywordseywords
eywordseywords
eywords: Facial pain; Temporomandibular joint dysfunction
syndrome; Headache; Epidemiology; Adolescents.
RR
RR
R
eferences: eferences:
eferences: eferences:
eferences: 1. LeResche L, Mancl LA, Drangsholt MT, Huang G, Von Korff M.
Preditors of onset of facial pain and temporomandibular disorders in early adolescence.
Pain. 2007;129(3)-269-278.
2. Nilsson IM, Drangsholt M, List T. Impact of temporomandibular disorder pain in
adolescents: differences by age and gender. J Orofac Pain. 2009;23(2):115-22.
3. Dunn KM, Jordan KP, Mancl L, Drangsholt MT, LeResche L. Trajectories of pain in
adolescents: a prospective cohort study. Pain. 2011;152:66-73.
DOR 03
CORRELAÇÃO ENTRE OSTEOARTROSE E DISCO DESLOCADO
DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR:
ESTUDO CLÍNICO E IMAGINOLÓGICO
Bolzan MC
1
; Witzel AL
2
; Costa JES
3
; De Luca CEP
4
;
Hara ES
5
; Yamashita H
6
; Lederman H
6
1
Professor do Curso de Disfunção Temporomandibular da
FUNDECTO USP, Especialista em DTM e DOF
2
Professora Doutora da Disciplina de Estomatologia Clínica da
Universidade de São Paulo, Especialista em DTM e DOF e
Especialista em Estomatologia
3
Aluna de Mestrado do Curso de Diagnóstico Bucal da FOUSP
4
Aluno de Doutorado do Curso de Diagnóstico Bucal da FOUSP,
Especialista em Ortodontia
5
Aluno de pós-graduação da Universidade de Okayama, Japão
6
Médico Radiogista da Universidade Federal de São Paulo
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Avaliar a correlação entre disco deslocado e osteo-
artrose na articulação temporomandibular (ATM).
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Fo-
ram avaliados 51 pacientes com diagnóstico de disfunção temporo-
mandibular, através da aplicação do RDC, que verificou: ruídos
articulares, dores à palpação nos músculos da mastigação e ATM,
redução na movimentação da mandíbula. Aos pacientes foi solicita-
da Ressonância Magnética, a qual foi interpretada para a detecção
da presença de disco deslocado, osteoartrose e desvio na forma.
Estes achados foram comparados entre si e com dados clínicos;
apertamento dental, bruxismo, abertura da boca menor que 40
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 133
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
mm, diferença da abertura ativa e passiva maior que 5 mm, dor à
apalpação no masseter profundo, dor à palpação na cápsula e
história de trauma.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Existe uma forte associação posi-
tiva entre osteoartrose (OA) e disco deslocado para ambos os
lados da ATM. E no estudo da significância da associação foi detec-
tada uma probabilidade maior da artrose acontecer antes do disco
deslocado do que o contrário. O único item clínico que uma asso-
ciação positiva com a OA foi o bruxismo (ATM D) o outro item que
apresentou correlação com o DD foi a redução da abertura da boca
menor de 40 mm.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: a osteoartrose tem alta correla-
ção com o disco deslocado e pode ser a causa do deslocamento, o
bruxismo pode levar a osteoartrose e a redução da abertura pode
um sinal clínico de disco deslocado.
DOR 04
ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL EM UM CENTRO
SECUNDÁRIO DE DOR OROFACIAL
Júnior AS; Brandão KV; Camargos HCM; Tomaz LPFN
Introdução:Introdução:
Introdução:Introdução:
Introdução: Pacientes com disfunções têmporo-mandibulares
(DTM) e com cefaleias primárias ainda que adequadamente trata-
dos, muitas vezes não apresentam melhora. Neste sentido parece
que a abordagem multiprofissional, com escuta ampliada, pode
colaborar para melhor compreensão dos casos a fim de otimizar
futuras estratégias terapêuticas.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Inicialmente é aplicada
uma entrevista semiestruturada que investiga semiologicamente o
quadro doloroso, bem como a presença de hábitos parafuncionais
em pacientes de um centro Odontológico de assistência secundá-
ria (AmbDof-CETRO). Posteriormente é realizada a palpação mus-
cular pericraniana e cervical e avaliação neurológica. A última fase
é realizada por acadêmicos de medicina, que aplicam de forma
supervisionada, por um psicólogo e uma assistente social, o
PRACTICE, que é uma ferramenta composta por 07 domínios, que
exploram a dinâmica familiar no enfrentamento do problema em
foco. As informações são codificadas pela ICPC-2, que permite a
classificação das queixas da maneira enunciada, utilizando um sis-
tema biaxial compreendendo sistemas orgânicos, psicológicos e
sociais no primeiro eixo e as características do relato no segundo.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Foram atendidos 78 pacientes, sendo 59 (75,6%) do
sexo feminino. A disfunção têmporo-mandibular (DTM) foi a causa
mais frequente de dor orofacial, principalmente a dor miofascial
(70,5%) e a capsulite/sinovite (42,3%) da articulação têmporo-
mandibular. Por outro lado, as cefaleias primárias também estive-
ram presentes em boa parte dos casos, cefaleia do tipo tensional
em 46,1% e a migrânea em 25,6% das pessoas avaliadas. Destes,
17 passaram pela avaliação biopsicossocial e conforme a
codificação pela ICPC-2 encontrou-se principalmente problemas
do Eixo P (psicológicos) e Z (sociais).
Conclusão:Conclusão:
Conclusão:Conclusão:
Conclusão: As DTM e
cefaleias primárias estiveram presentes, de maneira comórbida, na
maior parte dos casos. O PRACTICE e o ICPC-2 mostraram que
eventos traumáticos psíquicos e físicos, estresse no trabalho e fra-
gilidade sociofamiliar são aspectos inegavelmente importantes na
abordagem dos pacientes, sendo, portanto, abordagem
multiprofissional algo essencial nos quadros de dor orofacial.
RR
RR
R
eferência: eferência:
eferência: eferência:
eferência: 1. http://www.iasp-pain.org/Content/NavigationMenu/General
ResourceLinks/PainDefinitions/default.htmI
DOR 05
USO DA TOXINA BOTULÍNICA NA DTM E DOR OROFACIAL
Rocha EE
1
; Matos RVL
1
; Fernandes RSM
2
1
Especialista em Disfunção Temporomandibular e
Dor Orofacial pela FOR.
2
Doutorado em Reabilitação Oral pela FORP-USP,
Professora Adjunto da UFPE
A articulação temporomandibular (ATM), pelas suas peliculiaridades,
é sede frequente de manifestações que cada vez solicitam mais
atenção. A disfunção de qualquer um de seus elementos pode de-
sorganizar todo o sistema estomatognático e desencadear os mais
diversos quadros patológicos. As desordens temporomandibulares
(DTM) constituem um grupo heterogêneo de condições, que envol-
vem a ATM e tecidos contíguos (músculos da mastigação e estrutu-
ras associadas). Pacientes com DTM podem apresentar, como prin-
cipal sintoma, dor miofascial associada com função mandibular
alterada. Pode apresentar sintomas como dor na cabeça, otalgia,
zumbido ou mesmo dor de dente. Um tratamento definitivo para a
DTM está sendo procurado, mas há dificuldades, já que não se tem
o conhecimento exato de sua fisiopatologia. Alguns métodos
terapêuticos são utilizados para eliminar a dor em pacientes com
disfunção da ATM. Relaxantes musculares, placas oclusais, ajustes
oclusais, fisioterapia, são alguns dos métodos de tratamento. Mui-
tas vezes eles não surtem o efeito desejado. Diante deste contexto
iniciou-se o uso da toxina botulínica com o intuito de ampliar as
possibilidades terapêuticas na DTM, principalmente nos casos re-
sistentes aos tratamentos convencionais. Neste estudo foi feito uma
revisão sistemática sobre o emprego da toxina botulínica tipo A
nas DTM. O uso desta terapia é fundamentado na teoria de que a
contração excessiva de um músculo é responsável pela origem da
dor e da disfunção. Poucos estudos foram encontrados, a maioria
com metodologia deficiente e número de pacientes reduzidos. Os
estudos reportam uma diminuição da atividade e da força muscular
promovendo o relaxamento e consequentemente a melhora do
quadro álgico. Apesar dos estudos mostrarem resultados promis-
sores, ela não é a primeira escolha de tratamento por não ser uma
terapia definitiva e por ter seu custo elevado e necessitando de mais
estudos; ela deve ser considerada, nas dores crônicas e hipertrofia
muscular.
DOR 06
SLEEP BRUXISM, PAINFUL TEMPOROMANDIBULAR
DISORDERS, AND SELF REPORTED HEADACHE IN A
SAMPLE POPULATION OF ADOLESCENTS
Fernandes G. DDS, MSc*
1
; Franco AL. DDS, MSc
1
;
Bonafé FSS. DDS
1
; Gonçalves DAG. DDS, PhD
2
;
Camparis CM. DDS, PhD
3
1
Graduated Student;
(2
Assistant Professor;
3
Associated Professor, Araraquara Dental School, UNESP
Univ. Estadual Paulista, Department of Dental Materials and
Prosthodontics, Araraquara, São Paulo, Brazil
Objective:Objective:
Objective:Objective:
Objective: To investigate the association among sleep bruxism
(SB), painful temporomandibular disorders (TMD), and self reported
headache in a representative population sample of adolescents aged
11-16 years matriculated in public schools.
Methods:Methods:
Methods:Methods:
Methods: The Research
Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders
1
, Portuguese
134 Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012
version,
2
were used to classify TMD. SB was diagnosed by clinical
criteria proposed by American Academy of Sleep Medicine
3
and
the self reported headache, referring to the last six months, was
obtained during the initial interview with the adolescents.
Results:Results:
Results:Results:
Results:
The sample consisted of 1122 adolescents (508 boys and 614
girl), with average of 12.7 years. Was found association among
SB, painful TMD and self reported headache (p<0.0001). The SB
increased the risk for painful TMD (Odds Ratio= 2.5; 95%
confidence interval=1.91-3.39). Similarly, painful TMD and SB
increased the risk for self reported headache. The magnitude of
association was higher for painful TMD (5.1; 3.76-6.83), followed
by SB (1.7; 1.30-2.21). When the sample was stratified by the
presence of SB and painful TMD, the presence of SB only did not
increase the risk for self reported headache. The association
between TMD and SB had significantly increased the risk for self
reported headache (7.8; 4.81-12.62), followed by painful TMD
only (4.2; 2.89-6.01).
Conclusion:Conclusion:
Conclusion:Conclusion:
Conclusion:The association among SB
and painful TMD greatly increased the risk for headaches in
adolescents.
RR
RR
R
eferences:eferences:
eferences:eferences:
eferences: 1. Dworkin SF, LeResche L. Research Diagnostic criteria for temporo-
mandibular disorders: review, criteria, examinations and specifications, critique. J
Craniomand Disord. 1992;6:301-55.
2. Pereira Júnior FJ, Favilla EE, Dworkin S, et al. Critérios de diagnóstico para pesquisa
das disfunções temporomandibulares (RDC/TMD). Tradução oficial para a língua
portuguesa. J Bras Clin Odontol Integr. 2004; 8:384-95.
3. American Academy of Sleep Medicine. Sleep Related Movement Disorders. In: Sateia
MJ, ed. International classification of sleep disorders: diagnostic and coding manual.
2nd ed. Westchester, Illinois: American Academy of Sleep Medicine; 2005:189-91.
DOR 07
SEVERIDADE DA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR EM
RELAÇÃO AO GÊNERO: ESTUDO CLÍNICO E
IMAGINOLÓGICO
Costa JES
1
; De Luca CEP
2
; Nunes TB
3
; Di Matteo RC
4
;
Campana ACR
5
; Nunes AB
1
; Witzel AL
6
1
Aluna(o) de Mestrado do Curso de Diagnóstico Bucal da FOUSP
2
Aluno de Doutorado do Curso de Diagnóstico Bucal da FOUSP,
Especialista em Ortodontia
3
Aluna de Mestrado do Curso de Patologia e Estomatologia
Básica e Aplicada da FOUSP
4
Aluna de Doutorado do Curso de Diagnóstico Bucal da FOUSP,
Especialista em Ortodontia e em Implantodontia.
5
Ana Cristina Rodrigues Campana, Aluna de Mestrado do Curso
de Patologia e Estomatologia Básica e Aplicada da FOUSP,
Habilitada em Acupuntura
6
Professora Doutora da Disciplina de Estomatologia Clínica da
Universidade de São Paulo, Especialista em DTM e DOF e
Especialista em Estomatologia
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Avaliação das características clínicas e imaginológicas
da Disfunção temporomandibular em relação ao gênero.
Méto-Méto-
Méto-Méto-
Méto-
dos:dos:
dos:dos:
dos: As variáveis clínicas observadas em 87 pacientes foram: ida-
de, queixa principal, dor à palpação e presença de hábitos
parafuncionais. A posição do disco articular (DA) observado por
ressonância magnética (RM) foi dividida em: disco deslocado unila-
teral (DDU), bilateral sem redução (DDB), bilateral com redução
unilateral (DDBU) e bilateral com redução bilateral (DDBB). A asso-
ciação entre as variáveis clínicas e imagenológicas foi verificada
por análise de variância e teste de Bonferroni para as numéricas, e
pelos testes qui-quadrado ou exato de Fisher para o restante
(p<0,05).
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Do total de pacientes examinados 80,5%
(70/87) pertencem ao gênero feminino e 19,5% (17/87) perten-
cem ao masculino. Estatisticamente a média da idade das mulheres
foi menor que a média da idade dos homens (p=0,0027). Os
grupos DBSR, DRU, e DRB são formados proporcionalmente por
mais mulheres do que os grupos DN e DU (p=0,001). A dor a
palpação foi maior para as mulheres, tanto para os músculos quan-
to para a articulação (p=0,001). O hábito parafuncional esteve
presente igualmente nos dois gêneros.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: A severidade
da disfunção temporomandibular se apresentou maior entre as
mulheres dentro do grupo de pacientes.
DOR 08
DOR MIOFASCIAL - SUA IMPORTÂNCIA NO DIAGNÓSTICO E
CONTROLE EM INDIVÍDUOS COM CEFALEIAS
von-Zuben JA
A Dor Miofascial (DMF) classifica-se entre as Dores Musculares
Crônicas, onde encontramos os chamados "pontos gatilhos" capa-
zes de referir dores na região orofacial a partir de um ou mais
músculos envolvidos. A DMF, pode acometer um ou mais músculos
posturais e funcionais do segmento cérvico-cranial-facial, e acom-
panha sintomas de dores de cabeça, limitação de movimentos, má
postura, alteração de padrão de sono, irritabilidade pelo compo-
nente crônico envolvido, via SNC. Postula-se que seria decorren-
te de sensibilização do neurônio motor, resultando em disparos
ectópicos de dores referidas. Muitas das dores de cabeça podem
ser mantidas e ou originadas de pontos gatilhos. Uma vez diag-
nostica, através da palpação clinica, deve-se de imediato iniciar
seu controle. Incluindo orientações de postura, esforços muscu-
lares, apertamento dental diurno, alterações nos padrões de sono,
e hábitos parafuncionais. Pode-se controlar a DMF através de
manobras de bloqueio anestésico periférico sem vaso-constritor,
ice-spray de congelamento do ponto na superfície do músculo,
alongamentos e massoterapia por deslizamento miofascial. Al-
guns autores sugerem uso de relaxantes musculares, anti-infla-
matórios não esteroidais e outras drogas para compor uma estra-
tégia geral no controle destes pontos gatilhos ativos. Por conta
disto, a possibilidade de controlar e ou minimizar sintomas im-
portantes dos indivíduos que sofrem de dores de cabeça, e devol-
vendo qualidade de vida a estes individuos.
Bibliografia: Bibliografia:
Bibliografia: Bibliografia:
Bibliografia: 1. Okeson JP. Dor orofacial - guia para avaliação, diagnóstico e
tratamento. 1ª ed. São Paulo: Quitenssence Editora; 1998.
2. Okeson JP. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão. São Paulo:
Artes Médicas; 2000.
3. Siqueira JTT. Disfunção temporomandibular: classificação e abordagem clínica. In:
Siqueira JTT, Teixeira MJ. Dor orofacial: diagnóstico, terapêutica e qualidade de
vida. 1ª ed. Curitiba: Editora Maio; 2001.
4. Simmons D. Travell & Simon's myofascial pain and dysfunction: the trigger point
manual. Baltimore: Williams and Wilkins, 1999.
DOR 09
MANAGEMENT OF TMD SIGNS AND SYMPTOMS
DURING THE USE OF OA FOR THE TREATMENT OF
OSA - 2 YEARS FOLLOW-UP
Giannasi LC
(1)
; von-Zuben JA
(2)
; Oliveira LVF
(1)
Objective:Objective:
Objective:Objective:
Objective: The main propousal that is to show a straight
relationship between TMD and Mandibular repositioning appliance
(MRA); using just one clinical subject that refers TMJ pain and
limited jaw opening.
Methods:Methods:
Methods:Methods:
Methods: This study reports on the case of
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 135
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
an occlusal splint (OS) used to relief the temporomandibular
joint (TMJ)/masticatory muscles pain and close lock caused due
to the mandibular repositioning appliance (MRA) for the treatment
of obstructive sleep apnea (OSA). The treatment with OS lasted
105 days, and the patient could continue the OSA treatment. The
TMJ became stable, without pain or locking, and the AHI reduced
from 16.0 to 0.6 after six months, and both, OSA and TMD signs
and symptoms remained controlled after 2 years.
Conclusion:Conclusion:
Conclusion:Conclusion:
Conclusion:
We conclude that it is possible to contour these intercurrent,
which not happen frequently, allowing the patient to finish the
OSA treatment.
foram instruídos a apertarem bem os dentes, durante 30 segundos,
sendo capturados os sinais eletromiográficos, do lado direito e
esquerdo. Os dados obtidos da atividade eletromiográfica dos
músculos masseteres foram submetidos à análise estatística, utili-
zando o teste de Mann-Whitney.
RR
RR
R
esultados:esultados:
esultados:esultados:
esultados: O músculo masseter,
de ambos os lados, em contração isométrica, ou seja, máxima
intercuspidação na classe III, entre as três classes estudadas, apre-
sentou maior atividade do que no grupo das demais classes
oclusais.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: O estudo demonstra que no apertamento
máximo a musculatura que foi analisada recebe influência das
classes oclusais.
DOR 11
ASSOCIAÇÃO ENTRE DEPRESSÃO E DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR
Carvalho Júnior NR; Fonseca BF; Pinto MVM; Santos Filho SD
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Verificar a presença e o grau de associação entre a
ocorrência de depressão e disfunção temporomandibular (DTM).
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Oitenta e cinco universitários – 56 mulheres e 29
homens – do Curso de Farmácia foram selecionados aleatoria-
mente, por meio de amostra estratificada proporcional. Os uni-
versitários foram divididos em grupos (período do curso) e subdi-
vididos por extrato (turma); depois foi empregada a amostra ale-
atória simples, utilizando tabela de números aleatórios, em cada
extrato. Após a seleção, um questionário para triagem de DTM
(Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders -
RDC-TMD), foi empregado sem a colaboração do examinador, de
modo que não se criasse uma possibilidade de interferência nos
resultados do exame a ser realizado. Posteriormente, foi realiza-
do o exame clínico do RDC-TMD, específico para diagnóstico de
DTM; durante essa etapa, foi solicitado, de alguns universitários,
uma radiografia panorâmica das arcadas superior e inferior, em
posição de boca aberta, para auxiliar no diagnóstico de um even-
tual quadro infeccioso crônico ou subagudo de origem dental,
bem como para afastar a hipótese da presença de cistos ou
neoplasias. Os universitários que apresentassem alguns desses
achados positivos seriam excluídos do projeto de pesquisa. Os
universitários foram divididos em dois grupos: Sem DTM (contro-
le) e Com DTM. A presença e o grau de associação entre a ocor-
rência de depressão e DTM foram testadas através do teste Qui-
quadrado (χ
2
) e do coeficiente de Yule (Y).
RR
RR
R
esultados:esultados:
esultados:esultados:
esultados: Encon-
tram-se discriminados na Tabela 1.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Apesar da co-
nhecida associação entre fatores psicológicos e DTM, não houve
associação significativa (p>0,05), no presente estudo, entre de-
pressão e DTM.
References:References:
References:References:
References: 1. Giannasi LC, Magini M, Costa MS, Oliveira CS, Oliveira JC, Bussadori
SK, Oliveira LVF. Systematic assessment of the impact of oral appliance therapy on the
temporomandibular joint during treatment of obstructive sleep apnea: long-term
evaluation. Sleep Breath 2009; 13:375-381.
2. Almeida FR, Bitencourt LR, Almeida C I, Tsuiki S, Lowe AA, Tufik S. Effects on
mandibular posture on obstructive sleep apnea severity and the temporomandibular
joint in patients fitted with an oral appliance. Sleep 2002; 25:507-13
3. Almeida RF, Lowe AA, Sung JO, Tsuik S, Otsuka R. Long-term sequellae of oral
appliance therapy in obstructive sleep apnea patients: Part 1. Cephalometric analysis.
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006; 129:195-204
4. Giannasi LC, Hirata RP, Politti F, Nacif SR, Leitão-Filho FS, Oliveira LVF. A novel
protocol for occlusal splint adjustment to treat TMD in sleep bruxism. Fisioter. Mov
2012; 25:175-181.
DOR 10
ANÁLISE ELETROMIOGRÁFICA DO MÚSCULO MASSETER
EM ISOMETRIA
Fonseca BF; Carvalho Júnior NR; Pinto MVM; Santos-Filho SD
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Analisar e medir bilateralmente a ação do músculo
masseter em situação de isometria, nas três classes oclusais (clas-
se I, classe II e classe III de Angle) através de análise eletro-
miográfica em um grupo de 31 universitários.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Estudo
do tipo descritivo, com nível de significância de 95% (p<0.05),
realizado em uma amostra inicial composta por 100 universitári-
os, que tiveram suas chaves oclusais submetidas a exame clínico
oral. Posteriormente, foram selecionados, aleatoriamente, 31
universitários apresentando idade entre 18 e 27 anos; sendo 14
com classe I, 06 com classe II e 11 com classe III. Por último,
todos os 31 universitários foram submetidos à análise
eletromiográfica. Em relação ao gênero, foram 18 do sexo femi-
nino e 13 do sexo masculino. O registro da atividade elétrica foi
feito bilateralmente no músculo masseter, sendo utilizados dois
pares de eletrodos bipolares, um de cada lado. A situação anali-
sada, em cada universitário, acompanhou a seguinte orientação:
posição de apertamento dentário (isometria). Os universitários
136 Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012
mulheres e 29 homens - do Curso de Farmácia foram seleciona-
dos aleatoriamente, por meio de amostra estratificada proporcio-
nal. Os universitários foram divididos em grupos (período do
curso) e subdivididos por extrato (turma); depois foi empregada a
amostra aleatória simples, utilizando tabela de números aleatóri-
os, em cada extrato. Após a seleção, um questionário para tria-
gem de DTM (Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular
Disorders - RDC-TMD), foi empregado sem a colaboração do
examinador, de modo que não se criasse uma possibilidade de
interferência nos resultados do exame a ser realizado. Poste-
riormente, foi realizado o exame clínico do RDC-TMD, específico
para diagnóstico de DTM; durante essa etapa, foi solicitado, de
alguns universitários, uma radiografia panorâmica das arcadas
superior e inferior, em posição de boca aberta, para auxiliar no
diagnóstico de um eventual quadro infeccioso crônico ou subagudo
de origem dental, bem como para afastar a hipótese da presença
de cistos ou neoplasias. Os universitários que apresentassem
alguns desses achados positivos seriam excluídos do projeto de
pesquisa. Os universitários foram divididos em dois grupos: Sem
DTM (controle) e Com DTM. A presença e o grau de associação
entre a ocorrência de hábitos parafuncionais e DTM foram testa-
das através do teste Qui-quadrado (χ
2
) e do coeficiente de Yule
(Y).
RR
RR
R
esultados:esultados:
esultados:esultados:
esultados: Encontram-se discriminados na Tabela 1.
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
DOR 12
ASSOCIAÇÃO ENTRE DEPRESSÃO E DOR MIOFASCIAL DOS
MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS
Carvalho Júnior NR; Fonseca BF; Pinto MVM; Santos Filho SD
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Verificar a presença e o grau de associação entre a
ocorrência de depressão e dor miofascial dos músculos
mastigatórios (DMF).
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Oitenta e cinco universitários –
56 mulheres e 29 homens – do Curso de Farmácia foram selecio-
nados aleatoriamente, por meio de amostra estratificada proporci-
onal. Os universitários foram divididos em grupos (período do
curso) e subdivididos por extrato (turma); depois foi empregada a
amostra aleatória simples, utilizando tabela de números aleatóri-
os, em cada extrato. Após a seleção, um questionário para triagem
de disfunção temporomandibular – DTM (Research Diagnostic
Criteria for Temporomandibular Disorders – RDC-TMD), foi empre-
gado sem a colaboração do examinador, de modo que não se
criasse uma possibilidade de interferência nos resultados do exame
a ser realizado. Posteriormente, foi realizado o exame clínico do
RDC-TMD, específico para diagnóstico de DTM; durante essa eta-
pa, foi solicitado, de alguns universitários, uma radiografia panorâ-
mica das arcadas superior e inferior, em posição de boca aberta,
para auxiliar no diagnóstico de um eventual quadro infeccioso crô-
nico ou subagudo de origem dental, bem como para afastar a hipó-
tese da presença de cistos ou neoplasias. Os universitários que
apresentassem alguns desses achados positivos seriam excluídos
do projeto de pesquisa. Os universitários foram divididos em dois
grupos: Sem DTM (controle) e Com DMF. A presença e o grau de
associação entre a ocorrência de depressão e DMF foram testadas
através do teste Qui-quadrado (χ
2
) e do coeficiente de Yule (Y).
RR
RR
R
esultados:esultados:
esultados:esultados:
esultados: Encontram-se discriminados na Tabela 1.
Conclusões: Conclusões:
Conclusões: Conclusões:
Conclusões: Apesar da conhecida associação entre fatores psi-
cológicos e DMF, não houve associação significativa (p>0,05), no
presente estudo, entre depressão e DMF. Embora não estatistica-
mente significativa, o estudo mostra uma grande associação entre
depressão e o grupo "Com DMF" (χ
2
=3,44).
DOR 13
HÁBITOS PARAFUNCIONAIS E
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
Carvalho Júnior NR; Fonseca BF; Pinto MVM; Santos Filho SD
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Verificar a presença e o grau de associação entre a
ocorrência de hábitos parafuncionais e disfunção temporo-
mandibular (DTM).
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Oitenta e cinco universitários - 56
Conclusões:Conclusões:
Conclusões:Conclusões:
Conclusões: Houve associação significativa entre hábitos para-
funcionais e DTM (p<0,005), com grau de associação moderado
e positivo (Y=0,56).
DOR 14
HÁBITOS PARAFUNCIONAIS E DOR MIOFASCIAL DOS
MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS
Carvalho Júnior NR; Fonseca BF; Pinto MVM;
Santos Filho SD
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Verificar a presença e o grau de associação entre a
ocorrência de hábitos parafuncionais e dor miofascial dos múscu-
los mastigatórios (DMF).
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Oitenta e cinco universitários
– 56 mulheres e 29 homens – do Curso de Farmácia foram seleci-
onados aleatoriamente, por meio de amostra estratificada propor-
cional. Os universitários foram divididos em grupos (período do
curso) e subdivididos por extrato (turma); depois foi empregada a
amostra aleatória simples, utilizando tabela de números aleatóri-
os, em cada extrato. Após a seleção, um questionário para triagem
de Disfunção Temporomandibular - DTM (Research Diagnostic
Criteria for Temporomandibular Disorders - RDC-TMD), foi empre-
gado sem a colaboração do examinador, de modo que não se
criasse uma possibilidade de interferência nos resultados do exame
a ser realizado. Posteriormente, foi realizado o exame clínico do
RDC-TMD, específico para diagnóstico de DTM; durante essa eta-
Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 137
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
pa, foi solicitado, de alguns universitários, uma radiografia pano-
râmica das arcadas superior e inferior, em posição de boca aber-
ta, para auxiliar no diagnóstico de um eventual quadro infeccioso
crônico ou subagudo de origem dental, bem como para afastar a
hipótese da presença de cistos ou neoplasias. Os universitários
que apresentassem alguns desses achados positivos seriam ex-
cluídos do projeto de pesquisa. Os universitários foram divididos
em dois grupos: Sem DTM (controle) e Com DMF. A presença e o
grau de associação entre a ocorrência de hábitos parafuncionais
e DMF foram testadas através do teste Qui-quadrado (χ
2
) e do
coeficiente de Yule (Y).
RR
RR
R
esultados:esultados:
esultados:esultados:
esultados: Encontram-se discrimina-
dos na Tabela 1.
Conclusões:Conclusões:
Conclusões:Conclusões:
Conclusões: Houve associação significativa entre hábitos
parafuncionais e DMF (p<0,001), com grau de associação mode-
rado e positivo (Y=0,69).
DOR 15
PREVALÊNCIA DA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
Carvalho Júnior NR; Fonseca BF; Pinto MVM;
Santos Filho SD
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Determinar a prevalência da disfunção temporo-
mandibular (DTM) e sua proporção por gênero.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Oi-
tenta e cinco universitários – 56 mulheres e 29 homens – do
Curso de Farmácia foram selecionados aleatoriamente, por meio
de amostra estratificada proporcional. Os universitários foram
divididos em grupos (período do curso) e subdivididos por extrato
(turma); depois foi empregada a amostra aleatória simples,
utilizando tabela de números aleatórios, em cada extrato. Após a
seleção, um questionário para triagem de DTM (Research
Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders - RDC-TMD),
foi empregado sem a colaboração do examinador, de modo que
não se criasse uma possibilidade de interferência nos resultados
do exame a ser realizado. Posteriormente, foi realizado o exame
clínico do RDC-TMD, específico para diagnóstico de DTM; durante
essa etapa, foi solicitado, de alguns universitários, uma radiografia
panorâmica das arcadas superior e inferior, em posição de boca
aberta, para auxiliar no diagnóstico de um eventual quadro
infeccioso crônico ou subagudo de origem dental, bem como
para afastar a hipótese da presença de cistos ou neoplasias. Os
universitários que apresentassem alguns desses achados positivos
seriam excluídos do projeto de pesquisa. Os universitários foram
divididos em dois grupos: Sem DTM (controle) e Com DTM. A
prevalência da DTM foi calculada em frequência percentual e sua
proporção por gênero através do teste Qui-quadrado (χ
2
).
Re-Re-
Re-Re-
Re-
sultados:sultados:
sultados:sultados:
sultados: Encontram-se discriminados nas Tabelas 1 e 2.
Conclusões:Conclusões:
Conclusões:Conclusões:
Conclusões: Os resultados indicam uma prevalência de 53%
para DTM e uma maior predisposição do gênero feminino para
desenvolver DTM (p<0,05). No grupo "Sem DTM" a proporção
entre mulheres e homens foi de 1,22:1 e no grupo "Com DTM"
essa proporção subiu para, aproximadamente, 3:1.
DOR 16
PREVALÊNCIA DA DOR MIOFASCIAL DOS
MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS
Carvalho Júnior NR; Fonseca BF; Pinto MVM;
Santos Filho SD
OO
OO
O
bjetivos:bjetivos:
bjetivos:bjetivos:
bjetivos: Determinar a prevalência da dor miofascial dos múscu-
los mastigatórios (DMF) e sua proporção por gênero.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos:
Oitenta e cinco universitários - 56 mulheres e 29 homens - do Curso
de Farmácia foram selecionados aleatoriamente, por meio de amos-
tra estratificada proporcional. Os universitários foram divididos em
grupos (período do curso) e subdivididos por extrato (turma); depois
foi empregada a amostra aleatória simples, utilizando tabela de nú-
meros aleatórios, em cada extrato. Após a seleção, um questionário
para triagem de Disfunção Temporomandibular – DTM (Research
Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders – RDC-TMD),
foi empregado sem a colaboração do examinador, de modo que não
se criasse uma possibilidade de interferência nos resultados do exa-
me a ser realizado. Posteriormente, foi realizado o exame clínico do
RDC-TMD, específico para diagnóstico de DTM; durante essa eta-
pa, foi solicitado, de alguns universitários, uma radiografia panorâ-
mica das arcadas superior e inferior, em posição de boca aberta,
para auxiliar no diagnóstico de um eventual quadro infeccioso crô-
nico ou subagudo de origem dental, bem como para afastar a hipó-
tese da presença de cistos ou neoplasias. Os universitários que
apresentassem alguns desses achados positivos seriam excluídos
do projeto de pesquisa. Os universitários foram divididos em três
grupos: Sem DTM (controle), Com DTM e Com DMF. A prevalência
da DMF foi calculada em frequência percentual e sua proporção
por gênero através do teste Qui-quadrado (χ
2
).
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: En-
contram-se discriminados nas Tabelas 1 e 2.
Conclusões:Conclusões:
Conclusões:Conclusões:
Conclusões: Os
resultados indicam uma prevalência de 40% de DMF na amostra
total e de 75,56% na amostra de universitários com DTM. Indicam
também uma maior predisposição do gênero feminino para desen-
volver DMF (p<0,05); no grupo "Sem DTM" a proporção entre
mulheres e homens foi de 1,22:1 e no grupo "Com DMF" essa
proporção subiu para, aproximadamente, 4:1.
138 Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012
DOR 17
ASSOCIAÇÃO ENTRE CEFALEIA SECUNDÁRIA RELACIONADA
ÀS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES E
ALTERAÇÕES POSTURAIS DA CABEÇA
Lima RCA; Silva PMF; Soares VBRB; Soares CBRB;
Vasconcelos FMN; Silva TAB; Nery MW; Costa CNB; Silva DWB;
Valença MM; Ximenes RCC; Oliveira DA; Couto GBL
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Avaliar a associação entre cefaleia secundária,
disfunções temporomandibulares e alterações posturais da cabeça.
Método:Método:
Método:Método:
Método: Foi realizado um estudo do tipo corte transversal, com
100 alunos (50 meninas) com idade de 10 a 19 anos, estudantes
da rede pública estadual de ensino. Para avaliação das alterações
posturais foi utilizado o Sistema Fisiometer de Avaliação, Software
Biométrico de Avaliação Postural, Posturograma 3.0. Foi realizado
o registro fotográfico, com o paciente na postura de pé (frontal, de
costas e perfil direito), através uma máquina Câmera Digital Sony
W330 - 14.1 megapixels - zoom 4x, posicionada a uma altura de
um metro, a uma distância de dois metros do paciente. Os adoles-
centes foram submentidos a um exame clínico odontológico. Para
identificação dos sintomas de desordens tempomandibulares foi
utilizado o RDC/TMD "Research Diagnostic Criteria for
Temporomandibular Disorders". Para classificar a cefaleia primária
foram utilizados os critérios estabelecidos pela Sociedade Interna-
cional de Cefaleia (ICHD-II).
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: 80% dos adolescentes
apresentaram alteração na cabeça. 46% deles foram classificados
com DTM e os tipos de DTM mais frequentes com diagnóstico
foram: RDC/TMD - Eixo I - grupo III - ATM direita (27%), RDC/TMD
- Eixo I - grupo III - ATM direita (26%), RDC/TMD - Eixo I - grupo II
- ATM direita (12%) e RDC/TMD - Eixo I - grupo II - ATM esquerda
(10,0%). Dos que tinham alteração as maiores frequências
corresponderam aos que tinham osteoartrose direita e osteoartrose
esquerda com 25% e 24% respectivamente. Cefaleia foi mais fre-
quente nas meninas (54%), a faixa etária mais acometida foi entre
15 e 19 anos (51,2%) e entre os adolescentes com alteração postural
da cabeça (50%).
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Neste estudo não ficou comprova-
da à associação entre cefaleia secundária, sintomas de DTM e alte-
ração postural da cabeça.
DOR 18
FREQUÊNCIA DA CEFALEIA EM ADOLESCENTES COM
BRUXISMO EXCÊNTRICO
Borges ÉA; Lima RCA; Santos MRP; Silva PMF; Vasconcelos FMN;
Oliveira DA; Ximenes RCC; Siqueira N
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Investigar e determinar se há relação significativa entre
o bruxismo e a cefaleia nos adolescentes (10 a 19 anos - OMS).
Metodologia: Metodologia:
Metodologia: Metodologia:
Metodologia: A amostra foi composta por 136 adolescentes
com idade entre 10 e 17 anos. Para classificar a cefaleia primária
foram utilizados os critérios estabelecidos pela Sociedade Inter-
nacional de Cefaleia (ICHD-II). Para detecção do bruxismo excên-
trico foi realizada uma anamnese e exames clínicos intraoral (ins-
peção) e extraoral (palpação).
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: O sexo feminino foi
predominante na amostra (66,2%). 94,9% dos adolescentes refe-
riram ter cefaleia nos últimos seis meses e a presença de bruxismo
foi de 23,5%. O percentual de cefaleia foi 1,0% mais elevado
entre os pesquisados da faixa de 10 a 12 anos e foi 5,4% mais
elevado no sexo feminino do que no masculino (96,7% vs. 91,3%).
Verificou-se associação significativa entre bruxismo e a variável
sexo (p < 0,05, razão de prevalência do sexo feminino em rela-
ção ao masculino foi igual a 2,21, entretanto com intervalo que
inclui o valor 1,00) sendo a prevalência de bruxismo mais elevada
no sexo feminino do que no sexo masculino (28,9% vs. 13,0%).
Não se comprovou associação significativa entre bruxismo e a
variável faixa etária (p > 0,05). O estudo da associação entre
bruxismo e cefaleia revelou que o percentual de cefaleia é de
100% para os bruxômanos e de 93,3% para os adolescentes que
não apresentam bruxismo.
Conclusões:Conclusões:
Conclusões:Conclusões:
Conclusões: A frequência de cefaleia
nos adolescentes é alta e a frequência de bruxismo é quatro vezes
menor que a da cefaleia. O bruxismo excêntrico é significativa-
mente mais frequente no sexo feminino, porém não se comprova
associação significativa entre sexo e cefaleia na faixa etária estu-
dada.
DOR 19
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR: RELATO DE CASO
Di Matteo RC; Nunes TB; De Luca CEP
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Relatar o tratamento de uma paciente portadora de
disfunção temporomandibular.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Paciente do gênero fe-
minino, 44 anos, procurou o Centro de Diagnóstico Oral da
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (CDO-
FOUSP) com queixa de muita dor no rosto e mordida torta. Du-
rante a anamnese a paciente relatou que há dois anos levou uma
cabeçada no queixo e notou inchaço do lado direito do rosto.
Desde então passou por vários dentistas, mas as terapêuticas
propostas como cirurgia ortognática e exodontias múltiplas a as-
sustaram. Exame clínico de palpação muscular e articular e exame
de imagem de ressonância magnética da ATM revelaram quadro
de disco deslocado bilateral sem redução, mialgia e artralgia.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: A paciente foi tratada com placa estabilizadora
oclusal, a mandíbula foi reposicionada e a dor desapareceu.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Diagnóstico e tratamento corretos das DTMs são
fundamentais para evitar iatrogenias e devolver qualidade de vida
ao paciente.
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 139
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
DOR 20
ANALGESIA DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA NA
ARTRALGIA DA ATM
Carli ML; Guerra MB; Nunes TB; De Luca CEP
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Avaliar uma possível ação analgésica do Laser de Bai-
xa Potênica (LBP) em casos de artralgia da articulação temporo-
mandibular (ATM) associado ou não à terapêutica medicamentosa
com Piroxicam.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Foram randomizados e alocados
em 3 grupos de tratamento 32 pacientes com diagnóstico de
artralgia (grupo III) de acordo com o RDC/TMD. O primeiro
grupo foi composto por 11 pacientes e recebeu LBP e Piroxicam
placebo. O segundo grupo foi composto por 10 pacientes e
recebeu LBP placebo e Piroxicam. E o terceiro grupo foi com-
posto por 11 pacientes e recebeu LBP e Piroxicam. O protocolo
utilizado para o laser foi densidade de energia de 100J/cm² ,
potência de 100mW, tempo de 28 segundos, e 2,8J de energia
por ponto. Foram irradiados ATM, músculo masseter e músculo
temporal bilaterais em 2 sessões por semana durante 2 sema-
nas. Piroxicam foi administrado na dose de 20 mg 1 vez ao dia
durante 10 dias. Para avaliação do efeito analgésico, foi utiliza-
da a Escala Visual Analógica (EVA) de dor antes e após cada
sessão de laserterapia e após 30 dias do término do tratamento.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: As três terapêuticas foram efetivas para reduzir a
dor relatada pelo paciente, com diferenças significantes entre a
dor relatada anterior ao tratamento e após o término do trata-
mento, com p=0,0038 para o grupo A, p=0,0039 para o grupo
B, e p=0,0059 para o grupo C. Entretanto, não houve diferen-
ças entre os grupos. Após 30 dias, houve um aumento significa-
tivo da dor (p=0,0232) para os pacientes do grupo A.
Conclu-Conclu-
Conclu-Conclu-
Conclu-
sões:sões:
sões:sões:
sões: LBP e Piroxicam são eficazes na redução da dor em paci-
entes com artralgia da ATM, não havendo diferenças entre eles.
LBP não apresentou efeito residual após 30 dias do término do
tratamento.
DOR 21
FIBER-TYPE COMPOSITION, FIBER DIAMETER AND
CAPILLARY DENSITY OF THE HUMAN JAW MUSCLES
Guimarães TB; Cabrini MBF; Wakamatsu A;
Guimarães AS; Marieo SKN
Objective:Objective:
Objective:Objective:
Objective: To analyze the muscle fiber type distribution concerning
fast and slow myosin expression, and the amount of hybrid fibers in
temporalis and masseter muscles in autopsy samples from 1st to
9th decades of age.
Methods:Methods:
Methods:Methods:
Methods: We studied the differences of the
fiber types in masseter and temporalis muscles along the first to
ninth decades in both genders. Seventy-four (74) samples were
analyzed by immunohistochemistry., within an 8--18 hours post
mortem interval, of both genders, and from subjects in the first to
ninth decade of life. It included at least two samples per decade per
gender. For statistical analysis, the samples were grouped into three
subgroups: young (0 to 25 years of age), adult (26 to 59 years of
age) and old (60 and above years of age). Comparisons between
two groups was used the t student test or the Mann-Whitney, and for
three groups used the ANOVA or the Kruskal-Wallis test. The
significance level was set at p<0.05.
Results:Results:
Results:Results:
Results: Slow and fast muscle
fiber distribution was similar in both muscles in both genders. Hybrid
fiber was observed in all decades, and its frequency decreased
significantly (p<0.001) with aging in masseter. Neonatal myosin
expression was observed in all decades; its expression was more
frequent in masseter (p=0.01), and males in temporalis (p=0.025).
Figure 2. Graphics of cross section area (A), hybrid fiber (B), capillary density (C)
showing the linear and tendency of the alterations along the nine decades of age
Figure 1 - Imunohistochemical preparations on sequential sections of masseter
muscle of 3rd decade male with the antibodies against MyHC slow (A) and fast
(B), showing the double staining. C: single muscle fiber manually teased from the
masseter muscle of 4th decade male prepared with antibody agaist MyHC slow
demonstrating the presence of a portion of the fiber stained and other without
reactio, proving the presence of hybrid fiber. D: Temporalis muscle from 2nd
decade male prepared with antibody againt MyHCneonatal showing the presence
of neonatal fibers stained (in brown)
140 Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
Decrease of the cross-sectional area of fast and slow fibers and
decrease in capillary density were detected with aging.
Conclusions:Conclusions:
Conclusions:Conclusions:
Conclusions: The jaw muscles are essential components in the
stomatognatic system. Their complex architecture allows them to
execute several motor tasks. One of the structural peculiarities is
the presence of hybrid and neonatal fibers in all decades.
References:References:
References:References:
References: 1.Korfage JA, Koolstra JH, Langenbach GE, van Eijden TM. Fiber-type
composition of the human jaw muscles--(part 1) origin and functional significance of
fiber-type diversity. J Dent Res. 2005 Sep;84(9):774-83.
2. Korfage JAM, Koolstra JH, Langenbach GEJ, Van Eijden TMGJ (2005). Fiber-type
composition of the human jaw muscles-(Part 2) Role of hybrid fibers and factors
responsible for inter-individual variation. J Dent Res 84:784-793.
3. Osterlund C, Liu JX, Thornell LE, Eriksson PO. Muscle spindle composition and
distribution in human young masseter and biceps brachii muscles reveal early growth
and maturation. Anat Rec (Hoboken). 2011 Apr;294(4):683-93
DOR 22
PREVALÊNCIA DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR EM
PACIENTES COM HEMOFILIA
Guimarães TB; Guimarães SMB; Cabrini MBF
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Objetivo:
Objetivo: Verificar a prevalência de disfunção temporomandibular
em pacientes hemofílicos.
Métodos:Métodos:
Métodos:Métodos:
Métodos: Foram avaliados 39 pacien-
tes hemofílicos do gênero masculino (18-51 anos) com idade me-
diana de 26 anos e 79 controles do gênero masculino (18-51anos)
com idade mediana de 27 anos. Os indivíduos foram submetidos
ao questionário da Academia Europeia das Desordens Cranio-
mandibulares para avaliação da presença de sintomas de disfunção
temporomandibular (DTM). Os que responderam afirmativamente
a pelo menos uma pergunta foram submetidos ao eixo I e II do RDC
(critério diagnostico para pesquisa em disfunção temporo-
mandibular). A análise estatística foi realizada com o teste Qui-
quadrado.
RR
RR
R
esultados:esultados:
esultados:esultados:
esultados: Sinais ou sintomas de hemartrose na ATM
não foram verificados na amostra estudada.
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: Conclusão:
Conclusão: A articu-
lação temporomandibular é muito solicitada com cargas elevadas
durante a mastigação e apertamentos, no entanto, hemartrose na
ATM em pacientes com coagulonopatias parece ser raro.
(1)
A pre-
sença de disfunção temporomandibular (DTM) tem sido pouco ava-
liada em pacientes com hemofilia.
( 2)
Uma das complicações mais
comuns da hemofilia é a artropatia crônica que resulta de repetidos
sangramentos na articulação, podendo levar a limitação de movi-
mento. A limitação de movimento mandibular pode ser uma das
características dos pacientes que apresentam DTM, que abrange
um largo espectro de problemas clínicos da articulação e dos mús-
culos na área orofacial, estas disfunções são caracterizadas princi-
palmente por dor, ruídos nas ATMs e função mandibular irregular
ou limitada. Os sinais e sintomas associados à ATM não apresen-
taram significância estatística na comparação do grupo controle
com os pacientes hemofílicos.
Referências: Referências:
Referências: Referências:
Referências: 1. Soucie JM et al. Joint range-of-motion limitations among young
males with hemophilia: prevalence and risk factors. Blood. 2004;103(7):2467-73.
2. Nishioka GJ et al. Hemophilic arthropathy of the temporomandibular joint: review of
the literature, a case report, and discussion Oral Surg Oral Med Oral Pathol.
1988;65(2):145-50.
3. Alpkiliç Baskirt E et al. Oral and general health-related quality of life among young
patients with haemophilia. Haemophilia. 2009;15(1):193-8.
Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 141
ÍNDICE REMISSIVO
Autores /Authors Trabalhos/Works
AA
AA
A
Abdal ERM ........................... CE01
Abdal LHS ............................ CE01
Abrahão ACT ....................... CE24
Agessi LM ............................ CE37, CE38
Agra HNC ........................... CE02
Albuquerque JE .................... CE05
Almeida CC......................... CE05
Almeida Junior .................CE20
Almeida KJ........................... CE33, CE34
Almeida TJC ........................ CE23
Alvarenga LC ....................... CE25
Araújo RKR .......................... CE20
Arouca EMG ........................ CE33
Azevedo AC......................... CE27
BB
BB
B
Barbosa FMCS .................... CE35
Barros MMMB ..................... CE05
Bevilaqua-Grossi D .............. CE09, CE11, CE17, CE18,
.......................................... CE19, CE22
Bezerra e Silva DW ............... CE04, CE05, CE36
Bezerra MEM ....................... CE12
Bigal ME ............................. CE06, CE07
Bolzan MC ..........................DOR03
Bonafé FSS .......................... DOR02, DOR06
Borba Jr., AM ....................... CE02
Bordinio EC......................... CE08
Borges ÉA ........................... CE32, DOR18
Borges FL ............................ CE24
Borges NR ........................... CE25
Brandão KV ......................... CE15, DOR04
Braz CA ..............................CE17
CC
CC
C
Cabrini MBF ........................DOR21, DOR22
Camargos HCM .................. DOR04
Campana ACR ..................... DOR01, DOR07
Camparis CM ...................... DOR02, DOR06
Campos GM ....................... CE16
Carli ML .............................. DOR20
Carvalho Júnior NR .............. DOR10, DOR11, DOR12, DOR13,
.......................................... DOR14, DOR15, DOR16
Carvalho AN ....................... CE01
Carvalho DS ........................ CE37, CE38, CE39, CE40, CE41
Carvalho GF ....................... CE09, CE11, CE17, CE19, CE22
Casimiro ECB...................... CE17, CE19
Chaves TC .......................... CE09, CE17, CE18, CE19, CE22
Coelho J ............................. CE25
Comerlatti LR ....................... CE33
Cordeiro MF ....................... CE24
Corrêa IAB ..........................CE16
Costa CNB ......................... CE04, CE31, CE36, DOR17
Costa JES ............................ DOR03, DOR07
Coutinho Junior JR ............... CE12, CE13, CE29
Couto GBL .......................... DOR17
Cruz LS ...............................CE16
Cruz PS ............................... CE16
Curi R ................................. CE37
DD
DD
D
Dach F ................................ CE09, CE10, CE11, CE17, CE18
.......................................... CE19, CE22
De Luca CEP ........................ DOR03, DOR07, DOR19, DOR20
Di Matteo RC ....................... DOR07, DOR19
Dias KZ ............................... CE38
Duarte JÁ............................. CE37
EE
EE
E
Esposito SB ......................... CE08
FF
FF
F
Falleiros V ........................... DOR01
Fernandes G........................ DOR02, DOR06
Fernandes RSM .................... CE35, DOR05
Ferracini GN ....................... CE10
Ferraz BF............................. DOR01
Ferraz M ............................. CE24
Ferraz MGG........................ CE35
Ferreira GF ......................... CE14, CE28
Ferreira KS .......................... CE09
Ferreira MC......................... CE18
Florêncio LL ......................... CE09, CE11, CE17, CE18, CE19
.......................................... CE22
Fonseca BF .......................... DOR10, DOR11, DOR12, DOR13
.......................................... DOR14, DOR15, DOR16
Fortini I ............................... CE33
Franco AL ............................ DOR02, DOR06
Freire DDO ......................... CE31
Freire NVS ........................... CE29
Freitas DS ............................ CE04, CE36
GG
GG
G
Gabbai AA........................... CE41
Galdezzani JP ...................... CE06, CE07
Galdino GS ......................... CE30
Galego AR........................... CE06, CE07
Galvão ACR ........................ CE33
Ganança FF ......................... CE37
Giannasi LC ........................ DOR09
Gonçalves AFB .................... CE20
Gonçalves DAG ................... DOR02, DOR06
Gonçalves LR ....................... CE12, CE13, CE29
Gonçalves MC .................... CE11, CE17, CE19, CE22
Grunewald JNC ................... CE11
Guerra MB ..........................DOR20
Guimarães AS...................... DOR21, DOR22
Guimarães SMB ................... DOR22
Autores /Authors Trabalhos/Works
142 Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012
Guimarães TB...................... DOR21, DOR22
HH
HH
H
Hara ES ............................... DOR03
Hershey AD ......................... CE29
II
II
I
Inoue CSL ........................... CE08
JJ
JJ
J
Jabarra CP........................... CE14, CE28
Jorge A ............................... DOR08
Júnior AS ............................. DOR04
Jurno ME ............................. CE23, CE24, CE25, CE26,
.......................................... CE27
KK
KK
K
Kfuri TV ............................... CE27
Kolontai A ........................... CE37
LL
LL
L
Lacerda CRB ........................ CE05
Laender VR .......................... CE23
Lederman H ......................... DOR03
Leite LC............................... CE05
Lima MMF ........................... CE21
Lima RCA ............................ CE04, CE31, CE32, CE36,
.......................................... DOR17, DOR18
Loschi MG........................... CE24
Lucena NC .......................... CE04, CE05
MM
MM
M
Macci JP .............................. CE14, CE28
Maciel DA ........................... CE 20
Maia TFD ............................ CE05
Marieo SKN......................... DOR21
Martin LC ............................ CE21
Martins HAL ......................... CE04, CE05, CE36
Martins ML .......................... CE23
Matos MR ............................ CE26
Matos RVL ........................... CE35, DOR05
Melhado EM ........................ CE06, CE07
Melo MG ............................ CE31
Michel LCS ..........................CE27
Moreira Filho PF .................. CE14, CE28
Moreira SRG ....................... CE27
Moura e Silva Filho PP .......... CE26
Moura e Silva IS ................... CE26
Moutran ARC ....................... CE39, CE41
NN
NN
N
Nagamine HM ..................... CE11, CE22
Nery MW ............................ CE31, DOR17
Nogueira BCV ..................... CE24
Nunes A .............................. DOR01
Nunes AB ............................ DOR07
Nunes TB ............................ DOR07, DOR19, DOR20
OO
OO
O
Ohrbach R ........................... DOR02
Oliveira DA ......................... DOR17, DOR18
Oliveira LVF......................... DOR09
Oliveira DA ......................... CE04, CE05, CE31, CE32,
.......................................... CE36
Oliveira TTS ........................ CE30
PP
PP
P
Pereira CV ........................... CE03
Pereira ECA ......................... CE25
Pereira LD ............................ CE38
Pereira RA ............................ CE39
Petrin CS ............................. CE27
Piazzi FG............................. CE26
Pieri A ................................. CE01
Pinto MVM .......................... DOR10, DOR11, DOR12, DOR13
.......................................... DOR14, DOR15,DOR16
Pirró APR ............................. DOR01
QQ
QQ
Q
Queiroz AKD ....................... CE05
Queiroz LP .......................... CE06, CE07
RR
RR
R
Rezende DF ......................... CE23, CE25
Rezende LA .......................... CE27
Ribeiro LFS .......................... CE16
Rocha EE ............................. CE35, DOR05
Rocha Filho PAS ................... CE12, CE13, CE29
Rocha GHS .......................... CE25
Rosemberg S ........................ CE01
SS
SS
S
Sampaio PGG ..................... CE30
Santos BFO ......................... CE40
Santos Filho SD.................... DOR11, DOR12, DOR13, DOR14,
.......................................... DOR15, DOR16
Santos-Filho SD ................... DOR10
Santos MRP ......................... CE32, DOR18
Santos N ............................. CE02
Santos RC ........................... CE12
Sato JE ................................ DOR01
Schuch NB ........................... CE02
Silva DWB ........................... DOR17
Silva GA .............................. CE04, CE36
Silva GAM ........................... CE04, CE32, CE36
Silva Junior AA ..................... CE15
Silva LC............................... CE04, CE36
Silva Neto RP ....................... CE33, CE34
Silva PMF ............................ CE31, CE32, DOR17, DOR18
Silva TAB ............................. CE31, Dor17
Siqueira GR ......................... CE04, CE36
Siqueira N ........................... DOR18
Soares CBRB ....................... CE31, DOR17
Soares VBRB ........................ CE31, DOR17
Souza JÁ ............................. CE14, CE28
Souza SL ............................. CE32
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
Autores /Authors Trabalhos/Works Autores /Authors Trabalhos/Works
Headache Medicine, v.3, n.3, p.115-143, Jul./Aug./Sep. 2012 143
Speciali JG .......................... CE09, CE10, CE11, CE17, CE18,
.......................................... CE19, CE22
Spinelli A ............................. CE02
TT
TT
T
Tavares RF ........................... CE26
Teles MCM .......................... CE14, CE28
Tomaz LPFN......................... DOR04
Torezano SW ....................... CE33
Torres BR............................. CE16
VV
VV
V
Valença MM ......................... CE04, CE05, CE31, CE34, CE36,
.......................................... DOR17
Valério RC ........................... CE23
Vasconcelos FMN ................ CE31, CE32, DOR17, DOR18
Vaz L ...................................CE39
Veiga AMO ......................... CE24
Veiga B ............................... CE24
Vieira LP .............................. CE20
Vieira LPB ............................ CE04, CE36
Villa TR ............................... CE37, CE38, CE39, CE40, CE41
von-Zuben JÁ ....................... DOR08, DOR09
WW
WW
W
Wakamatsu A ....................... DOR21
Witzel AL ............................. DOR01, DOR03, DOR07
XX
XX
X
Ximenes RCC ...................... CE04, CE31, CE32, CE36,
.......................................... DOR17, DOR18
YY
YY
Y
Yamashita H......................... DOR03
INDICE REMISSIVO
Autores /Authors Trabalhos/Works