54 Headache Medicine, v.7, n.2, p.54-59, Apr./May/Jun. 2016
Relação entre funcionalidade e nível de atividade física
em mulheres com fibromialgia e migrânea
Relationship between functionality and level of physical activity of women with
fibromyalgia and migraine
Reydiane Rodrigues Santana, Manuella Moraes Monteiro Barbosa Barros, Amanda de Oliveira Freire Barros,
Débora Wanderley, Angélica da Silva Tenório, Joaquim José de Souza Costa Neto, Maria Inês Remígio de Aguiar,
Arméle de Fátima Dornelas de Andrade, Daniella Araújo de Oliveira
Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco
Desenvolvido no Laboratório de Aprendizagem e Controle Motor (LACOM) do Departamento de Fisioterapia da
Universidade Federal de Pernambuco - Recife, PE, Brasil
Santana RR, Barros MMMB, Barros AOF, Wanderley D, Tenório AS, Costa Neto JJS, et al. Relação entre funcionalidade
e nível de atividade física em mulheres com fibromialgia e migrânea. Headache Medicine. 2016;7(2):54-9
ORIGINAL ARTICLE
RESUMO
Objetivo: Avaliar a relação entre funcionalidade e nível
de atividade física em mulheres com fibromialgia e
migrânea. Métodos: Foi realizado um estudo observa-
cional, do tipo transversal, com 22 mulheres diagnos-
ticadas com fibromialgia e migrânea. Para avaliar a fun-
cionalidade, foi utilizado o domínio função do questio-
nário de impacto de fibromialgia - versão revisada (FIQ-
R). Para a classificação do nível de atividade física foram
utilizadas a versão curta do Questionário internacional
do nível de atividade física (IPAQ) e a classificação da
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), baseada no
consumo de oxigênio (VO2 máx), pela ergoespirometria.
O Migraine Disability Assessment Test - MIDAS foi usado
para avaliar o grau de incapacidade da cefaleia. Resul-
tados: Participaram da pesquisa mulheres com uma mé-
dia de idade de 46±7 anos, cujo primeiro episódio de
cefaleia ocorreu desde a faixa etária infantil até a fase
adulto-jovem. As mulheres classificadas como ativas
(n=4), irregularmente ativas (n=14) e sedentárias (n=4)
pelo IPAQ, foram todas consideradas sedentárias pela
SBC (n=22). Não foi observada nenhuma diferença en-
tre grau de função e nível de atividade física entre as
pacientes deste estudo, o que pode ser justificado pelo
pequeno tamanho da amostra. Conclusão: Na amostra
estudada não foi possível ver diferença entre nível de ati-
vidade física e funcionalidade.
Palavras-chave: Fibromialgia; Transtornos de enxaqueca;
Funcionalidade; Atividade motora.
ABSTRACT
Objective: Evaluate the relationship between functionality
and level of physical activity in women with fibromyalgia and
migraine. Methods: An observational study was conducted
with 22 women diagnosed with fibromyalgia and migraine.
To evaluate the functionality, we used the function domain of
the fibromyalgia impact questionnaire - revised version (FIQ-
R). For the classification of the level of physical activity were
used the short version of the International Physical Activity
Questionnaire (IPAQ) and the classification of the Brazilian
Society of Cardiology (SBC) based on oxygen consumption
(VO2 max), by ergospirometry. Migraine Disability Assessment
Test - MIDAS was used to assess the degree of disability of
headache. Results: Participants were women with a mean
age of 46 ± 7 years, whose first episode of headache occurred
since childhood age to the young-adult stage. Women
classified as active (n = 4), physically active (n = 14) and
sedentary (n = 4) by IPAQ, all were considered sedentary by
SBC (n = 22). No difference between the level of function
and level of physical activity among patients in this study,
which can be explained by the small sample size was
observed. Conclusion: This study was not able to see the
difference between physical activity level and functionality.ent
illness or worsening of the individual's health status
Keywords: Fibromyalgia; Migraine disorders; Funcionality;
Motor activity.
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INTRODUÇÃO
A fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica, de
origem não inflamatória, caracterizada por pontos dolo-
rosos em regiões anatômicas específicas (tender points).
Atualmente seu diagnóstico é feito a partir dos aspectos
clínicos e sintomas associados, entre eles cefaleia,
(1-4)
fa-
diga, dor crônica e distúrbios do sono e psicológicos,
relacionados à ansiedade e depressão.
(5)
Neste contexto, a fadiga e a dor têm uma alta
prevalência, que varia entre 76% a 100%,
(5,6)
e parecem
influenciar a capacidade de executar as tarefas diárias e
atividades físicas,
(5,6)
trazendo uma sensação subjetiva e
persistente de cansaço ou fraqueza mediante pequenos
esforços.
(7)
Outro aspecto clínico relevante, frequentemen-
te observado em pacientes com fibromialgia, é a presença
de migrânea.
(8,9)
Ademais, de acordo com o Global Burden
of Disease, na população geral, a migrânea ocupa a
sétima colocação entre as causas de incapacidade.
(10)
Por outro lado, a associação entre a presença de
fibromialgia e migrânea simultaneamente já foi discutida
em outros estudos, fazendo surgir a nomenclatura
fibromigrânea, para expressar a presença das duas em
um continum.
(11,12)
Esta relação ocorre devido ao fato de
ambas apresentarem uma via fisiopatológica em comum.
Na fibromialgia há um distúrbio do sistema nervoso cen-
tral, que cursa com alterações no processamento sensori-
al, principalmente no eixo hipotalâmico-hipofisário.
(13)
Essa
mesma via fisiopatológica é encontrada na migrânea.
(11,12)
Desta forma, as alterações causadas pela associa-
ção entre a presença de fibromialgia e migrânea podem
acarretar uma diminuição ainda mais acentuada na qua-
lidade de vida desses pacientes, contribuindo para o
sedentarismo e o baixo nível de atividade física.
(14,15)
Ape-
sar de a capacidade de realizar atividades corriqueiras e
essenciais ao indivíduo ser um desfecho clínico crítico e
importante, ainda há uma escassez na literatura
(16-19)
de
estudos avaliando o nível de atividade física, bem como
seu impacto na funcionalidade, de pacientes que apre-
sentam fibromialgia e migrânea simultaneamente. Por esta
razão, o objetivo do presente estudo foi avaliar a relação
entre funcionalidade e nível de atividade física em mu-
lheres com fibromialgia e migrânea associadas.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo observacional, do tipo trans-
versal, comparando dois grupos, desenvolvido de março
a novembro de 2015, na clínica-escola do Departamento
de fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE), Recife, PE. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de
ética em pesquisa com seres humanos do Centro de Ciên-
cias da Saúde da - UFPE (CAAE 37052114.3.0000.5208).
Todas as participantes assinaram o Termo de Consentimen-
to Livre e Esclarecido.
Amostra
As participantes foram recrutadas da lista de pacientes
atendidas no ambulatório de fibromialgia do setor de
reumatologia do Hospital das Clínicas da UFPE. Foram
selecionadas as pacientes que preencheram os seguintes crité-
rios de inclusão: 1. ter diagnóstico de fibromialgia e migrânea,
simultaneamente; 2. idade entre 30 e 60 anos. Foram excluí-
das gestantes e aquelas cujo índice de massa corpórea (IMC)
foi maior ou igual a 35kg/m
2
(obesidade grau II).
Procedimentos para coleta de dados
Inicialmente as participantes responderam a um ques-
tionário semiestruturado para obtenção dos dados
sociodemográficos e clínicos. Em seguida, passaram pela
avaliação de um neurologista que diagnosticou o tipo de
cefaleia, baseado nos critérios da International
Classification of Headache Disorders, 3rd edition - beta
version (ICHD, 2013).
(8)
Avaliação dos desfechos: funcionalidade,
nível de dor e nível de atividade física
Questionário de Impacto da Fibromialgia - Revi-
sado (Revised Fibromyalgia Impact Questionare - FIQR)
Para avaliar a funcionalidade foi utilizado o Revised
Fibromyalgia Impact Questionare (FIQ-R) - questionário
validado e traduzido para população brasileira (coeficien-
te alfa Cronbach de 0,96), que avalia o impacto da
fibromialgia. O instrumento é composto por 21 questões
que abordam três domínios: função, impacto global da
fibromialgia e intensidade dos sintomas. São 9 questões
correspondentes à função, com escores que variam de 0 a
30. O impacto global tem duas questões, com pontuação
máxima de vinte. A pontuação no domínio intensidade
dos sintomas pode chegar a 50. Quanto maior a pontua-
ção, pior a qualidade desses domínios.
(20)
O FIQ-R também foi utilizado para avaliar o desfe-
cho dor, decorrente da fibromialgia, a partir do domínio
de intensidade dos sintomas. A resposta foi dada de acor-
do com um Escala Analógica Visual (EVA) que varia de
zero (sem dor) a dez (dor extrema). Quanto maior o valor,
maior a intensidade da dor.
(20)
RELAÇÃO ENTRE FUNCIONALIDADE E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM MULHERES COM FIBROMIALGIA E MIGRÂNEA
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SANTANA RR, BARROS MMMB, BARROS AOF, WANDERLEY D, TENÓRIO AS, COSTA NETO JJS, ET AL.
Migraine Disability Assessment Test- MIDAS
Outra ferramenta utilizada para avaliação da
disfunção foi o Migraine Disability Assessment Test -
MIDAS que, a partir de cinco perguntas, avalia o grau de
incapacidade do indivíduo, decorrente da migrânea, le-
vando em consideração os últimos três meses. A soma dos
dias gerou quatro possíveis classificações: incapacidade
mínima ou nenhuma incapacidade - grau I (0-5), inca-
pacidade leve - grau II (6-10), incapacidade moderada -
grau III (11-20) e incapacidade grave - grau IV (>20).
Nesse questionário, também foi feita uma avaliação do
nível de dor devido à migrânea, no qual pontuações mai-
ores representam maiores intensidades da dor.
(21)
Questionário Internacional do Nível de
Atividade Física - IPAQ
O nível de atividade física foi avaliado por meio do "Ques-
tionário Internacional do Nível de Atividade Física" (IPAQ) na
sua forma curta, traduzida e validada para o Brasil. O questi-
onário possui quatro questões, com duas subquestões cada.
Ao fim das repostas, o indivíduo foi classificado como: se-
dentário, irregularmente ativo, ativo ou muito ativo.
(22)
Teste ergoespirométrico
A última etapa consistiu na realização do teste
ergoespirométrico para que, a partir do consumo de Oxi-
gênio (VO
2
) obtido, procedesse a classificação do nível
de atividade física, segundo a Sociedade Brasileira de
Cardiologia (SBC). Esse valor de VO
2
é ponderado para
cada faixa etária, podendo o sujeito ser classificado como
sedentário ou ativo. Quando o VO
2
máximo obtido pela
paciente se encontrou no intervalo entre as duas classifi-
cações, foi considerado o pior desfecho.
(23)
O exame ergoespirométrico foi realizado por um
cardiologista, utilizando esteira da marca "Micromed" e apa-
relho "MetaMax 3B" junto ao software "metasoft" e "ergoelit"
para avaliação das trocas gasosas e eletrocardiograma. O
protocolo de escolha foi o "protocolo em rampa" da III Dire-
trizes da SBC sobre Teste Ergométrico. O exame tem como
velocidade inicial 50% da velocidade máxima; a inclinação
inicial da esteira é 10% inferior à mesma, com incremento de
0,5% a cada 30 segundos. O aquecimento tem duração de
2 minutos e a recuperação pós-teste é com a esteira sem
inclinação e decréscimo de 10% da velocidade a cada 30
segundos, até que se chegue a 1 km/h e encerre a atividade
da esteira.
(24)
Os valores para referência dos parâmetros são
obtidos de acordo com o sexo e a idade. O controle da
execução e o término do teste foram dados pela resposta do
paciente, por meio da escala de esforço de Borg.
(25)
Análise estatística
Todos os dados coletados foram tabulados no Microsoft
Excel (2007) e analisados no programa Statistical Package
for Social Sciences (SPSS) versão 20.0 para Windows (SPSS
Inc., Chicago IL, USA). As variáveis quantitativas foram ex-
pressas em média±desvio padrão. As variáveis categóricas
foram expressas em valores absolutos e percentuais (n,%).
Na análise das variáveis categóricas foi aplicado o qui-
quadrado (χ
2
) com nível de significância considerado como
diferente estatisticamente quando p<0,05 e utilizado o tes-
te de Kruskal-Wallis para as variáveis numéricas.
RESULTADOS
População
Entre as 27 mulheres que iniciaram as avaliações
houve perda de três participantes, duas por não realiza-
rem a ergoespirometria e uma por não preencher os ques-
tionários completamente. Duas participantes foram exclu-
ídas, uma por possuir IMC acima de 35 e uma por não ter
diagnóstico de migrânea.
A amostra final foi composta por 22 mulheres com
média de idade de 48±4 anos. Os dados referentes à ca-
racterização da amostra encontram-se descritos na Tabela
1. As participantes apresentaram um tempo de uso da me-
dicação para fibromialgia (4 anos) e quatro delas relata-
ram não fazer uso de remédios com essa finalidade, exceto
quando em crise. Foi relatado que o primeiro episódio de
cefaleia ocorreu desde a faixa etária infantil até a fase adul-
to-jovem. Também se verificou que a média de tempo, em
anos, do diagnóstico de Fibromialgia foi de 9±11.
Nível de atividade física (IPAQ) e domínio
funcionalidade (FIQ-R)
A Tabela 2 mostra o resultado do nível de atividade
física classificado pelo IPAQ entre o domínio funcionali-
dade do FIQ-R e o FIQ-R completo, não demonstrando
diferença estatisticamente significante (p>0,05). O nível
de atividade física, avaliado pelo consumo de VO
2
máxi-
mo, de acordo com a SBC, classificou todas as pacientes
como sedentárias.
IPAQ, nível de disfunção (MIDAS) e
intensidades da dor
Na tabela 3 podemos observar que as pacientes apre-
sentaram altos índices de disfunção decorrente da cefaleia
(MIDAS) e de dor independentemente do nível de ativida-
de física, porém o resultado não foi estatisticamente signi-
ficativo (p>0,05).
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DISCUSSÃO
Acredita-se que pacientes fibromiálgicos exibem
uma redução nos níveis de atividade física e capacida-
de funcional.
(26-28)
Neste estudo, as mulheres com
fibromialgia e migrânea apresentaram intensidade de
dor e comprometimentos no domínio função elevados,
além de baixo nível de atividade física (VO
2
máx). Ape-
sar disso, não foi observada nenhuma relação entre ní-
vel de atividade física e perda no domínio função des-
sas pacientes.
Foi observado que as pacientes relataram uma inten-
sidade elevada de dor tanto da fibromialgia quanto da
migrânea, independente do grau de incapacidade funci-
onal. Esse relato assemelha-se ao encontrado em um es-
tudo de 2011, onde foram avaliadas cento e vinte e três
mulheres com fibromialgia com a média de idade de
51,7 ± 7,2 anos com o objetivo de investigar se existia
alguma relação entre capacidade funcional e nível da dor
nessas mulheres. Foi avaliada a dor por meio da algometria
e a capacidade funcional usando o teste de caminhada
de seis minutos. Como resultado, encontrou-se que exis-
te uma fraca relação entre o escore do algômetro e o
teste de caminhada de 6 minutos que não é significante
(r = 0,186, p = 0,043).
(27)
Ao analisar os ensaios clínicos de exercício no trata-
mento da fibromialgia, um artigo de revisão observou que
a adaptação dos fibromiálgicos ao exercício é mais difícil
e requer um maior empenho da parte deles. Além disso, o
tempo para os benefícios aparecerem é um pouco maior,
já que nas semanas inicias pode haver uma piora.
(29)
Os
benefícios proporcionados pelo exercício já são conheci-
dos para essa população, porém a má adesão aos pro-
gramas ainda continua.
Um dos aspectos relevantes desta pesquisa foi a di-
vergência encontrada nos resultados obtidos pelo IPAQ
e pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. No nosso
estudo vimos que mais da metade da nossa amostra foi
classificada como irregularmente ativa quando utilizado
o IPAQ e ao usar a SBC todas as participantes foram
consideradas sedentárias. Neste contexto, é possível que
a existência de subjetividade durante o preenchimento
dos questionários seja responsável pela presença de viés
de aferição, gerando as diferenças entre os dados obti-
dos nos instrumentos. Apesar de ser um instrumento lar-
gamente utilizado em pesquisa, o IPAQ por ser um ques-
tionário (avaliação indireta) está mais susceptível à fa-
lhas na obtenção dos dados quando comparado com
medidas diretas (ergoespirometria). Em estudo de 2011,
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SANTANA RR, BARROS MMMB, BARROS AOF, WANDERLEY D, TENÓRIO AS, COSTA NETO JJS, ET AL.
Pardini et al mostrou que o questionário pode superesti-
mar os resultados quando comparado a uma medida
direta.
(30)
A ergoespirometria representa o padrão-ouro para
avaliar o esforço máximo, a capacidade metabólica, as
trocas gasosas do organismo e prescrição de intensidade
de exercício por meio da obtenção do limiar anaeróbio
(LA). O LA é considerado como o ponto onde há maior
consumo de oxigênio obtido sem acidose láctica mantida.
Em pacientes fibromiálgicas, é esperado uma frequência
cardíaca no LA menor do que em saudáveis, sendo justifi-
cado pelo fato de que a maioria das pacientes não atinge
o esforço máximo no teste devido à sintomatologia da
doença.
(26)
Nossos resultados apontam para a necessidade de no-
vos estudos avaliando os níveis de atividade física e de fun-
cionalidade do paciente com fibromialgia e migrânea, por
meio de instrumentos mais precisos e objetivos, direcionando
o tratamento fisioterapêutico destes pacientes.
Os autores reconhecem que o pequeno tamanho da
amostra e a ausência de um grupo controle foram limita-
ções no presente estudo e esclarecem que o fato ocorreu
devido às dificuldades de recrutar participantes que com-
pusessem uma amostra homogênea, dentro dos critérios
de elegibilidade estabelecidos.
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Correspondência
Daniella Araújo de Oliveira
Av. Jorn. Aníbal Fernandes, s/n - Cidade Universitária
50670-901 - Recife, PE, Brasil
Telefone: 2126-8492.
sabinodaniellaufpe@gmail.com
Recebido: 10 fevereiro 2016
Aceito: 02 março 2016
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