48 Headache Medicine, v.8, n.2, p.48-54, Apr./May/Jun. 2017
Catastrofização e migrânea: uma reflexão sobre o
enfrentamento da dor
Catastrophization and migraine: a reflection on coping with pain
Erlene Roberta Ribeiro dos Santos
1
; Daniella Araújo de Oliveira
2
; Marcelo Moraes Valença
3
1
Assistant Professor, UFPE - Vitória Academic Center - Collective Health Center
2
Adjunct Professor, UFPE - Physiotherapy Department - Federal University of Pernambuco, Recife, PE, Brazil
3
Full Professor, UFPE - Department of Neuropsychiatry, Federal University of Pernambuco, Recife, PE, Brazil
Santos ERR, Oliveira DA, Valença MM. Catastrofização e migrânea: uma reflexão sobre o enfrentamento da dor.
Headache Medicine. 2017;8(2):48-54
VIEW AND REVIEW
RESUMO
Os fatores psicológicos assumem função importante no
equilíbrio e controle de situações que geram sofrimento
para os indivíduos, especificamente aquelas ligadas à dor,
e são reconhecidos por contribuir para o seu agravamen-
to. Neste contexto, a catastrofização é um conjunto de pen-
samentos negativos em resposta à dor. Em pacientes que
sofrem com a migrânea, a catastrofização pode gerar re-
flexos negativos para o controle e enfrentamento da dor,
potencializando as crises. Objetivo: identificar o estado
da arte das publicações científicas sobre a relação entre a
catastrofização e migrânea.Métodos: trata-se de uma revi-
são integrativa da literatura, a partir da busca de artigos
nas bases de dados. Na base do LILACS foram utilizados
os descritores do DeCS: "cefaleia", "transtornos de enxa-
queca" e "catastrofização". Nas bases Pubmed, SCOPUS e
Web of Science foram utilizados os descritores do MeSH:
"headache", "headache disorders primary", "Migraine
disorders" e "Catastrophization". No Cinahl foram utiliza-
dos os DeCS "Headache", "headache migraine" e "headache
disorder". Como critérios de elegibilidade foram selecio-
nados todas as categorias de artigo original, revisão de
literatura, reflexão, atualização, relato de experiência, es-
tudos com indivíduos na faixa etária de 18 a 50 anos, com
diagnóstico de migrânea e com sintomas de catastrofização
da dor. Resultados: em um universo de 106 artigos, fo-
ram selecionados quatro que atenderam aos critérios de
inclusão. Os resultados dos estudos mostram que a
catastrofização da dor associada a crises de migrânea,
potencializa a percepção da gravidade da mesma, cola-
borando para sentimentos deincapacidade para sair da
crise, assim como aumento da sensação de desamparo e
desespero que dificultamo controleda dor. Conclusão: in-
divíduos migranosos que apresentam catastrofização da
dor percebem as crises de maneira mais intensa e
incapacitante, o que gera impacto negativo e exerce im-
plicações nocivas para a sua qualidade de vida.
Palavras-chave: Catastrofização; Cefaleia; Transtornos de
enxaqueca
ABSTRACT
Psychological factors play an important role in the balance
and control of situations that cause individual suffering,
specifically those linked to pain, and are known to contribute
to its aggravation. In this context, catastrophization is a set
of negative thoughts in response to pain. For patients
suffering from migraine, catastrophizing can generate
negative reflexes for the control and coping of pain,
potentiating crises. Objective: to identify the state-of-the-
art of scientific publication on the relationship between
catastrophization and migraine. Materials and methods: This
is an integrative review of literature developed from the
search of papers in various databases. In LILACS, we used
Portuguese descriptors of the DeCS "cefaleia", "transtornos
de enxaqueca" and "catastrofização". In PubMed, SCOPUS
and Web of Science, the following MeSH descriptors were
uses: "headache", "Headache disorders primary", "migraine
disorders" and "Catastrophization". In the CINAHL, we used
DeCS descriptors "headache", "headache migraine" and
"headache disorder". All categories of original papers,
literature review, reflection, update, experience report, studies
with individuals in the 18-50 years age group with diagnosis
of migraine and symptoms of pain catastrophization were
selected as eligibility criteria. Results: In a universe of 106
papers found, four that met the inclusion criteria were
selected. The results of the studies show that pain
catastrophization associated with migraine attacks increases
the perception of the severity of migraine, contributing to
feelings of inability to overcome the crisis, as well as
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SANTOS ERR, OLIVEIRA DA, VALENÇA MM
increasing feelings of helplessness and despair that hinder
pain control. Conclusion: Migraine-affected individuals that
evidence pain catastrophization perceive crises in a more
intense and incapacitating way, which has a negative effect
and has harmful implications for their quality of life.
Keywords: Catastrophization; Headache; Migraine disorder
INTRODUÇÃO
A catastrofização destaca-se como um dos fatores
psicossociais mais significativos na predição da intensida-
de da dor e da incapacidade a ela associada, relatada por
pessoas com dor crônica. Trata-se de uma resposta psico-
lógica à dor ou a sua antecipação, apresentando, portan-
to, uma inter-relação com a dor, focos de dor, controle e
depressão, além de gerar impactos negativos na percep-
ção da qualidade de vida. A catastrofização está caracteri-
zada por três dimensões: a amplificação como exagero na
percepção da dor, a ruminação como recorrência dos pen-
samentos negativos e o desamparo que fragiliza o indiví-
duo que necessita de apoio.
(1)
As percepções catastróficas dos sintomas físicos po-
dem criar uma percepção equivocada de sinais corporais
não patológicos como sinal de doença grave. A atenção
com foco nas sensações corporais, como nas dores de ca-
beça ou cefaleias, conduz o indivíduo a pensamentos au-
tomáticos de ameaça constante.
(2,3)
A evidência aponta que indivíduos com estadiamentos
mais elevados de catastrofização tendem a apresentar maior
intensidade da dor, apresentando pouca confiança e ca-
pacidade para seu controle. Isto pode estar associado ao
pensamento catastrófico relacionado às dores de cabeça,
gerando altos níveis de ansiedade e angústia.
(4)
A dor de cabeça é o distúrbio neurológico mais fre-
quente com alta prevalência ao longo da vida dos seres
humanos. Quando acontece de forma recorrente, prejudi-
ca a qualidade de vida do indivíduo. A enxaqueca ou
migrânea é a sexta maior causa de incapacidade em todo
o mundo.
(5-7)
É uma condição de dor debilitante associada
a grande deficiência pessoal e social.
(8)
Pessoas com migrânea referem sensação de expecta-
tiva e medo da chegada da crise e do seu enfrentamento.
Esta reação envolve diversos processos fisiológicos,
cognitivos e comportamentais que, a partir da presença ou
não da catastrofização, podem sofrer influência negativa e
interferir na capacidade de controle da crise.
(2,4)
Diante do exposto, torna-se necessário descrever a re-
lação entre catastrofização e migrânea abordada na lite-
ratura científica. Desta forma, o objetivo do estudo foi
identificar o estado da arte das publicações científicas so-
bre a relação entre catastrofização em indivíduos com
migrânea e seus reflexos no enfrentamento da dor. Toda-
via, existe uma lacuna na literatura para análise desta re-
lação.
MATERIAL E METODOS
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura.
(9)
En-
tende-se por estado da arte, nesse estudo, como uma
estruturação de estudos temáticos relevantes sobre os mais
diversos temas nos mais variados âmbitos do conhecimen-
to científico.
(10)
O levantamento bibliográfico foi realizado no perío-
do de junho a agosto de 2017, através de consulta de
artigos científicos a partir de busca nas seguintes bases
de dados eletrônicas: Literatura Latino-americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), o Pubmed, a Base
referencial da Editora Elsevier (SCOPUS), o Cummulative
Index to Nursing and Allied Health Literature (Cinahl ) e
a Web of Science.
Na base de dados LILACS, foram utilizados os
descritores do DeCS: "cefaleia", "transtornos de enxaque-
ca" e "catastrofização". Nas bases Pubmed, SCOPUS e Web
of Science foram utilizados os descritores do MeSH:
"headache", "headachedisordersprimary", "Migraine
disorders" e "Catastrophization". No Cinahl foram utiliza-
dos os DeCs "Headache", "headache migraine" e "headache
disorder". Os descritores foram combinados utilizando o
operador booleano AND. Não houve restrição linguística
e nem de ano de publicação.
Foram adotados os seguintes critérios de seleção dos
artigos: todas as categorias de artigo (original, revisão de
literatura, reflexão, atualização, relato de experiência), es-
tudos que incluíram indivíduos na faixa etária de 18 a 50
anos, com diagnóstico de migrânea e com sintomas de
catastrofização da dor.
Como critérios de exclusão: artigos sobre o tema na
população de crianças, adolescentes e idosos. Inicialmen-
te foram lidos os títulos dos artigos identificados na busca,
a partir dos quais foram selecionados os que preenchiam
os critérios de seleção. O recurso utilizado na pesquisa foi
a expressão "termo exato", associada aos descritores espe-
cíficos.
Do material obtido, 106 artigos, procedeu-se uma
leitura minuciosa de cada título, em seguida, do resumo/
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SANTOS ERR, OLIVEIRA DA, VALENÇA MM
artigo, de forma a destacar aqueles que responderam ao
objetivo proposto por esse estudo, a fim de organizar os
dados. Para tabulação dos dados, foi elaborada uma ta-
bela de coleta de dados contendo: título, objetivos, sexo,
idade, escore da escala de pensamentos catastróficos,
metodologia utilizada pelo estudo e conclusões. Os arti-
gos selecionados que preencheram todos os critérios de
inclusão tiveram seus textos lidos na íntegra. Além disso,
também foi feita uma busca nas referências dos artigos
selecionados, por novas bibliografias. O processo de se-
leção dos artigos encontra-se descrito na Figura 1. Se-
guindo os critérios de inclusão, 4 estudos foram selecio-
nados para análise, os quais são referenciados no pre-
sente texto.
A análise do material foi realizada através de leitura
crítica e qualitativa que permitiu identificar convergênci-
as, possibilitando o seguinte agrupamento por eixos
temáticos ou categorias de análise: catastrofização e qua-
lidade de vida; catastrofização e crises de migrânea;
catastrofização e condições incapacitantes.
RESULTADOS
Os resultados obtidos são visualizados na Tabela 1
que se segue, na qual são identificados autores, ano de
publicação, objetivos, escore de pensamentos catastrófi-
cos, metodologia e conclusões.
A maioria dos participantes é constituída por mulhe-
res, (em três dos estudos). Com relação classificação da
doença, eram pacientes com diagnóstico de cefaleia
(diagnosticadas por neurologista), com base na Classifica-
ção Internacional das Cefaleias,
(7)
a concentração foi no
tipo migrânea, associada a outras comorbidades mais fre-
quentes, como depressão e ansiedade.
Quanto aos instrumentos de mensuração, em todos os
estudos foi utilizada a Escala de Pensamentos Catastróficos -
PCS, associada a outras escalas, para aferir informações so-
bre cefaleia, impacto, incapacidade funcional, ansiedade,
depressão, ideação suicida e qualidade de vida. Também foi
observado, nas conclusões dos estudos, que a catastrofização
da dor, associada às crises de migrânea, potencializa a per-
cepção da gravidade, colaborando para situações mais
incapacitantes para o gerenciamento das crises.
Figura 1. Processo de seleção dos artigos
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CATASTROFIZAÇÃO E MIGRÂNEA: UMA REFLEXÃO SOBRE O ENFRENTAMENTO DA DOR
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SANTOS ERR, OLIVEIRA DA, VALENÇA MM
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DISCUSSÃO
A revisão dos estudos evidenciou prevalência da
migrânea na população de mulheres o que está em
sintonia com os estudos que demonstram que esta doen-
ça é mais prevalente no sexo feminino, incapacitante,
muitas vezes sem diagnóstico e tratamento adequados e,
ainda, com maior frequência nos anos de maior produti-
vidade, o que traz refleflões do ponto de vista de outras
áreas que fazem parte da vida do portador (econômica,
social, educacional).
(11,12)
A Escala de Catastrofização da Dor - PCS foi utiliza-
da em todos os estudos selecionados e demonstrou ser o
instrumento que fornece um bom índice de catastrofização
a partir das subescalas correlacionadas de ruminação,
amplificação e desamparo, corroborando com as siste-
matizações anteriores.
(1,13)
Catastrofização e qualidade de vida
A gravidade dos sintomas associados, como ansie-
dade e depressão, também emergiu como um contribuin-
te importante para a piora da qualidade de vida dos
migranosos. Além disso, foi observada a coexistência de
outros fatores psicossociais na vida do migranoso, desen-
cadeando expectativa e medo, que pioram o seu quadro
clínico. Estas observações ratificam outras sistematizações
encontradas na literatura destacando que as migrâneas,
em muitas ocasiões, podem se apresentar simultaneamente
com outros sintomas e condições clínicas, as chamadas
comorbidades. Isto, por vezes, pode acontecer indepen-
dentemente ou estar associada às mesmas. Uma das
comorbidades mais prevalentes é a depressão, outra é a
ansiedade, sugerindo a ocorrência de processos de
adoecimento comuns.
(3,4,14,15)
Além disso, o estresse emocional é relatado como
um dos principais fatores que desencadeiam as crises de
migrânea, inclusive correlacionado à sua duração e in-
tensidade. Mulheres que sofrem com migrânea apresen-
taram níveis excessivos de estresse, ansiedade e depres-
são, interferindo diretamente na sua qualidade de vida e
capacidade funcional para execução das atividades do
cotidiano.
(3,14,16-18)
Catastrofização e crises de migrânea
Na migrânea, destacada em todos os estudos, a
catastrofização da dor está associada a crises mais gra-
ves e incapacitantes. Os indivíduos sofrem crises mais
frequentes, com maior duração, maior sensibilidade à dor,
maior impacto e menor autoeficácia da gestão da dor de
cabeça. A catastrofização está associada à qualidade de
vida, independente das características da migrânea e ou-
tras variáveis demográficas e psicológicas.
(2,3,13)
Catastrofização e condições incapacitantes
Em dois dos estudos aqui discutidos ficou também
evidenciada a correlação entre sedentarismo, obesidade,
depressão e distúrbios de sono em pacientes com
migrânea. Estudo com mulheres diagnosticadas avaliou
a associação do sono, depressão e ansiedade. Apesar de
ser encontrada alta frequência nos distúrbios do sono, o
principal fator relacionado ao impacto da migrânea foi a
gravidade dos sintomas depressivos.
(17,19,20)
CONCLUSÃO
A catastrofização nas crises de migrânea exerce influ-
ência significativa na frequência, duração, maior sensibili-
dade à dor, maior impacto e menor autoeficácia na gestão
da dor de cabeça. A sensação de medo aumenta e exacer-
ba a ansiedade na expectativa das crises, podendo desen-
cadear outros fatores psicossociais como depressão e
estresse, na maioria dos casos. Estas condições colaboram
para o maior impacto negativo na qualidade de vida do
migranoso, tornando ainda mais difícil o controle da dor,
interferindo capacidade funcional dos indivíduos.
As características da migrânea estão associadas à
deficiência de funcionamento e qualidade de vida, mas
o impacto de outros fatores em pacientes com dor de
cabeça ainda é inexplorado. A catastrofização neste
contexto apresenta influência significativa para fomen-
tar estudos acerca deste campo fértil para produção do
conhecimento.
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CATASTROFIZAÇÃO E MIGRÂNEA: UMA REFLEXÃO SOBRE O ENFRENTAMENTO DA DOR
54 Headache Medicine, v.8, n.2, p.48-54, Apr./May/Jun. 2017
Correspondência
Erlene Roberta Ribeiro
Centro Acadêmico de Vitória de Santo Antão - CAV
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
Vitória –Pernambuco, Brasil
Recebido: 15 de junho de 2017
Aceito: 30 de junho de 2017
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