Headache Medicine, v.9, n.2, p.72-73 , Apr./May/Jun. 2018 73
CEFALEIA EM TROVOADA SECUNDÁRIA À SÍNDROME DA VASOCONSTRICÇÃO CEREBRAL REVERSÍVEL
mal) e exames laboratoriais, sem sugestão de doença in-
flamatória ou infecciosa. O diagnóstico de síndrome da
vasoconstricção cerebral reversível (SVCR) foi feito após 12
semanas, através da resolução completa das estenoses
intracranianas em angioressonância.
A SVCR é a causa mais comum de cefaleia em trovo-
ada em pacientes sem hemorragia subaracnoide.
(1)
É con-
dição neurovascular mais frequente em mulheres jovens.
(1)
Já foram descritos vários fatores desencadeantes para a
SVCR, tais como: agentes vasoativos, gravidez e pós-parto,
desordens endócrino-metabólicas, autoimunes e anorma-
lidades vasculares.
(1)
O sintoma mais comum é a cefaleia
em trovoada (95%), como manifestação isolada em 75%
dos casos, porém também pode estar associada a déficits
neurológicos focais ou crise convulsiva, quando há isque-
mias ou hemorragias.
(1)
O diagnóstico é baseado na evidência de exame que
comprove a vasoconstricção cerebral difusa e exclusão de
doenças que provoquem vasculite em sistema nervoso cen-
tral.
(1,2)
O tratamento é realizado através da retirada do possí-
vel agente causal e podem ser utilizados bloqueadores de
canal de cálcio (nimodipina e verapamil), porém com bai-
xa evidência científica.
(1)
REFERÊNCIAS
1. Arrigan MT, Heran MKS, Shewchuk JR. Reversible cerebral
vasoconstriction syndrome: an important and common cause
of thunderclap and recurrent headaches. Clin Radiol. 2018
May;73(5):417-427. doi: 10.1016/j.crad.2017.11.017.
Epub 2017 Dec 21. Review.
2. Kraayvanger L, Berlit P, Albrecht P, Hartung HP, Kraemer M.
Cerebrospinal fluid findings in reversible cerebral
vasoconstriction syndrome: a way to differentiate from cerebral
vasculitis? Clin Exp Immunol. 2018 May 3. doi: 10.1111/
cei.13148. [Epub ahead of print]
Correspondência
Paulo Sergio Faro Santos
dr.paulo.faro@gmail.com
Recebido: 20 de junho de 2018
Aceito: 30 de junho de 2018