Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 57
October 2020.
57
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.57
Ramos, L.; Santos, A.; Azevedo, L.; Matalobos, J.; França, J.; Neto, M.; Gonçalves, M.
Headache Medicine
Frequência de desconforto crânio-orofacial relacionada ao uso de equipamen-
to de proteção individual – uma realidade da covid-19
Leonardo Ramos, Alisson Santos, Lisiane Azevedo, Juan Matalobos, Júlio França, Manoel Neto, Maria Gonçalves
Universidade CEUMA
Por se tratar de uma doença de condição altamente infecciosa a COVID-19, os prossionais de saúde precisaram intensicar o uso de
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) como máscara N95, óculos de proteção e visor facial, o que pode inuenciar no surgimento
ou piora da dor crânio-orofacial. Avaliar o surgimento e a piora de dor crânioorofacial devido ao uso de EPI. Estudo transversal
analítico, em prossionais de saúde, ambos os sexos, idade maior 18 anos, frequência >3 dias de trabalho na semana, com uso de EPIs
craniofaciais > 2horas p/dia, foram excluídos aqueles indivíduos que não responderem todo o questionário. Os dados dessa pesquisa
serão coletados via formulário Googlehttps://forms.gle/ i3jJn7XthYskuVQX9, contendo perguntas sobre dados sociodemográcos,
questões sobre uso do EPI e sinais e sintomas de dor orofacial conforme o Índice Anamnésico de Fonseca. Projeto aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa nº 2.629.868. A normalidade dos dados foi testada com o teste Kolmogorov-Smirnov, o teste exato de Fischer foi
utilizado para vericar a diferença entre os períodos e p<0,05 foi adotado. Foram avaliados 29 prossionais, 73,3% do sexo feminino,
com médias de idade 36 ± 9, 5 ± 1 trabalho semanal, 6 ± 4 horas de uso do EPI, os principais EPIs utilizados foram máscara N95
(93,10%), touca (89,66%) e óculos protetor (62%), as regiões com dor foram frontal (51,72%), temporal (44,83%), ATM e suboccipital
(24,14%), 85% tinham sinais e sintomas de DTM com score médio de 42 ± 27. Foi observada diferença do período pré-pandemia e
durante a pandemia na frequência de indivíduos que passaram a ter dor na região crânio-orofacial p=0,03, que passaram a utilizar
medicamentos para essa dor p=0,001 e na frequência de dias de dor na semana p=0,03. O uso de EPI por longos períodos aumentou
a frequência de dor na região crânio-orofacial apontando para a necessidade de prevenção da piora desses agravos por meio de EPIs
de usabilidade mais ergonômica e confortável associado a tratamentos para os indivíduos com condições mais severas.
Palavras-chave: Dor; orofacial; equipamento de proteção individual.