Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 54
October 2020.
54
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.54
Amaral, D.; Silva, M.; Silva, J.; Sequeira, M.; Borba, R.; Pontes, L.; Ribeiro, C.
Headache Medicine
Análise epidemiológica crítica das internações por infecções meningocócicas
em goiás entre 2010 e 2019
Danilo Amaral, Murilo Silva, Jonatan Silva, Mateus Sequeira, Ronan Borba, Leanderson Pontes, Cejana Ribeiro
Universidade Federal de Goiás
Introdução
As infecções meningocócicas são denidas como o conjunto de doenças causadas pela Neisseria meningitidis. Destas, mais de 90%
compreendem a meningite e sepse. No Brasil, os maiores coecientes de incidência de doença meningocócica são observados em
lactentes em seu primeiro ano de vida. No entanto, a infecção meningocócica pode se apresentar em qualquer idade, incluindo os
idosos. Diante disso, é necessário a continuidade de estudos epidemiológicos especicamente sobre a situação em Goiás.
Material e Métodos
Estudo ecológico realizado a partir do Sistema de Internações Hospitalares (SIH-SUS) e da Rede Interagencial de Informações para a
Saúde (RIPSA). Coletou-se dados das taxas de internação e mortalidade hospitalar relacionado à Infecção Meningocócica em Goiás
entre 2010 a 2019. Estraticou-se 4 FE: até 19 anos (FE1), 20 a 39 anos (FE2), 40 a 59 anos (FE3) e 60 anos ou mais (FE4). As taxas
empregadas são da ordem habitante/100.000.
Resultados
Foram encontradas 887 internações ao longo dos 10 anos. A FE com o maior número de internações foi FE1, apresentando um total
de 447, correspondente a 50,39% do total. Não houve prevalência de internação signicativa em relação ao sexo, isto é, o sexo
masculino, com o total de 460 casos e o feminino 427 casos. As taxas de mortalidade foram mais representativas estava presente nos
extremos etários, ou seja, para FE1 com 16,67 e FE4 com 28,57. Sobre taxa de internação, os grupos FE1 e FE4 têm maiores taxas
de internações, com 2,15 e 1,72 em 100.000, respectivamente. Em relação ao sexo, as taxas são próximas com 14,01 para o sexo
masculino e 13,03 para o feminino. Para a análise temporal utilizou- se o método de Prais-Winsten. A tendência da taxa de internação
por sexo foi estacionária (p-valor>0,05). Em relação a FE a taxa de internação fora não estacionária (p-valor<0,05) e decrescente
(b>0) para FE1 e estacionária para as outras FE.
Conclusão
O presente estudo evidenciou que em relação ao sexo não há diferença signicativa nas taxas de internações, sendo os valores
aproximados. Nota-se uma taxa de mortalidade elevada nos extremos das idades, o que reforça o padrão de desenvolvimento infantil
ainda em formação e o processo siopatológico da população senil. Observa-se ainda que esses opostos etários apresentaram as
maiores taxas de internações. Além de, as taxas de internações na sua maioria ser estacionária, excetuando-se FE1 com comportamento
não estacionário e decrescente.
Palavras-chave:
Infecções, Meningocócicas, Epidemiologia, Goiás