Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 51
October 2020.
51
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.51
Amaral, D.; Silva, M.; Silva, J.; Sequeira, R. B.; Sampaio, G.; Ribeiro, C.
Headache Medicine
Tendência das taxas de internação e mortalidade por acidente vascular
cerebral no centro-oeste estraticado por sexo, no período de 2009 a 2018
Danilo Amaral, Murilo Silva, Jonatan Silva, Mateus Sequeira, Ronan Borba, Guilherme Sampaio, Cejane Ribeiro
Universidade Federal de Goiás
Introdução
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) atualmente é uma das causas mais comuns de óbito no Brasil, podendo ser isquêmico ou
hemorrágico. O AVC consta na Lista Brasileira de Condições Sensíveis à Atenção Primária, sendo passível de redução com uma
atenção primária à saúde oportuna e ecaz, tornando necessários estudos sobre a situação no Centro-Oeste. Este trabalho objetiva
analisar a tendência das taxas de internação e mortalidade por Acidente Vascular Cerebral(AVC), não especicado como Hemorrágico
ou Isquêmico na região Centro-Oeste, estraticado por sexo.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais da taxa de internação (TI) e taxa de mortalidade (TM) por AVC, no período
entre janeiro de 2009 a dezembro de 2018 no Centro-Oeste. Para isso foram utilizados dados do SIH e SIM. Calculou-se a TI e a TM
utilizando a razão entre número de internações ou número de óbitos, respectivamente, e a população residente, multiplicando por
100.000.
Resultados
Foram analisadas 84007 internações por AVC, sendo o sexo masculino com maior número de internações, 45157, e o sexo feminino
com 38850 internações. O sexo masculino teve as maiores TI com média de 59,84 internações/100.000 habitantes. Para as análises
das tendências da taxa de internação e de mortalidade foi utilizado o método de Prais-Winsten. As tendências das séries temporais
das TI foram crescentes (p-valor<0,05 e valor de beta > 0). O maior número de mortes é do sexo masculino, com 10970 mortes. As
maiores TM foram do sexo masculino com TM média de 14,67 mortes/100.000 homens, seguido da TM geral com média de 13,56
mortes/100.000 e pela TM feminina com 12,45 mortes/100.000 mulheres. A tendência temporal das TM masculina, geral e feminina
é decrescente (p<0,05 e beta<0). As limitações do presente estudo são em relação às fontes de dados (SIH e SIM), já que os valores
podem estar subestimados.
Conclusão
O estudo evidenciou uma tendência crescente das TI e decrescente das TM por AVCI no período em questão. Essa tendência das TI
pode evidenciar um mau controle de fatores de risco cardiovasculares como aterosclerose e embolias, por exemplo, o que sugere uma
ineciência na atenção primária a saúde. Já a tendência decrescente das TM pode sugerir que os serviços hospitalares recebem os
pacientes em estado não tão deteriorado ou uma ecácia da intervenção hospitalar nessas situações de AVC no período. Novos estudos
podem ser feitos para avaliar essas associações.
Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral, Mortalidade, Internações, Goiás