
Headache Medicine  
  
ISSN 2178-7468 
  
e
-ISSN 2763-6178  
 
v.11 
  
Supplement 
  
p. 50 
 
October 2020.
50
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.50
Lellis, C.; Cruz, I.; Corrêa, M.; Bessa, I.; Oliveira, G.
Headache Medicine
Opções terapêuticas e proláticas na cefaleia pós punção dural: uma revisão 
sistemática da literatura
Caio Lellis, Isabella Cruz, Mônia Corrêa, Isabela Bessa, Giovanna de Oliveira
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução
A International Classication of Headache Disorders dene a cefaleia pós-punção dural (CPPD) como aquela que ocorre em até cinco 
dias após punção lombar (PL), causada por vazão de licor através do ponto de punção na dura-máter. Possui como fatores de risco ser 
adulto jovem, sexo feminino, gestante, história prévia de CPPD, maior calibre da agulha e/ou bisel cortante. O objetivo deste estudo é 
buscar as atuais opções terapêuticas e preventivas da CPPD, averiguando a segurança e a ecácia destas. 
Metodologia
Foi feita uma revisão sistemática da literatura no banco de dados PubMed, com os descritores: “Post-Dural Puncture Headache AND 
(Prevention OR Treatment)”. Selecionou-se apenas os ensaios clínicos e os estudos randomizados publicados integralmente em inglês 
nos últimos 10 anos. Excluiu-se os estudos duplicados e aqueles que não se enquadravam nos objetivos da revisão, restando 13 artigos. 
Resultados
Um ensaio clínico multicêntrico randomizado concluiu que a aminolina, metabólito ativo da teolina, pode ser útil não só no tratamento, 
como também na prevenção da CPPD, pois associou-se com redução da intensidade da dor, com escores positivos na Impressão Global 
de Mudança para o Paciente e sem evidência de grandes efeitos adversos. Em acordo, um estudo realizado com gestantes, demonstrou 
redução signicativa da incidência de CPPD com pré-administração de 250 mg de aminolina durante cesariana eletiva sob anestesia 
combinada raqui-peridural. Também, outro ensaio duplo-cego, randomizado, com 61 mulheres, observou que a incidência de cefaleia 
pós-punção dural foi de 78% no grupo de morna intratecal e de 79% no grupo de solução salina intratecal, não havendo diferenças 
signicativas entre  os  grupos no início, duração  ou  gravidade da dor. Além  disso, muitos estudos citaram o bloqueio do gânglio 
esfenopalatino (BGE) como seguro e ecaz no manejo da CPPD, sendo que um deles evidenciou que os pacientes que realizaram esse 
procedimento com 0,3 ml de bupivacaína a 0,5%, apresentaram uma queda signicativamente na escala de dor, 15 e 30 minutos após 
administração do tratamento, durando por 24h após o procedimento.
Conclusão
A aminolina e o BGE se mostraram seguros e  ecazes como opção terapêutica da CPPD, sendo que o primeiro também mostrou 
bons resultados como opção prolática. Já a morna e solução salina intratecais não diminuíram signicativamente a incidência ou a 
gravidade desse tipo de cefaleia.
Palavras-chave: 
Cefaleia Pós-Punção Dural; CPPD; Aminolina; Bloqueio do gânglio esfenopalatino