Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 38
October 2020.
38
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.38
Padilha, J.; Jorge, J. Wambier, L.; Gonçalves, D.
Headache Medicine
Existe associação entre a presença de hábitos
parafuncionais em vigília e a presença de DTM muscular?
Revisão sistemática da literatura
Juliana Padilha, Janaina Jorge, Leticia Wambier, Daniela Gonçalves
FOAr-UNESP
Introdução
Uma revisão sistemática da literatura foi conduzida para avaliar a associação entre a presença de hábitos parafuncionais e a disfunção
temporomandibular (DTM) de origem muscular.
Métodos
O protocolo da revisão sistemática foi registrado no banco de dados PROSPERO (Estudo – CRD 42020177807). Foi realizada uma
busca sistematizada por estudos observacionais nas bases PubMed, Scopus, Web of Science, Biblioteca Virtual em Saúde, Biblioteca
Cochrane e na literatura cinzenta. Foram estabelecidos como critérios de inclusão estudos observacionais conduzidos em amostras de
indivíduos adultos, e que tenham investigado a relação entre hábitos parafuncionais orais e DTM muscular de acordo com os critérios
do Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/ TMD). Os critérios da Escala de Newcastle-Ottawa (NOS)
para risco de viés foram usados para avaliar a qualidade interna dos estudos incluídos
Resultados
Após a busca nas bases de dados e a remoção das duplicações, 2514 estudos foram identicados. Após a leitura dos títulos, 1121
estudos foram incluídos. Este número foi então reduzido para 126 estudos após a leitura dos resumos e o acesso aos textos completos
para vericar a elegibilidade. Dentre eles, 07 estudos foram incluídos na análise qualitativa. De acordo com a classicação proposta
pela NOS, três estudos foram considerados com alto risco de viés, um foi pontuado como risco de viés moderado e três foram
classicados com baixo risco de viés. Os estudos detectaram uma relação entre a DTM de origem muscular e diferentes atividades orais
parafuncionais (presença de contato dentário não funcional, tensão na mandíbula, face e cabeça, hábito de ranger os dentes, apertar
os dentes, mascar chicletes, onicofagia, morder lápis e segurar o telefone no ombro). No entanto, o número de estudos selecionados foi
pequeno e dentre eles foi observada heterogeneidade dos dados em relação a escolha dos hábitos parafuncionais a serem avaliados
e o método utilizado nesta avaliação.
Conclusão
Embora a revisão tenha apontado uma relação entre as atividades orais parafuncionais avaliadas e a DTM de origem muscular, foi
evidenciada a necessidade de maior homogeneidade da metodologia de pesquisa a respeito do tema.
Palavras-chave:
Disfunções temporomandibulares, Hábitos orais, Comportamentos Orais.