Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 30
October 2020.
30
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.30
Araujo Neto, M.; Lima, W.; Silva, L.; Ramos, L.; Pinto, G.; Santos, A.; Gonçalves, M.
Headache Medicine
Conforto lumínico e cefaleia no ambiente escolar no ensino fundamental no
Maranhão
Manoel de Araujo Neto, Willyanna Lima, Lídia da Silva, Leonardo Ramos, Guilherme Pinto, Alisson Santos, Maria Gonçal-
ves
Universidade CEUMA
A prevalência de dores de cabeça aumenta signicativamente com a idade e cresce de 37% para 51% em crianças com idade de 7
anos e eleva-se gradativamente para 57% a 82% a partir dos 15 anos de idade. Avaliar a inuência da luminosidade na queixa de
cefaleia e o nível de luminância nas salas de aula de escolares do ensino fundamental. Estudo transversal analítico, realizado com
crianças, de ambos os sexos, idade entre 9 e 12 anos, de uma escola particular de São Luís - MA. Foram excluídas as crianças que
tinham algum problema cognitivos e que não apresentaram o consentimento assinado pelos pais. De início foi realizada uma coleta
dos dados gerais (idade, sexo, escolaridade) e percepção da iluminação ambiente. Seguida pela avaliação das queixas de cefaleia
que foi realizada com questionário feito pelo próprio autor, como, a intensidade da dor, frequência e os principais gatilhos para a
dor, como, luz, cheiro, fome, som, esforço e nervosismo. Para as medições do nível de luminância, foi utilizado um luxímetro portátil,
o espaço escolar (duas salas), foi dividido em 16 pontos, a uma altura de 0,50 m do chão e em cada sala foram realizadas quatro
medições diárias, duas de manhã (às 8 e 11 horas) e duas à tarde (às 14h e 17 horas). Este projeto foi submetido pelo Comitê de Ética
em pesquisa da Universidade CEUMA CAAE: 80335117.4.0000.5084. Foram avaliados 43 alunos, 53,49% eram do gênero feminino,
onde 100% apresentaram queixa de cefaleia, a principal característica associada a cefaleia no gênero feminino foram fotofobia e
osmofobia (82.61%) p=0,002, no gênero masculino foi 65% (p=0,04) fonofobia e (20%) p=0,002 fotofobia. Foi observada média com
luz natural 259.6 (±60.3) lux e com luz articial entre 162.4 (±78.2) lux, mostrando que as médias estavam abaixo do recomendado
pela NBR 5413. Pode-se concluir que houve alta prevalência de cefaleia em crianças expostas a niveis lumínicos fora dos padrões da
NBR, ainda, condições ambientais no âmbito escolar podem ser fatores prejudiciais para a aprendizagem e também economicamente
nas crianças.
Palavras-chave:
Cefaleia, Crianças, Luminosidade